terça-feira, 28 de abril de 2009

Sobre a proteção de um Robocop.

Não esquecer quem somos.
Devia ter sido a nossa meta pra 2009: não deixar de ser quem somos. Seria uma ótima coisa. Todo mundo muda. O tempo todo. Não temos poder real contra tal força. É inevitável. Um problema sério é não sabermos quem somos. Daí nos cabe aquele velho e bom ditado cheio de paranhos e pó: "pra quem não sabe aonde está indo, qualquer caminho serve...". E tu podes muito bem me dizer que tens certeza do que queres fazer. De que podes me dar 50 bons motivos pras tuas decisões. Que teu objetivo é cristalino e simples.
Não vou discordar.
Na verdade eu vou concordar, como uma criança concorda com um papai Noel de shopping center no Natal. Quando não tem mais escolha, quando está cansada de toda aquela asneira. E só não quer mais desobedecer sua bucólica mãe que pensa estar fazendo uma grande coisa por seu filho. Balela.
O que tu vais fazer quando chegares lá ? Eu te pergunto.
Aaaaah eu quero me casar e ser feliz para sempre !
Aaaaah eu quero sair da casa dos meus pais e almoçar com eles todo domingo !
Aaaaah eu quero curtir todas as baladas do Universo paralelo com meus amigos !
Meu, eu vou pra Irlanda !
Eu não ! Eu vou pra Bangladesh vender suco de sirí !
Eu pretendo ganhar um oscar em no máximo uma década !
Eu vou curar o cancer e a diabete com um único remédio.
Eu vou conseguir voar. E vou fotografar tudo lá de cima...

Eu não.
Chega de metas. Chega de linhas de chegada. Chega de finais.
Eu quero começos e novos caminhos.
Quero filmes e sorrisos.
Quero vinho e amigos.
Quero um pouco mais...

Só um pouco mais.

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