quinta-feira, 26 de abril de 2012

E se Deus (não) existisse ?

A teoria não prova a existência de Deus. 
A teoria não prova a inexistência de Deus.
Termina que, acredita quem quer. Ou não acredita, quem quer. Depende de que lado da moeda você está. 
Não to escrevendo para evangelizar ninguém. Puta assunto chato pra conversar com quem não sabe conversar. Porque, novamente, dos dois lados tem quem não saiba. De um, existem aqueles religiosos "salve-se ou queime no fogo da churrasqueira de Lucifer" do outro "você é um ignorante porque acredita em algo não comprovado".
Tenho duas novidades: 


Lucifer não existe.


Todo mundo acredita em algo não comprovado.


Alguém me disse que para acreditar em Deus é preciso ter fé. Que é a fé que nos cega e nos faz acreditar no impossível. Outro me falou que "não precisa de dogmas para viver".
Acho interessante pensarmos nas duas coisas. No caminho que as duas falas percorrem até nos encontrarem. Bom, é de conhecimento comum, que todos somos o resultado de nossas experiências. Sejam experiências intensas ou puramente teóricas. Cada um é o que vive. O cidadão que se intitula ateu e sem dogmas, recebeu uma instrução para tal. Bem como o cidadão que acredita que 20% do salário mensal deve ser depositado na caixinha da igreja. Beleza, e aí ?


E aí, que isso nem sempre é uma opção. Estamos falando de quem escolheu acreditar ou usar qualquer tipo de fundamento teórico matemático ou histórico para comprovar a inexistência divina. 


Fomos adestrados senhores e senhoras.
Ensinados a sentar, nos bancos de igreja.
Aprendes a ficar em pé, quando os outros sentam para conversar sobre sua religião.
A latir quando estamos felizes.
E a abanar nossos rabos quando vemos alguém que acreditamos realmente ser um amigo.


Não somos mais do que cães a procura de biscoitos. Sejam eles dados por padres pedófilos ou filósofos super "pra frentex".


Mas carrego comigo a certeza de que nunca teremos certeza o suficiente para ensinar uns aos outros aquilo que aprendemos em nossas casinhas de cachorro. E a isso damos o nome de afinidade. Quando encontramos outros cãezinhos que tiveram um adestramento parecido com o nosso. Isso nos faz achar que podemos estar certos em nossos pontos de vista. E que latir para os carteiros do planeta, é algo super normal.


Nos faz sentir bem.


De um jeito ou de outro, um dia todos morreremos. Não é novidade. 
A diferença, é que quem acredita em Deus, tem a chance de se gabar de estar certo. 







terça-feira, 24 de abril de 2012

Dogs days are over (unplugged).

Eu e a Florence. A Florence e eu. Não há caminho de volta, ela canta. E lá vem um pandeirinho muito maneiro marcando o 2 por 1. Imaginei como seria. As vezes é o que dá pra fazer. Os dias de cachorro ficarão para trás se tu quiseres sobreviver.


É hora de correr loucamente pela rua.


De virar páginas escritas. Algumas até mereciam ser queimadas. Outras só receber desenhos coloridos.


Um grito e eu vejo o sol nascendo.


A noite é minha amiga. Amiga da minha amiga. E conhecida de uma outra amiga que era mais amiga, mas que agora está namorando um cara não muito legal.


Me sinto com tanta vontade de escrever que não vale a pena escrever qualquer verborréia desregrada.


Melhor parar por aqui ?


Talvez seja mesmo.

segunda-feira, 23 de abril de 2012

*.* Tudo ?

Perdendo derrotas.
Escolhendo dias para viver.
Como machados sem corte.
E penas sem asas.
Pensamos demais.
Vivemos de menos.


Nada sentiria.
Sem vida.
Sem morte.


Sem escuridão.
Só à escuridão.


No infinito finito, dos nossos sonhos.

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Florence and the machine and me.

Only if for a night.


Meu mundo constantemente vira de cabeça para baixo. Eu vivo em um misto de gostar e ter me acostumado, com tomates e manjericão. A parte que eu gosto é maior do que a que eu tive que me acostumar. E ainda hoje eu pensei ter te ouvido me chamar. Mas foi só minha imaginação decolando voo, de novo. No ovo. Only if for a night.
E o horizonte abre um sorriso. Daqueles que me diz que eu amo o que fiz da minha vida. Talvez seja chocolate com café demais, mas é bem por aí. Não tem muito o que possa explicar o amor que se tem pelas pessoas, pelos momentos e pelas coisas.


A campainha do estúdio tocou. Me dizendo que é minha hora de ir.
Daqui a pouco, talvez seja a sua.


E eu vivo com a sensação de que vamos nos encontrar lá. Only if for a night.







terça-feira, 17 de abril de 2012

iMundando

Sou som quieto,
preguiçoso.


Grito baixo. 
E abandono.


Mudo o mundo, 
muda.


Eterno é o soluço.
Do meu coração,
a pensar.

Larga do meu pé, chulé !

Como disse aquele cara muito legal das idéias: se eu fosse me preocupar com o que o mundo pensa de mim, nem da cama teria me levantado hoje de manhã.


Tenho mais o que fazer. Ainda bem.

segunda-feira, 16 de abril de 2012

A vida é breve.

Há nada após os horizontes do mundo, além é claro do tudo.
E no tudo que há, existe um pouco do não ser que nunca foi. 
Pois o passado do existir pode muito bem ser o presente do não.
A morte se rende como palavras a um caderno de anotações.
Palavras nunca dizem que recusam serem escritas.
Porque palavras não falam. Falam ?
Não falam.
Quem fala são olhos e os ouvidos. As bocas ajudam um pouco. Mas coitadas, as bocas falam tão pouco.


Me arrependo de nunca ter vivido o que nunca vivi. Me arrependo de ter vivido alguns dias que vivi. Mas não me arrependo de ter vivido sem me ver, viver. Porque vi e vivi também.


E como cantam na canção: "Se o que eu sou é também o que eu escolhi ser..."


A vida é breve.
O vento também.
O vento volta sempre. Sempre vai e vem.
E há vida ?

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Mudar ou minguar.

Um dia desses. Um desses dias que vem vestido de um dia qualquer. Que se espreme por entre dois outros dias e se aconchega feito filhote de cachorro ou de ursinho panda bebe que dorme no colo da mãe. Sabe comé ? Então, num desses dias quando o sol nascer preguiçoso. E a noite cair suave depois de um longo por do sol roxo roseado. Quando o vento soprar tranquilo por entre as folhas da sua imaginação. Fazendo aquele barulhinho que não é mais alto que o silêncio, que tu fechas os olhos pra ouvir e abre os ouvidos pra ver. Enquanto o inverno mostra seu sorriso de lábios fechados, escondendo as noites frias de solidão implacável. Ou as lágrimas de amor desistido. Ta sabendo ? Quando aquela garrafa com tinto da árvore for aberta e a rolha gritar:
"- PLOUPTH !!!!!".
Na hora de sair. E o barulho do vinho sangrando fizer:
"- BLUOPBLUOPBLUOPBLUOPBLUOP...".
E as taças do tamanho de cabeças se encherem dele. E forem giradas. Com o último raio de sol desse dia, passando pelo cristal borrado do tinto gelado. E mais sorrisos surgirem, por entre as nuvens e as nuvens das nuvens. Que ficam nos céu dos céus. Sobre o que está sobre nossas cabeças. E um violino mágico, chamado Beagle02, tocar alguma canção de mover os pés. E as pessoas e hobbits e elfos e todos presentes, dançarem. Cada um de um jeito, se esbarrando amigavelmente, sem querer. E sorrindo uns pros outros. Com abraços e palavras de línguas diferentes.


Nesse dia.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Pensamentos púdicos.

Quem mudou a cor do céu ? Estava claro quando eu acordei. Agora é noite. Noite escura. Tarde da noite, pelo que sei. Quem mudou, você sabe ? Não ? Tudo bem. Me sento nessa pedra quente, e espero mudar também.


Voavam cinco cães, brincando por entre as nuvens. Um se chamava Antonio, todos os outros Antunes. Ninguém se entendia, mas não era por nada não. Um voava solitário. Todo o resto, na contra mão.


Fiz um chá de calma, com uma pitada de paz. Fervi muito a água, dei um gole e NUNCA MAIS. Um corvo gritou bem alto, acima dos meus umbrais. Edgar Allan Poe te odeia. Não te esqueças disso: NUNCA MAIS.


Mudei o rumo do meu caminho. Bem na hora de chegar. Me vi ali, de pé sozinho. Sem ter nenhum outro lugar. Pensei: volto tudo agora, enquanto ainda posso. Mudo o rumo da pisada e te mostro que errado é uma opinião torta. De quem insiste que entrar pela janela, é pior do que pela porta.


Espelho, espelho teu. Existe alguém mais idiota do que tu ? Não existe, mas sempre existirá. Aaah espelho, vá se catar. Mentira tem perna curta, quem mete a mão em combuca funda e gato escaldo não se pela duas vezes. Odeio espelhos. Odeio eles.


Era de ódio que vivia a frase. Sem perder lágrimas. Sem palavras de crases. Mentira curta de perna larga. Passada longa e esperada.
Cale-se e me beije, ela falou.
Me calei.





segunda-feira, 9 de abril de 2012

Are talkn'to me ?

Todos conhecemos um Bostinha. Que é presidente da Bostolândia. E acredite, quando eu digo que não vale a pena ouvir o seu merdes.


Algumas vezes, a ignorância é um preço barato a se pagar.


That's all (un)folks.



Como Gregor Samsa fez.

Porque me cansei de mim.
Do que eu fazia.
E dizia.
Acordei novo.
Vestido de ti.
Sem pele.
Sem medo.


Só, sonho e desejo.

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Céu de pedra.

(Editado)
Isso é uma idéia para produção de um curta.
Não é um texto meu, falando isso. Que fique claro.
E que também fique claro, que eu fui induzido a digitar essas informações aqui. 


Eu não sei.
Eu sei que não sei. Isso, eu sei... 


Quando fica claro, eu caminho.
Quando fica escuro, eu me deito.
Se tenho, eu como. Se não... eu sonho.


Vejo o mundo. É o mundo que nem sempre me vê.
Melhor assim, eu sou bonito demais. 
Outro dia, um amigo me disse isso.


O silencio tá sempre comigo.
Ele é uma boa companhia.
Não pesa muito, e é facil de carregar.


Todo dia é muito parecido.
Ontem, hoje. 
E o amanhã que nunca chega.


Esses dias, ouvi alguém me chamar.
Não tive certeza.
Podia muito bem, não ser ninguém.
Podia muito bem, ser eu mesmo, 
perdido em mim.
A me procurar.


Agora eu preciso ir.
É que o inverno está chegando.
E eu acho que ele não gosta muito de mim.
Mas é como eu falei:
eu, não sei...











terça-feira, 3 de abril de 2012

Set my heart on fire.

Bla bla bla.
Sempre o mesmo bla bla bla. E eu sei que qualquer hora dessas tu vais voltar a odiar todo mundo. E te fazer de tadinho de novo. Porque é isso que os fracos fazem, batem e se escondem como ratos gordos de pêlo dourado.
Muda a trilha sonora e anoitece mais cedo. O inverno mostra as garras, eu escondo as minhas. Abro uma garrafa de tinto da árvore, junto alguns amigos ao redor de uma fogueira e é hora do show ! Gostamos muito de partilhar das nossas companhias. Principalmente, porque elas são verdadeiras e calmas como o fundo de um oceano.

Não me venha com testículos murchos sobre como as coisas deveriam ser. Ou como Deus não existe. Ou como o mundo é cruel e sarcástico. Pura balela desenfreada. Você nunca saberá o quão fundo foi até olhar para cima. E no momento em que olhar, a pessoa ao seu lado vai se adiantar uma ou duas pazadas e terá ido mais fundo que você. O que muda nessa história é a sorte que cada um tem. E a quantidade de pedras que encontra no caminho. 

No meio do caminho tinha uma pedra. Mas por baixo da pedra sempre haverá um caminho, eu lhe digo.

Vozes voam do meu umbigo enquanto eu danço nu no meio da floresta. É macabro e bem pouco engraçado. Mas é verdade.

Li outro dia a frase: "não seja tão pobre a ponto de só ter dinheiro". Não sei quem a disse ou porque. Mas concordo.

E olha que o que tem de gente pobre que só tem dinheiro lendo esse texto, não está no mapa. Está, mas não está. Você entendeu. Ou não entendeu. Não dá pra se importar com isso né ?!

Mudo o som do meu iPod e Sigur Rós ressurge ao melhor estilo Fenix Catarinense. Acredite em mim quando digo que a capacidade de ressurgir está por aí, esperando uma oportunidade de ressurgir.

Você ainda não sabe. Mas sua hora está próxima. Eu posso sentir na água. Em breve, a última pessoa que você odiará será você mesmo. E depois de ter se esforçado para odiar todo um planeta. Você resolverá o problema com um tiro entre os olhos ou alguma outra saída perdedora qualquer...

Bater asas sobre um prédio.
Cortar os pulsos e vazar tédio.
Mudar de M&M's para remédio.
Gastar todo o tempo do mundo pensando em como fazer mal a outra pessoa.

Pouca coisa diz tanto sobre você.
E que o futuro nos conte o resto.

E ele há de contar, oh se há :)

segunda-feira, 2 de abril de 2012

iMundo Raimundo !

Acaba cedo a sede.
Se, acaba em nada.
Somos sempre deles.
Daqueles uns.
Com linhas escritas.
Das páginas em branco.
E grandes palacetes.
Com segredos nos cantos.
Das frases mais longas.
O que espero nunca
encontrar.
A mentira que termina tudo.
Ou a verdade que faz tudo
acabar.
No fio da navalha.
A linha guia do mastro.
Uma bandeira esquecida.
E meu oboé gasto.
Te mando um beijo,
só em pensamento.
Me entrego ao teu lábio.
Desejo e lamento.
Mais do que tudo.
Pergunto ainda mudo:
"- O que fizeste tu Raimundo ?"
Ai de mim.
Ai do mundo.