quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Passar.

Moça, Olha só, o que eu te escrevi
É preciso força pra sonhar e perceber
Que a estrada vai além do que se vê

Sei, que a tua solidão me dói
E que é difícil ser feliz
Mais do que somos todos nós
Você supõe o céu
Sei, que o vento que entortou a flor
Passou também por nosso lar
E foi você quem desviou
Com golpes de pincel

Eu sei, é o amor que ninguém mais vê
Deixa eu ver a moça
Toma o teu, voa mais
Que o bloco da família vai atrás

Põe mais um na mesa de jantar
Porque hoje eu vou "praí" te ver
E tira o som dessa TV
Pra gente conversar
Diz pro bambo usar o violão
Pede pro Tico me esperar
E avisa que eu só vou chegar
No último vagão

É bom te ver sorrir
Deixa eu ver à moça
Que eu também vou atrás
E a banda diz: - assim é que se faz.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

E foi assim.

Qual é a palavra que se usa para algo que está certo e errado ao mesmo tempo ?

Quando as garras da águia te penetram as temporas com tanta força que sentes os ossos trincarem como madeira amolecida pela água. Quando a linha do horizonte parece sair de sintonia tão rapidamente que é como se montes e morros dançassem a luz do por do sol em uma tarde sem fim. Em uma refeição sem gosto. Ou um coração quebrado sem amor. Como se o pulo que foi dado, fosse um momento de liberdade, antes da prisão. E ao se perceber, não houve pulo algum. Seus pés não sairam do chão. Seus pés ficaram onde estavam todo o tempo. Como um passo pra trás de um caminho que você não percorreu.

Meu vento de um mar frio. Que nunca soprou. Meu barco girava em círculos e bravos marinheiros lutavam contra a água revolta. Cheia de peixes espadas. De leviatans e negros tubarões com cabeças de tigre. Parecendo terem saido de um quadro de Salvador Dali.

Não morri. Mas algo em mim morreu sim. E abraçado a esse sentimento, me esgueirei por cantos e recantos de um lugar que sempre me pertenceu. De um lugar que nunca foi meu.

Não sei voltar. Não sei caminhar para trás. Nunca fiz isso, mas não é por nunca ter feito que não sei. Eu sei que não é. Não sei porque minha alma não permite que meu corpo seja menor do que deveria. Minha alma não permite que meu existir desista da única coisa que tem plenitude...
De existir.

Eu me tatuo com o teu nome. E puxo pele por sobre a pele para esconder-te. Porque pra mim, pra esse momento, o que me serve é o passo que foi dado. Firme mesmo que em chão de tropeço. A frente. Avante e adiante.

Como uma vez o Rocky me ensinou: não importa o quão forte se bate. Importe o quanto aguentas e continuas a caminhar.

Sempre com meus punhos cerrados.
Como murros que são.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

(Sem título)

O céu parece mudar nessa época do ano. Não é o céu em si. É a forma como a luz incide nas coisas. A tarde parece mais longa com uma cara de verão "sei lá". O calor é um pé nos bagos pra quem sua como eu. Pentelhice sem fim, nem limites !

Verdade seja dita, the winter it's not coming...

Os meus bons textos me escapam do pensamento, quase todas as vezes que eu sento pra escrever aqui.

Tenho ouvido muito o som de uns caras chamado The Drums, nada de novo. Mas bom pra caralho. Vale conhecer, ou pelo menos eu acho que vale.

Um roteiro antigo me deu uma nova idéia. Tudo que o Steve Jobs deixou foi um mundo sem a presença dele. E eu nem tenho certeza se o cara é tão genial assim quanto o pintam. No fundo, espero que não seja. Do contrário o que vai acontecer ? Vamos voltar no tempo ? Eu quero ser um cavaleiro. Quero ser um assassino. Quero usar uma capa e não ser repreendido por isso.
"- Ajoelhe-se !"
"- Se erga como um cavaleiro..."
Que legal :D
Minhas ruas mudam de endereço e eu me perco por um labirinto feito pra me sacanear. Ainda assim não há nada como Sigur Rós e uma taça do vinho que toca música. E mesmo com a grua subindo e descendo em movimentos que me fazem chorar, o que eu quero mesmo é o close no fim. Guardo um rolo de filme, exatamente como o Amarante falou. E nada de últimos ou primeiros. Eu não me importo mais com isso. Não vim até aqui pra ser o primeiro, vim pra ser o último.
Um unicornio me disse que voar é preciso. Mas que nem todos temos asas. Quem tivesse voaria ? Nem todos voariam. Mas voar ? Voar é preciso.
Como uma poesia escrita as pressas eu me lembro que em 3 dias meu cachorro faz 11 anos. E esse não é o único aniversário que outubro reserva. Pra onde foram as espadas que cortam palavras ? Eu me corto pra ouvir o sangue chorar. Esperando a hora de dizer que vou parar. Parar de parar. Começar a parar de parar. Tentar começar a parar de parar.

E nunca desistir de tentar.

Te vejo naquela colina.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

A timeline da vida.

Sr. Tamborine me tocou uma música. Muito legal, por sinal.

Muito tempo sem escrever, tenho ferrugem entre meus dedos. E um olho a menos. No que você acredita ? Alguns acreditam em Deus. Outros nos homens. Outros em duendes e fadas vestidas de barbies. Outros acreditam em não conversar sobre no que acreditam.

Um corte na linha e todo mundo está dançando Bob Dylan e tomando vinho. As fogueiras de verão não aquecem como as de inverno. E grandes praias brancas se revelam atrás da longa cortina da vida.

Como se diz quando o Universo parece conspirar para que tudo de certo ?
A resposta dessa pergunta revela muito sobre você.

Corte.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

É ;D

Não te abras com teu amigo
Que ele um outro amigo tem.
E o amigo do teu amigo
Possui amigos também...

Mário Quintana