sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Gosto de chá de palhaço.

Do mesmo  jeito.

Que o sonho encontra o fim.
Tu derrama a lágrima no meu oceano.

Suave como os dias formam o ano.
E o vento a beijar meu rosto.
De solitário gosto.

Me lembro de mim,
pra ter paz.
Penso que te vi sorrir.
Pois era assim que gostava de ti.

Feliz.
Longe dos problemas mundanos.
Eu me curvo as décadas que vem.
Presto reverencia e digo tudo bem.
Eu sei que não.

Você também.
Como o amargo do doce.
E o suave do rude.
Eu me faço gentil ao que me ilude.
Maquiando o palhaço que faz chás.
Escrevo carta de amor.

Faço música sem dó.
Fotografo o meu pior.
Pinto o quadro.
Então que das linhas sem fim,
desenho traços.
E nas noites de lua, eu me entrego...
aos (des)abraços.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Dizem por aí.

Me peguei piscando em silêncio. 
Pouca coisa boa sai da boca de gente ruim. Foda é classificar quem é ruim. Quem é ruim ?
Hitler !
Muito engraçado.
Sério, Hitler foi um merda.
Muito engraçado.
Bom, foi o que eu aprendi no colégio... Hitler mal. Abraham Lincoln foi bom.
Muito engraçado.
Para de falar muito engraçado, eu to te falando uma coisa séria... FUI EDUCADO POR IGNORANTES ! EU DEVO SER UM TAMBÉM ! DEVO TER MUITAS CERTEZAS, DEVO ESTAR MAIS ERRADO DO QUE CERTO SEMPRE... DEVO SER DAQUELE TIPO IRRITANTE DE PESSOA QUE VIVE DENTRO DO PRÓPRIO UMBIGO ACHANDO O MUNDO TODO UM LUGAR SEM MAGIA, CRENTE DE QUE SOU CONHECEDOR DE TODOS OS FATOS DO PLANETA E DAS VERDADES MUNDANAS E QUE JAMAIS TEM CONVERSAS SÉRIAS COM NINGUÉM E QUE PENSA QUE TODOS SÃO RUINS E POR ISSO FICO TENTANDO ME ESQUIVAR DO PLANETA O TEMPO TODO E NÃO AGRADO NINGUÉM E AINDA POR CIMA FALO SEM PONTOS OU VIRGULAS DIFICULTANDO E FICANDO AINDA MAIS DESESPERADO ! PORRA !

Muito engraçado.



terça-feira, 27 de outubro de 2009

E a gente vai saber, se alguém depois sorrir em paz...

Posso ouvir o vento passar,
assistir à onda bater,
mas o estrago que faz
a vida é curta pra ver...
Eu pensei..
Que quando eu morrer
vou acordar para o tempo
e para o tempo parar:
Um século, um mês,
três vidas e mais
um passo pra trás?
Por que será?
... Vou pensar.

- Como pode alguém sonhar
o que é impossível saber?
- Não te dizer o que eu penso
já é pensar em dizer
e isso, eu vi,
o vento leva!
- Não sei mais
sinto que é como sonhar
que o esforço pra lembrar
é a vontade de esquecer...
E isso por que?
Diz mais!
Uh... Se a gente já não sabe mais
rir um do outro meu bem então
o que resta é chorar e talvez,
se tem que durar,
vem renascido o amor
bento de lágrimas.
Um século, três,
se as vidas atrás
são parte de nós.
E como será?
O vento vai dizer
lento o que virá,
e se chover demais,
a gente vai saber,
claro de um trovão,
se alguém depois
sorrir em paz.
Só de encontrar... Ah!!!


O vento - Los Hermanos.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Se fosse só poesia ninguém se importaria !

Como balança a bandeira pro vento do mar.
Se move a poesia dentro do falar.
E não é vento que derruba máscara 
ou o fim da história que dá seu fim.
Ainda não é assim.
Pois de palavra em palavra se faz escudo.
E é do silêncio da boca que se mede a força do murro.
Depois me dizem que sou verme doente. 
Pequeno e desimportante.
Me julgam errado.
Me chutam pro lado.
Oferecendo as minhas costas seus cortes de faca.
Não me espanto é verdade.
Cansado, nem dó consigo sentir.
Travo minha língua entre os dentes e me boto a sorrir.
Pois é isso que queres pra tua vida:
Gente medíocre de pouca verdade e bocas cheias de mentira.
Eu prefiro o barro do chão. Já te disse e não canso de repetir.
Que morro velho, verme e teimoso.
Antes de me render a ti.

Pois então, vejamos juntos nosso ponto final...
Me alivia conhecer teu horizonte.
Pois ao contrário do que eu quero em minha vida,
o teu é limitado por dois montes.


sábado, 24 de outubro de 2009

A E I O U

msg publicada.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Estrada de barro.

" E toda vez que vier, felicidade vai trazer a cada vez que quiser. Basta a gente querer, ser desta vez a melhor..."

Saindo do asfalto quente, bem sinalizado, mal utilizado e normalmente mediocremente civilizado eu acho minha estrada de barro. Caminho suave bastante esburacado e nada formatado. Guardando uma surpresa por curva, um sorriso dentro de cada gota de chuva e poesia nua. E vejo a paisagem deixando morta de inveja a cidade. Sem o concreto do prédio que só ela tem. Sem o calor das fumaças e a sujeira das praças. Longe daqueles barulhos que deixam qualquer um mudo. Dos bateres dos batentes. E sem os passos apressados, daqueles que correm pra todo lado sem parar de olhar só pra frente.
Não.
Aqui a gente vê as folhas e o gramado. Flores e o silêncio dormindo preguiçoso na varanda ensolarada. O copo de suco gelado e a taça de vinho bem acompanhada. E sorrimos ao ver o tempo flutuando junto ao vento enquanto dançam e se beijam. E tem a água que corre. Sim, ela corre como quem deixa de viver mas não morre. Porque é o rio que vê a água a passar. Eterno por alguns instantes, antes de se dissolver transformando o tudo em nada e em tudo de novo. Provando que todas as leis da física estão certas, mas perdem sua importância quando são vistas pelas nossas janelas. E quem se importa com a porta aberta ?
Tiro uma foto sua vendo o céu. E guardo pra lembrar, do céu.
E é o cheiro do café que me diz a hora de acordar.


quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Mímica temporal.

Vem das larvas o canto que eu escuto. É baixo e por vezes sem sentido. Ajuda se você se esforçar pra ouvir. Fecha os olhos e a boca. Abre bem teus ouvidos e aproveita pra tentar abrir junto um buraco do tamanho do meu punho, na tua testa !
Dá pra entender:

Beijo suave e um abraço quente.
Dizer tchau é sempre uma merda, adeus então ! É quase insuportável.
Tão difícil que as vezes você prefere falar sem se ouvir. Que é pra nem lembrar que falou. E protela.
Espera.
Deixa pra depois.
Sofro menos, pensas.
Outra hora penso nisso.
Mas não tens como sair da fila, sair da fila é pra perdedores. Você fica alí, como que com os pés enfiados na areia esperando a onda se chocar contra teus pensamentos.
Dizendo: eu preciso fazer força. Preciso conseguir.
E dá pra conseguir.
A onda aumenta de tamanho e o dia passa.
O sol desce e sobe e o vento passa.
As nuvens correm pra longe e as de longe vem pra perto.
Um pássaro voa diante dos teus olhos em camera lenta. E tu deseja ter asas.
E a onda continua vindo.
Vai ser uma porrada daquelas.
Sentes as primeiras gotas geladas no teu rosto e peito. Sentes o sal na língua e é chegada a hora de fazer uma careta. Daqueles que a gente faz quando pari crianças, levanta pesos absurdos ou acha amargo o gosto de alguma coisa.
Teus braços se tencionam pra frente. Teu tronco pende pra frente. Tua cabeça vai um pouco pra frente. Tudo é a tua frente.
O pássaro desapareceu, a água preenche todo teu campo de visão. Teu pés estão totalmente enfiados dentro da areia grossa, até o meio dos tornozelos.

Explosão.

Faz parte da diversão abrir os olhos na hora. Ver.
O cheiro da água que veio do outro lado do planeta é impagável.
E eu gosto do que não pode ser pago. Tu não, tu gosta do que podes comprar. Ter. Trazer. Usar. 
Eu ainda prefiro o sentir.
A água desce teu corpo feito um pano. Volta pro mar estendida como um lençol.
E é hora de sorrir.
Onda ? Lá vem outra.
Eu aproveito os estouros pra chorar sem o mundo ver. E tenho menos de meio segundo pra correr todas as lágrimas que preciso.
Não sou borboleta de ninguém e sempre me vi verme do existir. Cuspo de nojo ao lembrar que deixei tudo inclusive o sentir. Mas o passado é uma bigorna que nunca existiu e fazemos questão de carregar. Pra alguns é invisível e pra outros é super fácil de levar. 
Exatamente, como a próxima onda que veio no meu mar.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

O tempo passa bem, obrigado ! :)

Seu avô gostava de pescar. Usava chapéu enquanto se perdia nas ondas do mar.
Sua mãe adora pintar paisagens e cozinhar almoços de domingo com a família inteira dentro das panelas.
Seus cachorros observam o mundo a 20 cm de altura do chão. Ele lhes convenceu de que todos os seres humanos são gigantes e os cães são as criaturas de tamanho normal...
Tem um livro que traduz qualquer língua para Russo. Ainda não achou uma utilidade real para ele, mas acredita que ganhará muito dinheiro com apresentações etinerantes pelo globo.
Tem um irmão que é desenho animado e uma irmã que se transformou em borboleta aos 12 anos de idade. Ele mora dentro de um televisor velho, ela no jardim em cima do prédio.
O longe é amigo de sua família. São visitados frequentemente por ele e adoram.
Acorda todo dia com uma tatuagem diferente na testa.
Gosta de caminhar pensando em seus sonhos.
Descobriu recentemente que o paraíso é um lugar logo ali.
Aprendeu a gostar de quem não conhece e para estranhos quase sempre sorrir.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Espera-se

Espera-se céu azul e sorrisos claros.
Estrelas no céu e passos sem calos.
Chuva na madrugada ao acordar.
Suaves gentilezas para recordar.
Abraços de amigos em noites de sol.
Tardes de domingo e gritos de gol.
Amor em cartas e no que mais existir.
Sinfonias eternas e o teu sorrir.

Espera-se não se arrepender e nem desistir.
Vitórias lutadas e pouco de graça.
Não morrer de pena ou do que sempre passa...
Acertar os caminhos até errando a direção.
Nada de mentiras e quadros mal pintados.
Uma vida tranquila a passos largos.
O eterno existir na memória de alguém.
E no fim uma lápide de "boa noite, meu bem..."

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

O pote de ouro no final do arco íris.

Tá, eu sei. Vivemos na era dos resumos. Tudo rápido, de comida a comunicação. Msn pra isso. Myspace pra aquilo, celular sempre junto e todo mundo carrega o google no bolso. Amigos na webcam, reuniões sobre as reuniões que precisamos marcar, dormir é para os perdedores, o pé direito acelera ao máximo enquanto os olhos se fecham contra o vento.
Resumo de dias.
Resumo de livros.
Resumo de palavras e vc sempre ker entender o pq de td !
Resumo de resumos, porque o tempo não perdoa ninguém.
Resumi-se até a vida. Tem que morre ainda no útero sem nunca sentir o sol na pele e a doce sensação de um gentil beijo no pescoço. Tem que morre com um tiro no peito atrás de cocaína no morro. E finalmente tem quem morre sentado, se esquecendo que viver é um exercício diário. Do bom dia ao boa noite meu amor.
E no meio dessa correria, tu achas as antigas poesias que escrevias. Textos medíocres, textos ruins e lá no meio. Largada no melhor estilo agulha no palheiro, tem uma boazinha. 
Mas o relógio grita teu nome. 
O celular toca Rage Against the Machine. 
Teu msn pula feito um sapo no cio. 
E tu descobre que não tens tempo para terminar de ler o que tu mesmo escreveu a alguns anos...

Seria isso uma metáfora do destino dizendo que o passado já foi hoje, mas agora ele é ontem ?

Largas o papel esperando ter tempo pra resumir isso depois.

Porque agora, não dá.


quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Tão vivo quanto se pode estar...

Se sentia frustado por não conhecer os mistérios que existem entre o céu e a terra. Paulo levava a vida como um Jonas dentro da barriga da baleia. Acostumado a ouvir as mentiras que lhe contavam, tão acostumado que nem se importava mais... 
Caminhava durante o dia. Dormia durante a noite. Dizia "olá, tudo bem ?" com um sorriso duro estampado nos olhos e lábios. Nem mesmo tinha certeza do que gostava ou odiava.
A única coisa que fazia Paulo ainda sentir seu coração pulsar e o sangue ser exprimido dentro de suas veias e artérias eram as lágrimas alheias. O choro dos outros representava um pouco mais de existência para ele. Esse pensamento na realidade o perturbava profundamente, como um pecado mortal aos que vivem com medo do inferno. Paulo, dividido pelo prazer de sair do fosso de incompetência e a culpa de desejar as lágrimas para os outros olhos, se calava perante tudo que surgisse a frente da sua cabeça...
O mundo é uma vitrine e Paulo um pária sem coragem de entrar na loja. Tudo que podia realmente fazer era assistir. Ouvir os comentários que lhe cuspiam nas ruas e catar as moedas que caiam dos bolsos daqueles que pagam para fingir que ele não existe. Daqueles que botam os olhos para correr quando fitam a peste. E assim olham para o céu, para o trânsito, falam da rotina da vida e atravessam as faixas de segurança como se aquele corpo estirado no asfalto não fosse real. Como se ele não sangrasse.
Paulo morreu em um belo dia ensolarado de verão. Avesso a toda energia jovem que existe na estação, fazia mais de duas décadas que ele não pisava na praia.  Na verdade não gostava de se sentir entre as pessoas bonitas. Preferia sua casa, mais precisamente sua varanda. De onde podia ver o mundo (como quem vê uma vitrine) escolhendo suas opiniões como em uma loja de chocolates. Lia muito ali. Gostava dos chatos pronfundos e verdadeiros autores clássicos. As vezes fumava o velho cachimbo do seu avo, morto por uma turba infurecida na década de 40. Por molestar a própria sobrinha.
Paulo foi encontrado pela proprietária do pequeno apartamento que alugava em um bairro pobre da cidade.
Nunca ficou rico.
Nunca teve uma linda família.
Jamais amou alguém, de fato.

A mulher entrou no apartamento com a chave mestra do prédio para cobrar o aluguel de dois meses atrasado.
Gritou ao encontrar o corpo frio daquele homem negro sentado em sua cadeira, com a boca e olhos abertos. Um livro caido no chão e um copo quebrado ao lado. Chamou uma ambulância e o médico disse que ele devia estar morto a pelo menos 2 dias, senão mais... Perguntaram se ele tinha parentes e a dona do apartamento não soube responder.
Seu corpo foi reclamado no necrotério quase no limite da data que foi estipulada para enterra-lo como indigente. O homem que o identificou disse ser um amigo de anos passados.
Paulo foi enterrado em um caixão de madeira barato. O padre não o conheceu, nem queria... Leu um trecho da Bíblia, fez a benção e se retirou. Quatro pessoas estavam presentes. Uma delas não tinha certeza se estava enterrando a pessoa certa.

A lápide de Paulo é tudo que sobrou da sua vida. 
Ela diz: "Paulo Covarde 1968 - 2011"


quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Passado, presente e futuro.

Se parar o bicho pega, se correr o bicho come.

: )

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Anoitece, amanhece e entardece.

Passa o tempo, sempre vai passar.
Como gira o cata-ventos que não cansa de girar.
Sopra a nuvem e vai...
Sol, vai lua e vai até o mar.
Gira tudo, desce e sobe e não para de mudar.
E quando ninguém mais entende o que pode se falar.
Vem o tempo em passos mansos e te ensina o passar.
Erra o tiro.
Errra o pulo.
Errrra a fala e a direção.
Vento bom ensina ao tempo que sim e não
são escolhas solitárias de quem não tem só solidão.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Um Piano, dois biscoitos e barulho perigoso.

Pensei em um tema sério pra escrever. Sério demais ? Talvez !
Isso faz da minha opinião (aqui) uma piada ?
Não sei se é pra tanto, mas certamente não pretendo ser levado a sério de forma extrema ! E acho que a maioria das coisas levadas a sério demais se tornam meio pentelhas... 

Usar calças jeans verde limão está na moda !
E a moda é um saco.

Era massa quando a moda era ter uma barriguinha no melhor estilo Tarzan 1966 !
Agora não é mais moda e eu preciso controlar tudo que como e correr preferencialmente todo dia.
Tudo bem, não vou reclamar... 

Mas calças jeans verde limão eu não vou usar.



quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Sobre o gostar.

É dó teu cheiro.
Podia ser sol para mi.
Se fosse mi eu iria nem que de ré !
Corria até teus pés.
Beijaria tuas mãos de noite.
Enquanto termina o filme.
Vendo vilão e herói lerem seus fins.
Como gota de chuva pra oceano viver.
Como linha de história pra escritor ser.
Como gostar do amor de me descobrir em você.
Para me calar.
Pois calado consigo te cheirar.
E é dó teu cheiro.

Um corvo branco e a crônica do Tempo sobre o tempo.

Era um dia cinzento. Daqueles que não se tem muito pra ver no céu...
Parecia que a tarde estava prestes a chover. A qualquer momento. Mas era um instante gigantesco, que não se dissolvia com o tempo. Que não se movia com o vento.

E se via a luz entre as folhas fazer sombra. 
E os rostos felizes a sorrir ao lado das lágrimas tristes do chorar.

Um dia desses que não se vê sempre. Até porque dias como aquele, não se consegue simplesmente ver. É preciso ouvir, cheirar e sentir na pele arrepiada pelo calafrio vindo do desaviso. 

Não tenho certeza de quanto tempo isso faz, pode ter sido hoje de manhã ou a 5 anos atrás. Mas lembro bem de não sentir as palmas dos meus pés. Palma do pé é a analogia do espírito humano. Não se sente o tempo todo, precisamos procura-la(o). Buscar prova da sua existência como um pena de corvo branco ou um acidente em que você não deveria ter sobrevivido e o médico fala:
"- O fato de você estar vivo, me lembra de existência de Deus..."
E eu pergunto se essa sensação, de achar que Deus pode sim existir, mas sem a certeza absoluta que comprove sua matéria (se é que ele possui alguma...) não é a resposta ? Eu acredito que seja. Pra muitas perguntas ao menos...

Quando a dúvida te invade, cheia de pratos quebrados e gritos de ciúme. Ou quando a dor bate a tua porta com o pé e entra na tua casa sem receber convite formal. E quem convida a dor ? Quando tu paras e pensas que nada é nada e que tudo pode ser transformar em tudo... Alí. Diante do questionamento, seja ele qual for...

Coça a sola do teu pé com uma pena ou o que tiveres na mão.

E continua a caminhar sobre o tempo. : )

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Música de antigamente.

Foi assim:
No meio de um desfile cheio de bandas alemãs eu encontrei um cd antigo. 
Arranhado. 
Com meus desenhos de antes de ontem sobre a parte de cima. Não deu pra salvar muita coisa dele, o tempo levou quase tudo embora. Acho que isso é o que tempo faz, leva embora. Como um pedágio a ser pago...

Tentei disk recover, data rescue, e vários outros blá-blá-blás. Tentei sites com dicas pra recuperar dados. Time machine, blogs e revistas especializadas em trecos de computador.

Nada funcionou.
Insisti.

Deu certo pra uma faixa ao menos: Madeixas - Pilares. 
Música do meu antigamente.
Dá época que a distância até a casa do meus amigos era medida em pedaladas e não em lombadas eletronicas ou sinaleiros.

E depois de tudo ainda me sobra a Móveis Coloniais de Acajú dizendo:

"Quando eu vivo esse encontro,
Eu digo adeus
Refaço os meus planos
Pra rimar com os seus

Abandono o que é pronto
E digo adeus
Eu trago os meus sonhos
Pra somar aos seus

E toda vez que vier
Felicidade vai trazer
A cada vez que quiser
Basta a gente querer
Ser desta vez a melhor

E toda vez que vier
Felicidade a mais
A cada vez que quiser
Basta a gente dizer
Só uma vez
Uma só voz"

Só uma vez, uma só voz.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Splosh !

sim.
Splosh !

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Sobre o caminhar.

Passo sobre passo se vai
Trilha longa, caminha-se demais
Morre céu e pede folga o sol
Erramos no mi e o fá se torna bemol 
Como desarmar arapuca de criança
A estrada é longa,
curta é a esperança
Chove prata, ouro e diamante
Minha perna direita grita:
"- Sempre adiante !"
Chama de cigarros e o vapor de cafés
Histórias que contamos, somos o que você é
Sem pontos ou virgulas, pura exclamação
Acerto a trilha mas erro a direção
Sobre a noite e o dia
O violino e a vida
A gentileza florida
A viagem tem um fim, antes de terminar
Caminho sem pedras
Onda no mar
Vento que sopra a face me diz
"- Para sempre quero te soprar".
Sorriso meu e ele volta a girar
No Reino das nuvens fica nosso castelo
Lá és minha rainha
e sempre te quero.
Passo sobre passo, se vai.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

O uni verso para lelo.

Um dia um blog acordou.
Tomou uma xícara de café, escovou os dentes e foi pra internet.
Lá ele disse:
"- Acho que eu vou criar um ser humano pra mim..."
E me adotou.

Agora ele posta coisas na minha vida, praticamente diariamente (mente).

Ok.
(Não) Vejo vocês depois.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Repita depois de mim.

Repita depois de mim.