quinta-feira, 30 de maio de 2013

i belong to you and you belong to me. You're my sweetheart!

Corra fauno. Bata rápido seus cascos no chão. Seja veloz. Seja exato. Sopre a notícia aos ouvidos deles.

Você não vai me dizer, meu irmão. Que existem estrelas, lá em cima ?

Indo pra frente. Com o coração e a cabeça no mesmo lugar.

Imaginando o que ainda falta.

Imaginando o que volta.


Yes, i get lost in my mind.

quarta-feira, 29 de maio de 2013

Né!

 


Hoje eu falei, pra mim, jurei até: se eu usar tenis o dia inteiro vou ter chulé!

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Para os que sofrem e para os que não sentem nada. Essa é para vocês!

Vim descendo a rua assobiando. Todos os prédios pegavam fogo. Todo o bairro. Toda a cidade queimava. O mundo inteiro era um fogueira, verdade seja dita. Ainda assim eu descia a rua imaginando como isso ia terminar.
Pode ser que amanhã eu não possa mais caminhar. Pode ser que seja hora de voltar. De sair voando. De entrar em um prédio. De pegar o metrô. Tudo é bastante possível nesse lugar. Ainda assim, é melhor caminhar de cabeça erguida do que se calar pra cada voz que temos dentro da barriga.
"Good times are coming" canta um coral ao meu lado. São zumbis que estão pegando fogo e fazendo uma dancinha tipo thriller ou sei lá oque... enfim.


Batem os trompetes e trombones no alto dos prédios.




Voam as aves fugindo do fogo.


Um carro passa por mim com uma família "anúncio de comercial norte americano de margarina" pegando fogo. Enquanto todos cantaralom Beirut - East Harlem: oooooooooooooooooooooooooooohhhhhhhh

É mórbido e desconcertante. Mas vale a pena assistir. Eu acho que inventei essa canção pra mim mesmo. E ouço ela no repit porque gosto de repits.

Dobro uma esquina qualquer, e uma chuva torrencial cai sobre minha cabeça. Tudo que é fogo se apaga. Tudo que é quente, esfria. Pessoas surgidas sabe-se lá de onde fecham as janelas das casas e prédios. O sol se apaga como mágica e a lua toma seu lugar. Ouço lá do outro lado da cidade um violão folk de madeira molhada tirando um som do tipo "cool country hipster ye ye yeee" e vou. Dou um passo e já fui. E já estou.

Tem gente pra caramba aqui, mas só as pessoas que se importam. Algumas me veêm, outras não. Alguém me estica uma taça de vinho em slow motion e nossos olhos se cruzam ou se curam em silêncio. 


É bom estar em casa.
É bom estar aqui.
É bom conseguir viver assim. Mesmo sabendo que amanhã toda a cidade das chamas pode desmoronar em cima de mim.
 

Mesmo sabendo que tudo na vida tem mais de um fim.

Mesmo assim.






quinta-feira, 23 de maio de 2013

Sobre seguir.

Hoje é um desses dias. Eu nem sei pra quem escrevo isso. Digo, sei sim. Pra mim mesmo.

A página em branco irrita quem escreve. Existe uma necessidade em preenche-la da melhor maneira possível. Com o melhor conteúdo. Com alguma idéia que faltava. Deixando a ausência de pensamento para trás. Seguindo.

Eu não perdi o passo. Eu segui. Eu sempre sigo. Caminhar me faz bem. Me faz vivo. Permanecer vivo me faz bem. Me faz melhor. Acho que o importante é isso.

Equilíbrio constante. E seguir.



Um dia, quando eu olhar para trás, espero ver tudo que deu certo.

E ao que deu errado, eu digo que nada importa. Além do que deu certo.





Hoje é agora. E agora é o amanhã do ontem. Pro que foi e pro que não foi.

E foda-se.

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Vem cá ver que o novo é bom...

Eu te desafio. A escrever o que ninguém quer ler. Me avisa pra eu fechar os olhos, não vai doer se eu não vem ver cair. Se você for me soltar. Me avisa pra eu fechar os olhos.



Não vai doer se eu não me ver...




Pensei duas vezes e mais duas vezes duas vezes. E na última vez, meu sonho foi melhor que o meu viver. É que desgovernado fico governado por mim. Aquele eu que me esqueço em silêncio todo dia. Quando saio de casa e ouço o silêncio da porta fechada. Do apartamento vazio que fica atrás de mim. Do dia que eu perdi. Da noite que passou. Do último sorvete. Da última folha da última árvore a cair. Do pé sujo de terra vermelha.
Do sangue da veia. Da noite sem lua. Do nó na boca tua. No dia que nunca terminou.

E foi assim que eu vi. O que termina sem começar. E nunca tem fim, antes de novamente terminar: o recomeço sem mim.


Pronto, arrotei.

quinta-feira, 16 de maio de 2013

i've been living a lonely life.

Cada passo que se dá além do próprio caminho, é o caminho novo que se encontra. De novo.

Indivíduos em formação constamente se questionam sobre continuar ou parar.

O processo de formação de um indivíduo necessariamente passa pela catarse da auto construção. Afinal, é impossível para alguém forçar  outra pessoa a aprender algo. A não ser que em algum momento, o indivíduo que é o alvo da informação aceite a condição de aprendizado. E absorva a informação da melhor maneira que conseguir.

Assim, é importante que existe foco de onde se quer chegar.


Para que não se perca tempo, trilhando o caminho errado.

 

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Sky starts falling, os pombos.

Quem era pra eu ser? Sim, coube logo a mim a dificuldade de me ser. Mafalda sabe bem.
Mas ainda assim, assado, alado e arando, eu sou eu. Se não fosse, quem seria?

A crônica é toda desculpa que eu preciso para continuar a escrever. Para continuar a pensar. Para parar de tentar. Para desistir de viver. Para!
Tá, continua:

para ver o céu caindo ao som da bateria intermitente da evolução.

Eu juro que ouvi você chamando meu nome.

Não leio mais Pablo Neruda. Cedemos um ao outro. Acho Kafka um inépto inteligente demais pra permanecer vivo. E Mario Quintana me decepcionou.


É através da máscara da crônica que aquele que escreve se revela. No silêncio de seus fantasmas stalkers. No berro dos absurdos lardeados. Na sombra da iluminação pesada. No luz da vela que dança ao vento.

De caminhos tortuosos a vida é cheia. Eu quero planices gramadas. Com céus de final de tarde e sorrisos despreocupados.


Eu me lembro. Eu demoro, mas eu sempre me lembro.






quarta-feira, 8 de maio de 2013

Ao som do som que me lembra aquele outro som.

Melhor correr.

O mundo não vai te esperar.

Tu não escreve nada sólido? Tudo é subjetivo.


Subjetivo é o teu cú. Eu escrevo o que eu quero. Não te obriguei a ler nada.

Viu? Tais fazendo de novo? É exatamente isso que tu faz. Percebe?

Percebo. E não me importo.

terça-feira, 7 de maio de 2013

Over it - Dinosaur Jr. e eu andando de skate na varanda da Tiê.

Eu escrevo e apago demais.
É bom ser alguma coisa logo, antes do final da tarde da minha vida me alcançar. E chegar longe é coisa de quem gosta de caminhar. Parar é pra quem precisa deitar. Pra variar, a lua brilhando, no calcanhar. De quem insiste em continuar.
Eu escrevi um roteiro cheio de cortes e planos contínuos descontinuados. E fui caminhando pelo mundo sem hora pra voltar. Até que no final dos tempos eu ouvi o som do mar. Sussurando Thiago Pethit no pé do meu ouvido. 

"- O que será do nosso amor? Laraiá-laraiá..."
Eu giro mais que o mundo em dia de festa. Fecho a porta e me esqueço de tudo que resta. E foda-se o globo e seus problemas. Mas estive pensando, descreva para mim sua latitude? Que eu não tento achar no mapa mundi.
Ouvi uma árvore me contando uma história. A história do mundo, do começo ao final. Em três segundos. Silêncio profundo. Entendi quase tudo. Mas nada ficou. Me esqueci logo depois. Que o tempo passou. Perdi meu lembrar no vento. Me deitei ao relento e ouvi o tempo passar de novo. Mais lento. Menos que isso. Mesmo.

Imaginei que era assim. E assim foi.

Não me lembro disso. E nem vou.