sexta-feira, 30 de novembro de 2012

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Há dias que não começam. Há dias que não terminam.

Afronta da vida
é a morte

Saída para a entrada
dos dias

Como céu cinza
de desalento em chama

Em dias longos
que zarpam na noite

Erguendo-se solitários
à vida que finda

Olvidando a inevitável vereda.
De tudo que começa
e termina.

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Faz mi dó, violão em ré. Que lá o sol si fá !

Eu acredito mais em sangrar do que em ganhar. Ganhar pode vir de todo jeito, pode ter o norte da sorte. Pode ser o acaso da parcelana quebrada do vaso. Pode ser destino de garoto menino. Pode vir e ir, sem dizer oi ou tchau. Ganhar é pra qualquer um. Para aqueles que usam sapatenis, e fazem compras aos domingos. Ganhar é para quem tem os intestinos cheios com carne vermelha putrefata, cheia de vermes e bernes brancos a se rastejar. Ganhar é pagode. É axé. É blog de maquiagem durante a semana para ocupar o dia. Ganhar é vazio como um gozo pago. Como uma amizade vaga. Como a falsidade, que é vasta. Ganhar é o que se dá a prostituta após o ato de carinho comprado. É o silicone exagerado no peito da dançarina idiotizada. Ganhar é papel sujo com fezes. Largado na chuva. Em um domingo a noite. De uma rua pouco movimentada.

Isso é ganhar.

Sangrar é outra coisa. Quem sangra pode não vencer. Mas jamais se permite o luxo de perder a batalha do acreditar.

Quem sangra pode cair. Mas nunca vai deixar o mundo lhe dizer como sambar.

Quem sangra é feito de carne e amor. Ao passo que tu que só pensas em ganhar, és feito de merda e rancor.

E é assim que é ;)

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Desregradando.

Olhei para mim.
E não vi.
Sou invisível aos meus próprios olhos.
Insensível ao meu existir.

Aprendi a amar o que almeja meu fim.
A desejar o bem, a quem escarra em mim.
Seja na vida que vivo agora,
ou na que há por vir.

Calo minhas distância ao imaginar. Outro aqui.


segunda-feira, 5 de novembro de 2012