segunda-feira, 29 de julho de 2013

Honra além dos olhos.

- Eu não aguento mais um dia nessa merda de estrada! - disse o homem armado enfiando o pé até o tornozelo em uma poça de água e lama formada no barro.
- Perfeito soldado. Faz um grande favor a todos nós e se mata... Ninguém aqui precisa de ti despinafrando a cada 10 passos... - respondeu o homem que caminhava atrás dele.
O silêncio entre a discussão havia aumentado consideravelmente nos últimos dois dias. Göen sabia que em pouco tempo seus homens estariam decidindo essas pequenas disputas em duelos armados. E depois disso, o grupo racharia. Talvez em duas facções diferentes. Se atacando mutuamente como se a culpa de toda campanha estar atrasada, da chuva não parar de cair a duas dezenas e da comida estar acabando fosse do outro grupo. Göen já viu isso acontecer antes.
- Meu lorde...
Göen olhou para o homem que caminhava ao lado de seu cavalo, e por um instante ficou assustado pelo semblante dele. A três dezenas quando eles deixaram a fortaleza da Montanha Alta, os soldados se reuniam todas as noites para beber e comer ao redor das fogueiras. Eram 67 homens no total. 12 montados em mangas largas de batalha, 41 soldados a pé, 10 arqueiros com cães de caça, Lorde Glöen TorreNegra e seus 4 cavaleiros da guarda pessoal. Agora, 2 arqueiros desapareceram nos bosques a alguns dias enquanto caçavam, um cavalo quebrou a pata enquanto corria pela estrada lamaçenta e precisou ter o pescoço cortado, o cavaleiro que o montava não conseguia mais caminhar e por isso foi levado de volta por outro cavaleiro, e um soldado não parava de resmungar a dias. Os homens começavam a espirrar e enxugar os narizes. E aquele homem que caminhava ao seu lado puxando o cavalo com medo de que o animal também tropeçasse em alguma pedra não vista, parecia desesperadamente precisar de fogo para lhe aquecer e algo quente para engolir.
- O que é? - respondeu sem lhe olhar nos olhos.
- O soldado que reclama, o da ponta da fila Senhor... Seu nome é Ambruv... Senhor....
Glöen sabia o que seu cavaleiro estava lhe dizendo. Ele sentiu a voz do homem tremendo enquanto falava. Era preciso dar um fim a essa situação. Ou essa companhia jamais chegaria ao Ermo Sul.
Com os dois pés ele atiçou o cavalo a avançar. O animal reclamou, empinou a cabeça, mas Glöen lhe esporeou novamente, com mais força. O sangue jorrou em suas botas e o palafrém obedeceu trotando para frente. Enquanto ele caminhava o som das peças de metal se chocando umas as outras chamou a atenção dos homens que abriam espaço. Um dos cavaleiros, chamado de Nordhär avançou junto. Gritando:

- Abram caminho! Abram caminho agora!
Lorde Glöen foi até a ponta da fila. Onde outros dois cavaleiros o esperavam segurando seus cavalos o quanto era possível. Um deles carregava o estandarte da torre negra no alto de uma montanha. 
- Soldado! - gritou.
Os três homens que estavam na ponta da fila se viraram e olharam para baixo mostrando receio. Glöen olhou para um deles dizendo:
- Tu és Ambruv. O que eu chamo.
O outros dois homens se afastaram respeitosamento em silêncio. Cada um para um lado. Os cavaleiros sacaram suas espadas e o circurdaram pelas costas.
- Senhor! Se o Senhor assim quiser, sou Senhor...
Glöen olhou para a companhia. Toda parada olhando o que se passava. Alguém espirrou. O cavalo do Lorde girou uma, duas vezes. O animal estava ofegante.
- Escute homem, se eu ouvir de ti mais uma palavra. Rasgo tua língua e mando cozinha-la para os cães. Consegues inferir o que digo?
O homem concordou com a cabeça após um instante. Em completo silêncio.
Glöen girou sobre o cavalo mais uma vez, enquanto dizia ao cavaleiro que não portava o estandarte:
- Se nosso amigo Ambruv reclamar mais uma vez, corte sua língua e deixe-o ao lado da estrada. Eu te ordeno cavaleiro.
- Sim meu Lorde! Será feito senhor...- respondeu o homem sobre o cavalo a sua frente.
 

Glöen esporeou seu palafrém novamente. O animal novamente resistiu. E por um instante o Lorde do Forte Montanha Alta ouviu o eco de seu mestre cavaleiriço dizendo:
"- Comande o animal garoto! Todo aquele que não for comandado, lhe comandará!"

- Eu estou no comando... - Göen resmungou por baixo da barba.

E nada mais foi dito naquele dia.

sexta-feira, 26 de julho de 2013

Eu contei.

Um leitor desavisado pode se machucar lendo essas palavras. Ainda assim, é preciso contar a história que escrevo.
Dos dias de inverno vividos nas terras do Rei Oughta'r pouco ainda é contado nos dias de hoje. Mas houveram outras estações. Estações de ventos mais quentes e de menos neve nas estradas.
Hoje eu escrevo de dentro do quarto, que mais serve de cárcere do que de casa. Ainda assim, é a única maneira que encontrei de enviar minha mensagem além dos dias da minha vida.
Por isso, nobre leitor, lhe imploro com o pouco de energia que ainda existe em meu velho corpo cansado: carregue minhas palavras para tão longe quanto qualquer homem puder. Existem aqueles que o dirão que estas palavras mentem. Que o passado foi diferente. Eu não posso lhe fazer acreditar em nada. Seria como todos eles, se o tentasse. Ainda assim, existem maneiras de descobrir a verdade. Pois os usurpadores de Oughta'r agiram com rapidez, mas não de forma permptória.

Comece se perguntando porque eles são tão violentos. Passando aço nas gargantas e umbigos de todos aqueles que se opõe as vontades do novo trono.

O meu Rei. O Rei por direito de todas as terras ao sul da Montanha Vermelha, jamais julgou um cidadão a morte sem que ele mesmo lhe desse o golpe funesto. Sem que ele mesmo olhasse a criatura nos olhos antes de mata-la.

Essa era uma das leis da sua Coroa. Leis essas que a nova coroa paliou ao silêncio dos antigos livros e das antigas línguas.

Rezo ao antigos e aos novos Deuses que minhas mãos não sangrem em vão. E que antes do fim dos meus dias possa ver o filho do meu único Lorde, Rei das Terras do Sul, Senhor da Guerra e da Paz, Inimigo da peste e Combatente de todo mal nortenho, Kraykle FILIUS Oughta'r sentar em seu trono por direito. E de lá, reinar.

quinta-feira, 25 de julho de 2013

Sprawl II (Mountains Beyond Mountains)


They heard me singing and they told me to stop
Quit these pretentious things and just punch the clock
These days my life I feel it has no purpose
When late at night the feelings swim to the surface

'Cause on the surface the city lights shine
They're calling at me, come and find your kind
Sometimes I wonder if the world's so small
That we can never get away from the sprawl
Living in the sprawl
Dead shopping malls rise
Like mountains beyond mountains
And there's no end in sight
I need the darkness, someone please cut the lights

We ride our bikes to the nearest park
Sat under the swings and kissed in the dark
We shield our eyes from the falling stars
We run away, but we don't know why

Like a mirror the city lights shine
They're screaming at us, we don't need your kind
Sometimes I wonder if the world's so small
That we can never get away from the sprawl
Living in the sprawl
Dead shopping malls rise
Like mountains beyond mountains
And there's no end in sight
I need the darkness, someone please cut the lights

They heard me singing and they told me stop
Quit these pretentious things and just punch the clock
Sometimes I wonder if the world's so small
Can we ever get away from the sprawl?
Living in the sprawl
Dead shopping malls rise
Like mountains beyond mountains
And there's no end in sight
I need the darkness, someone please cut the lights
I need the darkness, someone please cut the lights

terça-feira, 23 de julho de 2013

Abri a janela de casa e o inverno me disse: - eu te pergunto o que será do nosso amor?

Uma sentelha de mim espera que eu seja melhor do que fui. Todas as vezes. E eu achando aqui que não me conheço. A parte boa de não se conhecer é passar bastante tempo só contigo mesmo. Olhando pra dentro e procurando uma vela acesa nessa caverna. A caverna.

Um dia o sol vai ir embora. E viveremos no eterno inverno da humanidade. Até lá, trilhos e folhas secas são melhores do que agulhas e lágrimas. Lembrar-se de que a vida é pra ser dividida. E eu entendo que isso é a coisa certa a se fazer.

Pode parecer lorota mas escrever acalma minha mente. Existe algo entre as palavras e a minha cachola que a tranquiliza meu espírito. Por esse motivo inclusive, não me perturbo tanto quando leio os autores do oitavo dan da história da literatura desse sistema solar. As vezes as palavras são só palavras que precisavam ser ditas. E não, não são mentiras. São verdades sim. Verdades escritas e registradas para a eternidade como algo que precisou existir. E existiu naquele sopro de instante. Como o sopro de um vento de inverno com uma borboleta flutuando em suas asas no céu no exato instante em que o sol nasce por entre as árvores.

Você pode voltar lá outro dia e ver outro sol nascer. E vai ser bonito. Mas aquele instante, aquele UM instante. É praticamente impossível repeti-lo.

Exatamente como as palavras :)


quinta-feira, 18 de julho de 2013

Ocasionando-me solidão.

Longos anos passaram por nós
Dia após dia, e novamente após.
Perdendo mais do que foi desejado
Achando o que foi procurado.
E partindo o céu em dois.


Hoje vivemos menos com mais.

Dos dias que voaram sobre os meus,

guardo os sóis.
Os que giram. Os que viram. Que virão.

E irão.

Sol assim, sem não.

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Ouça Marble Sounds

http://www.youtube.com/watch?v=jEUrVuP4D_g

Eu sou daquele tipo de pessoa que quando ouve uma boa banda nova, acredita mais na humanidade. Nem sempre, mas muitas vezes. Talvez nem muitas vezes. Mas as vezes. Acho que as vezes é melhor. É.

As vezes. As fezes.


Caminhando pela rua, o sol me encontrou. E me proibiu de escrever em metáforas. 

Eu odeio o sol. Não de verdade. Só agora. Só aqui.

Já vi tudo, esse é mais um daqueles textos sem começo e sem fim. Um daqueles que não termina quase nunca. Ou mesmo, nunca. E que fica girando no "parárápá! paráráá..." cíclico do coral em BG. Enquanto a camera corre no travelling contra os atores vestidos como ciganos em cima do palco que sorriem em camera lente olhando para a lente. Algumas vezes, o diretor me pede para que o movimento seja contrário só para não estabelecer uma linguagem engessada sobre algo que pode ser compreendido errado. Ou não compreendido. E em algum momento, no ápice da trilha sonora "pianesca" explodem os confetes no palco. E entram correndo 30 e poucas pessoas, tudo em algum slow tipo 1.000 FPS, closes dos pés batendo nas tábuas do chão e levantando coroas de pó. Como toda coroa que alguém já usou na cabeça, de pó. De pé. Em pó, o pé virou. Para. Volta pra locação.
O roteiro não tem final, como o texto. Tem, porque acaba. Mas o final não é o final, sempre. As vezes. As fezes, são.

Me perdi.

Não dá pra voltar.

Pelo menos hoje temos Marble Sounds pra ouvir. Amanhã eu acho outra coisa. Pra ouvir. Pra escrever. E pra te dizer.

Talvez um rolo de filme 8mm e uma camera de mão de alguém que não se importa com o que é filmado seja mais valioso, after all.

We don't know tomorrow, but i will do whats seems right. After all.







segunda-feira, 15 de julho de 2013

A vida e os ossos se calcificam.

Irritação

Pensei que devia escrever. Voltei a formula dos mestres do oitavo dan e escrevi uma palavra sobre minhas próprias palavras.

Ignorando o aviso de cuidado eu continuei. E perdi completamente o senso do ridiculo publicamente. Li a seguinte frase: "pessoas com boa vontade, encontram coisas boas até mesmo nos piores momentos de suas vidas". Pouca gente sabe quando passou por um dos piores momentos da vida. Porque a vida não tem placas de informação (mesmo?). Alguns acham que os piores momentos são ficar desempregado, perder os pais, errar algo que não poderia ser errado. Pra outros, o pior é mais palpável. É físico. Além do imaginário. Porque o imaginário é ilusório. E nunca vai ser real. E assim nunca vai poder tocar o físico.
E eu aqui imaginando o que o mundo vai achar de mim! É, talvez eu tenha sido uma perda de carbono e eletrecidade. Um verdadeiro desperdício de vida, oxigênio, água e morte. Me pareceu pouco verdadeiro imaginar que o mundo todo seja um lugar só. Outro dia encontrei um dado que era algo mais ou menos assim: se a existência do planeta terra fosse um ano. Um único ano! A humanidade estaria aqui a menos de 4 horas. E ainda assim, já consumimios mais de 70% dos recursos naturais do planeta.


Enquanto escrevo, ouço Florence and the Machine, no playlist do youtube.

E imagino se há alguma racionalidade na ordem como essas músicas são distribuidas. Se existe algum tipo de relação com o que eu já ouvi antes, ou é pura sorte/azar.

Acho que somos bons em rever as coisas. Destruimos o planeta achando que tudo ficará bem. Vivemos desgraças acreditando que seremos felizes.

E o youtube decide que eu devo ouvir "Never let me go".

So never let me go.

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Olho e não vejo nada. Eu só penso: se você me quer?

Por favor, não leve a mal.

Eu existo em mais de um de mim. E ando desligado. Puxei o tampão da vida e escorri pelo ralo que tinha meu cheiro. Mas não leve a mal. Eu não vou tampar esse ralo. Sei bem que o cheiro é meu. Só eu o uso. Ninguém mais. E depois do beijo que eu já sonhei, por favor, não leve a mal.


Desitir de tentar não é o mesmo que se render. Eu tenho uma catapulta apontada pro teu país. Acredite em mim, eu puxo a corda se for preciso. E foda-se o telhado de vidro e o dialogo entre esse e aquele personagem. Eu escolho o super-homem e volto no tempo o quanto eu quiser. E foda-se. Sim, e foda-se.




Tropecei num disco dos mutantes. E prendi meus dedos em uma porta de vidro que se quebrou. Mas se a rua que tu me destes fosse de vidro eu mandava ladrilhar só pra ver a banda mais bonita da cidade desaparecer depois de uma matéria do Fantástico. Junto com todo o resto do mundo.

Solos de guitarras lisérgicos são hipnotizantes. Mas não são reais. Eu prefiro festas de são joão com gente alada. Porque nunca ninguém vai me dizer que o céu é o limite de alguma coisa. Isso é papo de quem tem papo e não tem mais nada pra fazer.


E eu tenho o que fazer. Por sinal, tenho é muitcho.

quinta-feira, 11 de julho de 2013

O violão é folk, o back vocal é "uuuuuuuuuuuuuh..." e tem um pandeiro batendo um 2 por 1 bem certinho. Enquanto as nossas vidas se transformam em uma sequencia de polaroids.

Achei um post it na minha tela dizendo: "nem tudo que vai, deve ser". Acordei em um banheiro sujo. Com lajotas quebradas e sangue pelo chão. Acho que fiquei uns 10 segundos olhando pro nada antes de ver. A porta estava entre aberta. Me levantei num suspiro e meti a mão na maçaneta. Foi um daqueles momentos em que a luz do lado de fora foi tão forte que deixou tudo branco. Que estourou tudo que eu poderia ter visto, por alguns micro instantes. E foi com a mão na frente dos olhos que eu cruzei a soleira de madeira na parede do banheiro. E senti meus pés descalços tocando grama. Pra poder ver:
um gramado eterno. um bosque ancestral. um céu no final de tarde amarelo-roxo-azul-noite. e cachorros que voavam em circulos ao nosso redor. Sim, você estava lá.

- Eu me recusei a fazer o que a televisão mandou - disse a voz atrás de mim.
Me virei e nada havia. Nem porta do banheiro. Nem pessoa. E foi aí que ouvi de novo:

- O perfume da vida é o nosso sorriso. Tem dias que usamos muito e dias que não usamos.
Me virei de novo e nada. Um dos cães voadores pousou na minha frente e ficou balançando a língua e o rabo.
- O que caralhos está acontecendo?
Nada.
- Você está na terra dos pensamentos disperços. Onde tudo que é, podia ser diferente. E tudo que não é, podia ter acontecido. - me respondeu o cachorro com uma voz estranhamente pontuada.
- Isso é muito estranho. Eu preciso dizer. - eu disse.
- Não, não precisava dizer. Mas você disse mesmo assim. - respondeu o cachorro.

- Como é teu nome?
- Eu, como todas as outras coisas do mundo, não tenho um nome.
- Eu tenho!
O cachorro sorrio e correu alguns metros para a frente, decolando voo. Foi muito difícil imaginar o que estava acontecendo. Mas decidi que havia morrido e ido para algum tipo de HD externo de almas do firmamento. Me sentei e percebi que o céu era um quadro pintado a óleo.
Me peguei imaginando como eu achava que sabia disso. E falei sem perceber:
-  Táqueo pariu!
Adormeci ali, eu não sei bem como. Mas adormeci. E quando acordei estava no mesmo lugar. Pensei que poderia acordar no banheiro de novo e que isso seria alguma espécie de roteiro cíclico. Mas não foi.

Foi um roteiro de final abrupto. E só.

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Take on me. Take me on.

A felicidade não é a presença de nada. Felicidade é ausência. As pessoas confundem o que é com o que não é. Na verdade, eu acredito que as pessoas entendem e confudem o que querem. É mais simples desse jeito. Ou daquele jeito. Tanto faz no final.

Li que a poesia não é fruto de quem a escreve. A poesia se derrama como água e preenche os espaços com um líquido tão cristalino que se pode pensar que nada existe lá. Nada além de oxigênio e poesia.

O vento sopra nessa direção. Qual vento? Todo ele. Todos eles. E nenhum que importe mais que o outro.


Me peguei pensando em um mundo sem documentos, assinaturas e óculos escuros. Um mundo onde ninguém precisa. Onde ninguém necessita. Onde ninguém se esconde de sim mesmo, dentro do próprio corpo.


Esse mundo, eu não sei se existe ou não. Mas como se diz, a sabedoria não é a paz. Não. A sabedoria está mais para algo efervecente que borbulha nosso copo e nos empurra além do limite da sua própria boca. Nos fazendo perceber que o existe um copo maior a ser preenchido com outra dose. E que provavelmente, copos maiores sempre existirão.

Não se engane. Isso não o fará mais feliz. Não. Isso só o tornará mais sábio. E como eu disse: a sabedoria não tem nada haver com a felicidade.