sexta-feira, 21 de outubro de 2016

O som da vida é um só.
Vento, água corrente,
e desatar do nó.
Noite e dia, tudo é um.
Vivo ou não,
ser é condição.
Final da tarde,
chuva lava a solidão.
Pingo sozinho,
deixa nuvem mãe.
Ser rio, tornar-se mar.
Evaporar é sangrar.
Lágrima que cai.
Escorre ao chão.

Perdermos tudo
o amor,
a dor.
Mas não a direção.
O som da vida é um só.
Nascemos chuva.
Corremos rio.
Evaporamos mar.