terça-feira, 27 de setembro de 2011

Pó e cia.

Me guardo.
Sem a intenção de me preservar.
Me guardo por medo.
O mundo gira muito rápido.
Céus me atravessam feito lanças.
Mal percebo tudo que vislumbro.
Daqui, de dentro dessa gruta
eu olho para cima em receio.
E quando chega a noite.
Entre as estrelas, me deixo.
Me guardo, prefiro assim.
Não por mérito da alegoria.
Mas por entender:
Que em muitos dias,
toda companhia que tenho.
É o pó e nenhuma companhia.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Entra na confusão que eu sou ?

Não sei se consigo. Mas desconfio que a minha confusão hoje me dominou. Eu não sou eu mesmo enquanto escrevo isso. Minha confusão é o que sou. De todas as torres que ergui aqui sentado. De todas as muralhas nas quais me protejo. De tudo que é vivo e bonito que habita meu mundo. A única coisa que sobrou, nesse momento, é a confusão. De palavras estou cheio. Até demais, posso dizer. Tenho teus lábios entre meus dedos. E na madruga, nosso segredo. Eu me guardei demais. Talvez seja isso. Talvez eu tenha me escondido dentro de mim. E agora não me encontro mais. Será possível nos perdermos em nós mesmos ? Ou em outro alguém ? Perder o dia e a noite. As fins de tarde de dias que ninguém tem certeza se terminaram ou não. Me ajuda ? Você me ajuda ? Pode ser de qualquer jeito. Desenha um carneiro aí... Só fica aqui e segura minha mão. Me faz um cafuné dizendo que o mundo não é o leão que eu penso que é. E que essa dor no meu peito vai passar. Que esse aperto que me esmaga contra a parede, vai passar. Que esse peso que carrego em cima do ombros... Vai passar. Queria poder. Queria ser. Queria ter. Queria te lembrar do que foi e ainda será. Porque será, eu sei que sim. Um dia eu escrevi que de tudo que precisamos gostar no Universo, o mais importante é nós mesmos. E dizendo isso eu me empurrei pra longe de mim. E de todo mundo que gostava de mim. Eu fui um idiota. Eu fui mais do que um idiota, fui um assassino. E é possível que nesse crime, tenha matado o que existia de livre em mim. O que existia de bonito. Você me pega pela mão e me cheira o pescoço. Eu me entrego feito uma criança que brinca num jardim bonito. Cheio de verde e de céus azuis. E de sóis amarelos. E eu tenho certeza: ir embora nunca foi tão difícil. Como foi sair do mundo paralelo em que a Coraline sonhava. Mas sem a bruxa maléfica e as ratazanas. Sem as coisas más e horríveis. Eu me entrego a essa dança e falo com gatos enquanto me esparramo na cama. Porque aqui, é onde eu mais me lembro de mim. Onde me reconheço de verdade. E penso que em enfim, ter me reencontrado. Escondido dos risos do mundo. E dos dedos apontados. Dos olhares temerosos dessa gente cinza que dança em círculos e usa chapéus de cowboys. Eu odeio isso. Odeio esse plástico. Odeio essas palavras. Odeio esse dia. Odeio essa vida. Odeio meus dedos por guiarem meus textos ao sul do castelo do desespero. E por me abandonarem aqui. Por irem embora.

Eu odeio ir embora.

Eu chorei no elevador. Chorei indo pra casa. Chorei até adormecer. Chorei por tudo e por nada. Mudo. Gritando por dentro. Ainda sujo. Mas me negando a acreditar que nem todo ser humano é livre. Porque a minha liberdade não pode depender só do que eu ganho por ano. Só do que eu guardo no banco. Só do que eu possuo.

Eu prefiro que a minha liberdade seja mais simples.
Tenha mais de ti. Talvez, menos de mim.
Que seja mais o teu sorriso.
Menos dos meus inimigos.
E que eu me divirta com isso.

Pois se não for. Qual é o sentido em estar vivo ?

E você me desenha um carneiro ? Por favor ?

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Nada é importante.

Eu não tenho nada pra dizer, mas ainda assim tenho vontade de escrever.

É, eu preciso perder essa irritante mania de sempre usar as palavras de um perdedor.

"Seja como o sândalo, que perfuma o machado que o fere."

Eu nunca esqueci.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Eu acredito que você me mostra o melhor que tenho pra mostrar pro mundo.

Os pequenos poderes me atormentam. Tem coisa que você vê acontecer e ignora por completo. Fatos que apesar de errados (na tua perspectiva), passam como que uma passeata de moscas reivindicando melhores condições no lixo da cidade. Sem importância alguma... Mas tem aquilo que tu vê e te fode o resto do dia. Ou da semana. Ou do mês. Ou da vida. Pra algum paladino pode ser uma injustiça das tantas que nosso mundo guarda nas gavetas da história todo dia. Pra uma namorada pode ser algum absurdo qualquer que namorados(as) as vezes fazem. Pra qualquer um, pode ser qualquer coisa.
Pra mim, é a mentira. Não, eu não sou um paladino que nunca mentiu. Ninguém nunca mentiu. Existem os que mentem mais e os que mentem menos. Mentir as vezes é algo mais perto do imaginar do que do ferir. Pense nisso, vai aliviar a pressão. Nem toda mentira é feita pro mal. Demorei, mas acho que percebi isso. De volta ao texto.
Um tiozinho de estacionamento que tem um radinho pendurado no cinto que ele saca como se fosse um 38 carregado pronto pra matar ao melhor estilo Charles Bronson. E faz questão de te impedir de fazer teu trabalho dizendo que "a central precisa autorizar". Eu sei, é bem específico e ficou claro que aconteceu comigo. Mas a diferença entre o radinho Charles Bronson e um profissional trabalhando é a forma como a pessoa te trata. A forma como ela fala contigo. O tio Charles Bronson me tratou feito um irmão Metralha. Injusto. Mas não me deu vontade de sair do carro e descer a mão na cara dele. Não. Só foi escroto. Passou.
Um grupo de moleques com não mais que 16 anos atravessam uma faixa de segurança. Alguns atravessam em segundos, que é o tempo hábil pra se fazer isso. Normal. Mas dois deles, resolvem que precisam de 60 segundos pra caminhar aqueles 6 metros. Conta comigo: 60 segundos pra dar 8 passos... 10 no máximo. É irritante. É mais que irritante, é "transtornante", é "emputecedor" ! É "se fosse meu filho tomava uma afofada pra aprender a se comportar como um homem" ! É "alguém devia ensinar a esse moleque como se portar na rua, porque o filho da puta segurou uma fila com mais de 12 veículos SENDO UM DELES UM TRANSPORTE PÚBLICO PINHADO DE GENTE QUE TRABALHOU O DIA INTEIRO E ESTÁ VOLTANDO PRA CASA" ! É isso.
É o pequeno poder dele exercido. Tirando um psicopata descontrolado, ninguém vai atropela-lo alegando que o carro estava sendo danificado por ciclistas em uma passeata (se é que vc me entende). Tirando essas pessoas, tudo que eu posso fazer é permitir que o pequeno poder seja exercido. Que a pessoa se sinta bem fazendo aquilo. Que se sinta maior.
O que é uma merda.

Alguns de nós usam a frase: "é por isso que não posso andar armado". O que considero uma leviandade gigantesca. Mas tudo bem, isso é uma daquelas coisas que não cagam meu dia.
Eu espero o moleque passar e aprendo a lição que ele me ensina. E vou passa-la pro meu filho, pra que ele sim seja diferente. No dia em que eu tiver um. Se ou quando esse dia chegar !

Bom, sem desenrolar muito. Mas penso assim, porque fui criado pelo meu pai e minha mãe. Sei bem disso vendo tanta coisa diferente do que aprendi que era certo. Mais ou menos como foi escrito naquela pedra no Kólonos: "Vai viajante, e diz a Esparta que aqui jazemos, fiéis às suas leis".

Até mais ler, viajante : )

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Textos de rascunhos (hoje é 13 de setembro de 2011)

Publiquei 60 e poucos textos que estavam guardados na aba rascunhos.
Tem coisa do começo do blog alí. Muitos erros de português. Muita coisa que acabou resultando em outros textos publicados.

Todos os texto que estiverem tagados com "Rascunho publicado" são textos inacabados... Alguns com mais de 2 anos de idade. Veja só : )

Então é isso.

Até.

Closer - Kings of Leon (And it's coming closer...)

A vida toda pela frente, o tiro vem pelas costas...

Eu não acredito mais no Oscar. Oficialmente.
Melhor dizendo, a partir de hoje: eu duvido do Oscar. Tanto que a partir de agora vou começar a escrever oscar com "o" minúsculo, pelo resto da vida. Isso vai ser minha pequena passeata pessoal. Minha greve. Minha forma de dizer que estou farto !
Vou assistir a todos os filmes que não foram indicados para nenhuma categoria. Vou me proibir de ver os premiados (a não ser que eu os veja, acidentalmente, antes da premiação...).
Eu vou começar a enviar emails, e em um segundo momento cartas manuscritas com meu próprio sangue, a academia (que também vai ser escrita, a partir de agora, com "a" minúsculo). Alardeando minha revolta Latino Americana. Minha agônia e descontentamento. E o mais importante, ao menos para mim: minha profunda e sincera infelicidade com a atual situação.
Vou explicar:
O oscar se tornou uma ferramenta publicitária. Uma forma de publicitar o "produto" filme. De vender. De nos convencer a assistir. De instigar o pagamento da locação ou compra do dvd. Do bilhete da sala de cinema. Do bonequinho do batman. Do jogo do videogame. Da lancheira. O acesso ao website. Ou qualquer outra ação que possamos realizar que vá culminar em uma moeda a mais na conta bancária de alguém.
Tudo que o oscar faz, atualmente, é direcionar as indicações em um primeiro momento para que tenhamos vontade assistir aos filmes. Confiando que o discernimento corrompido dos membros da academia, consegue nos dizer o que é bom e o que não é...
Depois, quando chega a hora da premiação, tudo que importa é eleger um "carro chefe" que possa carregar o estandarte de "mais premiado da noite". Esse filme terá a arte da capa do dvd, cheia de: "oscar de melhor filme, melhor diretor, roteiro adaptado, fotografia, montagem, mixagem de som e trilha sonora".
Perceba. Um filme vencedor de tantas categorias, não tem como ser ruim. Certo ?
Quando foi a última vez que você viu uma premiação do oscar que NÃO tinham um filme "carro chefe". Uma premiação que não elegeu uma super produção como o melhor filme da última semana ? Uma premiação onde quatro obras dividiram oito estatuetas e não três recebaram uma cada e a quarta recebeu CINCO ou SEIS...
É triste. Mas é verdade.
Dizer, hoje em dia, que um filme recebeu um oscar pode ser bom. Mas não obrigatoriamente é. Dizer que recebeu cinco oscars é muito próximo de acusa-lo de ser comercial. De ser pouco comprometido com a preservação da cultura. É chama-lo de produto. De "coisa". É transformar uma película, uma história, uma forma de visão, em um "treco". Um enlatado vendido em conveniências ao redor do globo. Cheio de conservantes que é pra poder ficar bastante tempo na prateleira. Com um rótulo bem colorido e um anúncio na televisão cheio de splashes girando e piscando. Com um locutor gritando no fundo:
- PROMOÇÃO, PROMOÇÃO, PROMOÇÃO !!!!

Rascunho publicado


A vida toda pela frente, o tiro vem pelas costas...

Eu não acredito mais no Oscar. Chega !
Melhor dizendo: eu duvido do Oscar. Pronto !
Pra demonstrar minha infelicidade com a premiação, eu vou



Rascunho publicado

Não tenho pressa. Nem nada a me esperar. Nenhuma novidade, as ruas da cidade, o mesmo velho mar...

Sem temas pra textos de blog ?
Use os capítulos de uma novela mexicana como inspiração...



Rascunho publicado

Convites de formatura, dias que começam no meio e o intragável silêncio do adeus.

Ouvindo Pato Fu - Perdendo dentes.
É tarde. Eu não sei o que escrever. Mas preferi vir pra cá do que pra minha cama.
Meu sono e eu temos uma relação de amor e ódio. Com o que será que tenho relações de amor de ódio ? Eu dificilmente vou acertar... mas posso tentar !
Assim, se fosse simples, não teria graça.



Rascunho publicado

O pequeno príncipe e seu grande amigo Alex Supertramp.

O essencial é invisível aos olhos. E o pequeno príncipe não para de me ensinar lições. Entender que tudo que é material, se torna limitado é bem dificil na realidade. Aquilo que não pode ser medido, tocado, pesado ou explorado se vale do ausência da materia para ser maior do que aquilo que precisa ser visto com os olhos para ser mensurado. A essência, por si só, é o significado maior.
Em "Into the wild", Sean Penn dirige Emile Hirsch
no papel real de um jovem que 1990 deixou tudo que tinha para trás (faculdade, família, "coisas e trecos compráveis", etc...), para se tornar uma espécie de mochileiro "hardcore" pelos Estados Unidos. O nome do jovem que fez isso na vida real era Christopher McCandless. Ele foi encontrado morto em 1992, isolado no Alasca. Sua autópsia revelou que a morte foi causada pela ingestão de uma planta venenosa. Que, se não tratada, causa a incapacidade de ingestão de novos alimentos. Ele morreu de fome.
Vou dizer de novo: ele morreu de fome.

Rascunho publicado

Não dá mais pra fingir que eu não vi.

Meu peito doeu.
Eu tenho sopro no coração. Tudo bem, é uma disfunção sem muita importância. Eu vou no mesmo cardiologista a 20 anos.
Ele me conhece. Marquei uma consulta e depois de todos exames de rotina, ele abaixou seus óculos e me perguntou:
"- Como anda a vida Leandro ?"
"- Bem, eu acho."
"- Tudo bem. Teu coração está bem, fica tranquilo."
"- Mas e a dor ?"
"- Então, é por isso que te perguntei como anda tua vida... Fisiologicamente, teu coração está bem. E como anda a tua vida ?"
Eu não respondi.
Ele ficou em silêncio e disse:
"- Tudo bem. Teu coração está bem. Fica tranquilo..."
Ele conhecia bem meu pai. Eram amigos.
Eu prefiro não responder. Meu silêncio é a resposta.
Ele sabe.
Eu também.

Eu já passei por alguns momentos ruins.
Mas prefiro continuar respirando. Prefiro esperar pra ver o que a maré me tras.

Rascunho publicado

Diz que sim. Eu digo que não.

Ouvindo Oren Lavie - Her Morning Elegance.

Rascunho publicado

Título ruim.

Sonhei com meu pé
Embaixo dele a pegada que deixei
Eu vi passar
Foi rápido e sumiu
Passou e logo partiu



Rascunho publicado
Solidão me rende
Me amarra e vai
Cala o chamado
Prende minha mente e sai
Invade o aqui
Me diz o que quer
Tapa na face
Corta o coração
Solidão



Rascunho publicado

25 coisas (des)importantes sobre mim.

Eu gosto muito de rúcula, palmito, tomate seco e queijo gorgonzola.
Eu acredito no cinema. E não só como uma for de ganhar minha vida. Eu acredito no cinema como forma de expressão. Como registro de uma visão. Como uma opinião eternizada. E eu jamais fui tanto ao cinema quanto no últimos oito ou nove meses. Nós vamos nos casar mês que vem...
Eu sou torcedor do São Paulo Futebol Clube desde que meu pai me pediu para não ser... (isso faz 20 anos). Mas não consigo acompanhar todos os jogos... Não sei de cor a escalação do time de 1974. Não consigo cantar o hino até o final. Já fui no Morumbi. Tenho camiseta. Mas não comemoro títulos buzinando na rua e sacundindo bandeiras. Prefiro assistir aos jogos que consigo na melhor arquibancada do Universo: em casa. E não, nós jamais vamos brigar por causa de futebol. Jamais.
Eu gosto de gente esperta. Gosto de quem não te olha com cara de quem não entendeu nada do que você acabou de falar. Prefiro os que sabem o que está acontecendo. Que conseguem dizer o que pensam sem agredir, sem ofender, e sem te julgar por alguma opinião ouvida.
Eu gosto muito de quem sabe perder. De quem admite que errou. Acho muito vazio esse negócio de achar que o próprio umbigo é o centro do Cosmo. Gosto de quem sorri pra derrota e diz:
"- Dá próxima vez que eu te encontrar vai ser diferente..." Admiro quem não desiste. Quem perde e ganha com a mesma intensidade. Não tolero a atitude: "Vejam todos como eu sou foda...". Isso é coisa de perdedor medroso que usa maquiagem pra parecer mais corajoso.
Não gosto de sentir que eu incomodo. Se isso acontece, eu prefiro ir embora. Não consigo me sentir sendo peso pra ninguém, além de mim mesmo. Me carregar é minha própria sina. E o esforço diário me mostrou que não posso deixar ninguém mais fazer isso por mim... Não tenho esse direito.
Eu não gosto de cintos. Uso com ternos, porque é uma obrigação. E se eu vou ter que parecer um pinguim, vamos fazer isso direito !?!
Eu gosto de música. Música boa. Tem muita coisa por aí que é legal. Tem coisa que você acha boa que eu vou achar horrivel e vice-versa. Mas eu não sou musicalmente chato. Do tipo que precisa trocar a música para se divertir. As minhas músicas (do meu carro, do meu iPod, do meu computador, etc...) são as que eu acho boas. Se o mundo quer ouvir Calypso e achar que isso é cultura brasileira, eu não me importo. Eu simplesmente, não me importo...
Eu gosto de vinho. Gosto de conhecer vinhos legais. Diferentes. Com boas relações de custo e benefício. Não entendo tanto quanto gostaria. Mas gosto de aprender.
Eu coleciono pedras. Elas são todas doações de pessoas gentis que atendem meus pedidos. Elas não tem nome, e eu também não as classifico, mas sei de onde todas vieram... A idéia é eternizar relações. Não colecionar pedaços de minério.

Rascunho publicado

A verdade custa 5,00 reais no camelô...

Rascunho publicado

Vendo um pé. Aceito mão de menor valor na negociação.

Tenho uma amiga que pendura etiquetas nas pessoas. Acho que ela me inspirou a escrever esse texto, mesmo sem saber...
Tenho um amigo que segue o Antigo Código dos Cavaleiros da Távola Redonda.
Tem os que sabem dançar e os que não se importam por não saber.
Tem um que não tolera erros, principalmente os próprios. E outro que faz todo mundo rir, simplesmente dando um gole no próprio copo.
Tenho uma amiga que gosta de cachorros. E outra que gosta de gatos e cavalos.
Um outro, que sabe tudo de seriados televisivos.
Tem uma que ronca quando ri, e é realmente muito engraçado.
Tenho um amigo que lê demais. Outro que não aguenta folhar um livro.
Tenho uma amiga que quando conheci, parecia que já nos conheciamos a muito tempo. Foi engraçado. Ela foi embora, e eu fiquei. O destino é um desgraçado.
Tenho um amigo não para de ver filmes estranhos. Ele tá terminando um documentário sobre o Peter Baiestorf (descobre quem é o Peter pra entender...).
Tem um outro que não consegue ser feliz, porque é inteligente demais. E sempre se confronta com pensamentos de análise que culminam na infelicidade...
Tem um amigo que fala rápido. Como eu.
Outro que dirigi muito rápido.
Tenho uma amiga que cantarola músicas engraçadas. E outra que nunca ri de nenhuma piada.
Tem uma que me disse pra fazer um blog, e provavelmente eu não teria feito se ela não tivesse falado...
Tem um amigo que não come carne. E outro que se considera um "carnívoro frenético".
Tem um que faz sushi e outro que faz seu próprio macarrão no melhor estilo "make yourself".
Tem um que toca guitarra, outro toca bateria e um outro que toca baixo e tem sombrancelhas diabólicas. A gente tocava junto...

Rascunho publicado





Ouvindo Los Hermanos, mas não vou dizer qual música.

"- Quem és tu ? - perguntou o pequeno príncipe. - Tu és bem bonita...
- Sou uma raposa - disse a raposa.
- Vem brincar comigo - propôs ele...- Estou tão triste...
- Eu não posso brincar contigo - disse a raposa - Não me cativaste ainda..."
(O Pequeno Príncipe - pag. 68 - parágrafo 2)

Rascunho publicado

Mas eu, quem será ?

O Reino de Mim:

Ninguém aqui se fala por falar. As pessoas são caladas mas gostam muito de ouvir estranhos. Principalmente quando eles são educados, gentis e que também gostem de ouvir. O Reino de Mim é um constante sábado de manhã. As vezes chove, as vezes não. Normalmente o clima é frio. As vezes muito gelado, as vezes menos.



Rascunho publicado

Se você for me soltar, me avisa pra eu fechar o olhos. Não vai doer se eu não me ver cair.

Um salto em sua direção e toda a esperança em suas mãos.

Uma placa de madeira na minha frente diz: "Bem vindo ao Reino de Mim". Com letras de cobre pregadas contra a tábua. Eu percebo que o espaço entre as letras é irregular e que algumas estão enferrujadas. Levanto minha cabeça e a estrada vai em direção as colinas. Dou um passo a frente e é como se tivesse andado dezenas de milhas...
Vim parar na frente de uma Castelo. Tem muros altos feitos de blocos de pedra cinza. E um portão gigantesco... No alto das muralhas eu vejo bandeiras colodiras balançando ao vento. Verdes, azuis e vermelhas. Um homem toca um trompete e outro um acordeon, sentados sobre uma pedra ao lado da estrada. Eles não são muito velhos e usam roupas engraçadas. Seus sapatos tem guizos e seus chapéus, penas de falcão. Atrás deles uma televisão exibe imagens de um show (http://www.beirutband.com - preciso que você escute essa músicas enquanto continua a ler).
Coço a cabeça tentando entender o que aconteceu.
O homem que toca acordeon começa a falar:
- Bem vindo ao Reino de Mim.



Rascunho publicado

Meet me in the bathroom - The Strokes

Dois cafés e a minha sala começa a sacudir em um terremoto que marca 9 pontos na escala Richter. Não tem muito que eu possa fazer, além de tirar meu chapéu de cowboy da cabeça e começar a sacudi-lo com o braço esquerdo, enquanto o direito segura o mouse que controla o boi mecânico. E é claro, dar uns gritinhos: "iiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiirrrrrááááá"...

Eu realmente não sei o motivo. Mas o sol nasceu com um sorriso hoje. Meu cachorro dormiu na minha cama e brincou com meu celular quando o despertador tocou "Janta" do Marcelo Camelo. A rua ainda estava vazia, mas o vento que vai me trazer o inverno já tinha chego. Eu gosto dele. E eu pude ver o silêncio da cidade por um minuto (que durou uns três no mundo real...) antes de vestir a roupa de vaqueiro.

Bom, eu pensei esses dias: devia escrever sobre coisas que qualquer pessoa pudesse gostar... Não devia ?
Já sei, acho que vou começar a escrever dicas sobre "make-up" no meu blog. Vou fazer ele em tons pasteis, com fotos de produtos e pinceis. Que tal ? Assim você pode entrar aqui e aprender (comigo !?!?!!!) a se maquiar melhor... Extremamente util, não ?
Ou, eu podia falar sobre a vida do Justin Timberlake !?! Falar sobre as pessoas com quem ele foi visto, sobre qual vodca ele bebeu, sobre quais restaurantes ele frequenta, sobre que carro ele dirige ou onde mora...
Ou ainda, eu podia escrever sobre a desimportância da alma. Sobre o quanto não vale a pena pensar naquilo que você não consegue tocar. Sobre como tentar descer além de 3 cm da superfície de qualquer assunto é chato e está fora do que o mundo chama de moda...

Eu prefiro não entrar nessa piscina de torpor.
Tudo bem se ela estiver cheia de gente linda, com abdomens trincados, com cabelos e sorrisos perfeitos.
Eu fico aqui fora, com meu casaco, tomando um café e lendo o livro do Kafka que minha irmã e seu namorado me deram. Sem problema algum... sabe porque ?
Porque eventualmente, alguém de casaco, que também gosta metaforicamente de café, me pede fogo pra acender um cigarro (também metafórico). E é sempre nesse momento que eu tenho certeza de que vale a pena. Valeu e vale !

Não me entenda mal. Não quero julgar ! Tenho sempre um discurso contra isso... Só vou preferir ficar fora dá água, mas se alguém que estiver dentro da piscina quiser um gole do meu café. Eu dou sem problemas : )

"Cada destino tem um Senhor..."

Só não me venha com blogs sobre "make-up" ou fotos do Giannechini.



Rascunho publicado



Caminho.

Passo a passo por onde vou.
Passam árvores, pedras e até o que sou.
Caminho estranho: estreito e cumprido.
Na curva me acende o cigarro um amigo.
Pontes levadiças e portas sem dobradiças.
Taça quebrada no chão e lá vem o trem na minha direção.

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Uma mensagem vinda do futuro.

(Inspirado em fatos imaginários)

" Chovia, porque sempre chove. Na verdade eu não me lembro da última vez que não choveu... Apesar de não gostar dos dias chuvosos, sempre fui muito atraído pelas noites com chuva. E como na maior parte do dia eu estou trancado em meu quarto escuro dormindo, isso é bom !
Eu havia acordado de forma abrupta naquela noite. Acendi rapidamente um cigarro e passei minha mão esquerda pelo rosto. Me lembrando que precisava raspar a barba... em breve.
Saí caminhando pela rua em direção ao Dragão Negro. Um pub que ficava embaixo de uma loja de quinquilharias próximo ao centro da cidade. Um lugar para desajustados, cornos, filósofos ruins ou bons demais para o sistema, putas e bebados. Ou seja, meu tipo favorito de gente.
Estava sentado no balcão, fumando o segundo cigarro da noite quando um homem se aproximou de mim.
Ele parou do meu lado e tossiu. Tentando chamar a atenção.
Não movi um músculo e repousei meu cigarro sobre o cinzeiro ainda o segurando com a mão.
O homem sentou-se a uma cadeira de distância e pediu uma dose dupla de whisky.
- Puro por favor, Nilton ! - falou ele com segurança.
Nilton era o barman. Nos conheciamos a um bom tempo e pude perceber que ele estranhou o fato daquele homem saber seu nome. Apesar de trabalhar em um bar, madrugada após madrugada. Nilton era um homem reservado e com certeza jamais tinha visto aquela pessoa antes...
O whisky chegou. E depois de um gole ele me olhou por alguns instantes e disse:
- Eu tenho uma carta pra você.
- Não estou interessado amigo... - respondi rapidamente.
- Eu sei. Mas você vai ficar...
- Eu disse que não estou interessado, AMIGO ! - respondi grosseiramente.
- Foi você mesmo que a escreveu.
Parei.
- Você a escreverá daqui a 30 anos. E me pediu para entregar-lhe... Eu voltei só pra isso.
Olhei espantado. Era louco sem dúvidas. Doente mental, drogado ou um desses esquizofrênicos fugitivos que fez por outra são recolhidos dessa espelunca por dois pares de policiais.
- Sei. Que interessante ! Nilton... me dá uma dose do que você serviu para ele, por favor ? - o barman sorriu simpáticamente.
- Ironia ! A história da sua vida... Eu tenho como provar...
Me virei e o encarei rapidamente. Esse é o momento onde o esquizofrênico se entrega. Quando ele descobre alguma falha em seu próprio plano. por isso vale a pena ouvir. Pra poder manda-lo embora...
-Tem né ?! Como ??? - permaneci o encarando...
- Duas coisas: a primeira é que você espera que eu pise na bola. Exatamente agora você ouve minhas palavras buscando uma inverdade ou uma falha. Uma brecha para poder me etiquetar como desimportante ou mentiroso na tua cabeça e assim poder terminar tua cerveja e teus cigarros antes de voltar pra casa e dormir. E me esquecer.... Mas não vai acontecer. Sinto muito.
Ele estava certo, acho que arregalei os olhos.
- E segundo, você guarda seu dinheiro em caixas de charutos dentro de uma parede do banheiro. Junto com uma carta de suicídio e uma carta de despidada. Na qual você pede que escrevam em sua lápide: "Desculpem-me por não levantar...".
Ele está certo. Ninguém sabe disso. Esse foi um dos poucos segredos da minha vida que jamais dividi com ninguém. O conteúdo da minha carta de suicídio, da minha carta de despedida e onde escondo meu dinheiro.
Mas ainda assim esse homem não pode vir do futuro... Isso é impossivel !
- Você me pediu pra depois de te falar isso, dizer: "- Sim, este homem veio do futuro. Ouça-o !"
Calei-me.
O homem sorriu dizendo:
- Fico feliz que tenha funcionado ! Vou lhe contar o que sei: O futuro é um lugar horrivel. A guerra pela água potável disimou a população mundial e os paises de terceiro mundo foram praticamente, todos invadidos. Uma guerra de proporções catastróficas se abateu sobre a Europa. Destruindo alguns dos principais centros comerciais e economicos do Planeta. A Africa sucumbiu em pestes incuráveis e a única potência que ainda se mantém é a República Unificada da China. A chamamos de RU ! O chineses estão em todos os lugares, já são mais de 80% da população mundial. Se multiplicam como coelhos... Nossa tecnologia supriu a falta de petróleo. Mas o plástico e a borracha são produtos caros. Assim sendo, a sociedade regrediu décadas e precisou se adaptar com novos estilos de vida. Carros antigos, outros tipos de calçados e vestimentas, embalagens para alimentos, produtos médicos e nenhum papel... por exemplo.
Os mesmos cientistas que começarão a prever este cenário, nessa realidade, em um ou dois anos. Agora falam da total extinção humana em menos de duas décadas.
- Que merda ! - respondi.
- Sim, você não imagina o quanto... - ele falou sério. - Mas não termina aí ! Infelizmente...
Acendi outro cigarro e fiz sinal para que continuasse.
-



Rascunho publicado

Vou te dobrar um origami

Rascunho publicado

Tem alguma coisa na ponta da minha língua.

"I was walking along in the sun
Taking pictures of everyone
And there's something on the tip of my tongue
Oh

Well it's easy to see from afar
And it's easy to be on your guard
But it's harder just to be who you are
Oh

When all these
People who will lead you down the back of the track
They're on your back
They will try and tear you apart
But believe and you will see that there's no reason to doubt
Then you will find
You can do much better than that
If you think of all the things that you feel
All the voices in your head that you hear
It's a mystery that we are all still holding on

When all these
People who will lead you down the back of the track
They're on your back
They will try and tear you apart
But believe and you will see that there's no reason to doubt
And you will find
You can do much better than that

If you see me hit the ground
Don't come near don't make a sound

I was walking along in the sun
Taking pictures of everyone
And there's something on the tip of my tongue"

Travis - Walking in the sun.



Rascunho publicado

Ensaio sobre a armadura.

Ela fica guardada. Não cabe em nenhum de nós e mesmo que servisse, provavelmente continuaria sem ser usada.
É de ferro negro, com um par de ombreiras ornamentadas. Traz inscrições em elfo sobre o peitoral, dizendo: "Seja como o sandalo que perfuma o machado que o fere.". A malha de ferro que vai entre o corpo de quem a usa e as placas de metal foi dada de presente por um mestre ferreiro anão, antigo amigo da familia. Alguns dos seus elos de metal estão tortos e outros foram remendados. Mas foi usada mesmo assim, até o final. Os braços trazem marcas de cortes e amassões que foram concertados durante o passar das décadas. O cinto é feito de couro de uma Bulette das campinas do Norte, além do Grande Mar. A fivela foi forjada pelos humanos do Sul. Nas hoje extintas Chamas de Mirroranthar. Na altura do joelho ela ainda carrega as duas lâminas de proteção. Elas não perderam seu fio, na verdade, elas jamais precisaram ser reafiadas. As lâminas de proteção são um antigo costume que o usuário original sempre fez questão de manter. Elas são retrateis e foram desenvolvidas por uma família de gnomos no Vale de Baixo



Rascunho publicado

O livro está em cima da mesa.

Me cruza na rua um pensamento engraçado.
E se fosse a rua pro outro lado ?
Viriam os carros no sentido contrário.
As placas de transito, seriam viradas.
Proibido estacionar.
Dê a preferência.
Imaginando o trânsito.
Como morte e a intermitência.



Rascunho publicado

(Msg sem título)

Rascunho publicado 

Estalando dedos.

Não se perca. Não gosto de procurar. Vamos esperar a chuva passar. Ass


Rascunho publicado

É de se arrepender.

Se vale o gosto de vaso quebrado, eu abro a janela e jogo os cacos fora.


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I was born in the 80's (90's).

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Sendo sério. Serio eu sei.

A risada da minha mãe.

Ela é muito querida.



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In circles - sunny day real fuckin state

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In circles - sunny day real fuckin state

Existe pouco de humano nisso:
Gente morrendo por não ter o que comer.
Gente morrendo por não conseguir parar de comer.
Gente vendo gente morrer por comer demais ou de menos...

O desconcerto que é a política no Brasil.
E o fato de todo mundo ver/achar isso e ninguém fazer nada.
O Collor voltou a Brasília e o Sarney se recusa a sair de lá. Olha que a Dilma vem aí e tem gente que sente falta de algum antigo presidente desse país. Não consigo saber de qual...

O BOPE matou 3 em um favela carioca. Sexta feira a noite.
O batalhão afirmou através de sua assessoria que um dos três era um importante chefe do tráfico de intorpecentes na região.
Os vizinhos negam essa versão. Domingo eles iriam almoçar juntos.
Os corpos serão enterrados terça feira. E esquecidos na quinta.

Joana, 8, afirma que foi tocada pelo Sacerdote da Igreja Pentecostal do Sagrado Espírito Endinheirado e Santo.
Paulo, 34, desistiu de parar de fumar e começou a beber para esquecer que tentou parar.
Jr., 21, descobriu que a namorada está grávida e enfiou uma bala na própria cabeça. Não por causa do futuro filho. Mas por sentir saudades de Pedro, seu ex namorado.
Antônia, trabalha 12h por dia em dois empregos para pagar a curso de Direito da filha que não conseguiu entrar em uma Universidade Pública. Todas as vagas foram preenchidas por alunos que puderam pagar pelo cursinho de pré vestibular.



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As cores bunitas (sim, com "u").

Ode a tudo que não me lembro sem me esquecer.

Sinto muito estou de partida.
Cortes, roxos e pelos.
Café com leite.
Os olhos do meu pai.
Músicas que começam com baterias cheias de energia.
Menos solos de guitarra, bem menos. Na verdade, nenhum !
Folhas de papel, folhas verdes para comer, folhas nos quintais e já é hora de escrever outra folha desse livro.
Final ? Deixa meu editor me ligar.
Edição ? Edição ! Vídeo, foto, texto, falas, pensamentos e atitudes.
Ao contrário de toda gostosa idiota que pousa nua eu preciso sim ser editado.
Frases soltas ? Muita subjetividade é o que tens pra me dizer ?
Tenho uma novidade pra ti: não tenho nada pra te dizer e não responder também é resposta.
Bide ou balde ? Hoje sim.




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A história do telefonema sombrio.

Era madrugada, tipo 3

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Tanto tempo assim, esperei você tão bonita... E através de mim vem provar teu gosto na vida.

Faz tempo que queria montar outro blog.
Algo mais suave, talvez ? Sem expor minhas idéias mais absurdas ou recados imaginários as intempéries da vida.
Acho que se chamaria estradadebarro ou jardimelétrico... Não sei. 

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O pote de ouro no final do arco-íris

Tudo aquilo que chove e não molha. Toda aquela merda que não muda merda nenhuma ! Nem se tu jogares no ventilador ou na cara dos outros... É uma merda invisível. Ela existe (eu já falei sobre coisas invisíveis antes), mas sua existência não muda nada.


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Sim !

Hoje é um daqueles dias que eu gostaria de ter


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E a gente vai saber, se alguém depois sorrir em paz...


Posso ouvir o vento passar,
assistir à onda bater,
mas o estrago que faz
a vida é curta pra ver...
Eu pensei..
Que quando eu morrer
vou acordar para o tempo
e para o tempo parar:
Um século, um mês,
três vidas e mais
um passo pra trás?
Por que será?
... Vou pensar.
- Como pode alguém sonhar
o que é impossível saber?
- Não te dizer o que eu penso
já é pensar em dizer
e isso, eu vi,
o vento leva!
- Não sei mais
sinto que é como sonhar
que o esforço pra lembrar
é a vontade de esquecer...
E isso por que?
Diz mais!
Uh... Se a gente já não sabe mais
rir um do outro meu bem então
o que resta é chorar e talvez,
se tem que durar,
vem renascido o amor
bento de lágrimas.
Um século, três,
se as vidas atrás
são parte de nós.
E como será?
O vento vai dizer
lento o que virá,
e se chover demais,
a gente vai saber,
claro de um trovão,
se alguém depois
sorrir em paz.
Só de encontrar... Ah!!!
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Meu Senhor...

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Flauta transversal e um si bemol !

"Quando eu vivo esse encontro, eeeu digo adeus.
Refaço os meus planos praaa rimar com os seus.
Abandono o que é pronto eeeeee digo adeus.
Eu trago meus sonhos pra somar aos seeeeeeeeeeus..."
(Móveis Coloniais de Acaju - Adeus)

Era uma tarde de domingo. Daqueles finais de semana em que não se tem nada pra fazer. Havia tempo que não chovia e os gramados começavam a perder a cor. Caminhando pela rua se ouvia


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Meus dedos.

Sempre que penso nos meus dedos me lembro que estou envelhecendo.
É triste e feliz ao mesmo tempo.


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Meus dedos.

Sempre que penso nos meus dedos 
me lembro que estou envelhecendo.
É triste e feliz ao mesmo tempo.
Passam as nuvens voando no céu pelo vento.
E eu me lembro que o presente 
era o futuro a um momento.
Me abandono dormente de sentimentos.
Faço força sonhando no relento.
E do cheiro das flores 
eu guardo o calento


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Sobre acreditar.

- Deus existe ? - perguntou sério o professor.
Silêncio total. Nem a respiração se ouvia, nenhum dos quarenta e seis alunos se quer piscava. Alguns tinham vergonha de achar que sim. Para outro faltava a coragem  de dizer que achavam que não.
- Minha avó sempre fala dele... E a minha avó sabe das coisas, ela deve estar certa ! - disse uma menina sentada na primeira fileira. Se ela estivesse sentada no popular "fundão", provavelmente não teria dito. Mas é compreensível, lá só se sentam os piores alunos da classe. Aqueles que fumam e matam aula.
O professor fulminou a pequena aluna exemplar da primeira carteira com seu olhar, indagando:
- Prova.
Silêncio total novamente. Ouviu-se um ranger do metal de uma cadeira, daqueles que faz quando ajeitamos a bunda no acento. Nada mais.
- Me prova - repetiu o professor.
Percebendo que ninguém poderia responder, ele se encheu de razão e destruiu suas palavras contra os ouvidos dos pequenos infantes:
- Desrespeito todas as religiões que temos hoje em dia. Para mim são todas PURA literatura, uma forma de controle da massa ignorante. O ser humano evoluiu muito nos últimos 2 milenios, não em sua forma física talvez mas sim na estrutura mental. Na forma como percebemos o mundo e as coisas... A religião é dispensável, não precisamos ter medo de um ser "todo poderoso"(usou os indicadores para construir um par de aspas imaginárias) nos ajudando, controlando e punindo quando falhamos... Vocês compreendem ?

Ele sentava lá trás, havia reprovado na oitava série. Era o mais alto da turma agora e normalmente era considerado um pária. Ninguém lhe ajudava nos trabalhos, os outros cochichavam nas suas costas... Ele sabia e se intrestecia com isso, de fato. Andava calado nos últimos dias, reservado aos próprios pensamentos que carregava...
Mas ergue a mão. Ninguém, jamais erguia a mão na aula do Professor Arnoldo. Não, ele era conhecido por não gostar de responder perguntas, resolver dúvidas e dar explicações sobre o que havia dito na sala... Ninguém, jamais pedia a palavra na sua sala !
O professor parou, olhou-o por cima dos óculos que jamais tirava. Torceu a cabeça levemente para a direita enquanto franzia a testa e mordia os lábios. Cerrou os dois olhos e se curvou dizendo:
"- Siiiiim ... ?????"
Ninguém entendeu, os que estavam sentados na frente jamais viram tal expressão. Os que sentavam próximos a ele no fundo comentaram baixinho:
"- Ele vai fazer uma pergunta ??? Não acredito !"
"- Meeeeeeeeeeeeeeeu....."
E foi através desses comentários que a sala toda se virou para trás. Todas as cabeças lado a lado o encarando... Ouvia-se as pás dos ventiladores girarem lentamente...
"- Eu acredito em Deus, por isso ele existe. Essa é a prova. O fato de eu acreditar... Minha avó falou que não importa em que Deus você acredita


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Seria esse o último texto do ano ?

Conseguirá o pequeno Leandro, lutar contra todas as probabilidades e continuar escrevendo suas asneiras nesse semi-blog ?

Não aguardem novos capítulos.

Um abraço apertado.
Malba Tahan.


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Ouça a verdade.

Se você se rende.
Gasta


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A última vez... - Keane.

Descobri tomando café da manhã com meu irmão: 


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Ensaio do braço machucado.

Não vamos mais fazer isso. Teus amigos são as lembranças mais valorosas do 


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Hoppipolla.

Pensava sobre o que é e o que não é. Acabei com mais dúvidas do que soluções, uma amiga me diz que a crise dos 16 voltou. Pode ser aquele suspiro antes de saltar de para-quedas. Aquele longo instante silêncioso de paz, antes de todo vento no rosto. Do chão aumentando de tamanho. Da velocidade... Eu sou um grande fã da velocidade.

Ser feliz é opção.
Ficar triste não é.
Sorrir é opção.
Chorar pode ser.
Gostar de alguém é opção.
Sentir a falta de alguém não. As vezes pode ser mais ou menos (aceite minha variável).
Crescer não é opção.
Ficar para trás é.
Fazer cagada é opção.
Limpar a merda feita também.


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Dizem por aí...


... que o Universo tem fim. E ainda ficam indignados quando eu pergunto o que tem lá ?!
Nada, é claro ! Respondem cheios de si... Entendi. Mas na minha cabeça perturbada, nada, não serve nem de final. Afinal de contas, é nada ! Não alguma coisa. Compreende ? Não ! Devo estar errado de novo...

Eu admito que passo maquiagem nas chatices da vida pra poder continuar respirando. As vezes isso é bom, as vezes é péssimo... Como bem sabe a Madona.


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Só um pouco mais de Sigur Rós.

O café amargo, é mais amargo do que realmente é.
Café preto, desses sem cigarros. Sem nada para adoça-lo.
Sem xícaras lado a lado. Esse café é solitário.



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Some Might Say - Oasis

P


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Dois passarinhos sobre um semáforo.

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Dois pássaros.

Minha cama se tornou um mar de pano.
Meus pensamentos um



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Uma carta sem remetente.

Assiste o clipe de Thiago Pethit e achei bem bacana.

Caminhos e caminhos e caminhos. Toda opção é deixar algo para trás.



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Minha viagem a Darjeeling.

Se você não me quiser, eu não vou me matar. De fato, eu não vou morrer disso... Meu sol vai continuar nascendo e morrendo todos os dias. A lua sempre voltará pra dizer que virá de novo na próxima noite.


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Que cheiro de queimado é esse ?

Aaah não é nada, é só o fogo ardendo em cima da minha cabeça...

Normal ;)



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Meu fio de cabelo branco.

Parei de arranca-lo. Eu admito, tenho um fio de cabelo branco no lado direito da cabeça. Ele é curto como todo o resto do meu cabelo, mas é branco. E pelo menos, pra todo mundo que eu já pedi pra dar uma olhada na minha cachola. Se aventurando pela mata da Selva Capilar que cultivo, em busca de outro exemplar. Ele (o do lado direito, do começo da frase confusa) é o único.
De qualquer forma, eu deixei de arranca-lo.



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Cachorros voadores e taças de vinho.

Não diga, eu sei
Não sei, mas não diga
Sem palavras hoje
Somos folhas em branco
Acordeões tocam longe
Violões quebrados no palco

Ouvimos canções
Mas somos proibidos de cantar
alto



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Palavra.

Se falar te causa nausea.
Cala.
Pra palavra parece



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The Hootie and the blowfish

Os anos 90 voltaram.
Estamos de novo na última moda ! Óculos rayban quadrados, tenis adidas e brinquedos politicamente incorretos (hj em dia, só os videos games... Mas tudo bem, tá valendo.).
Enquanto escuto "Time - Hootie and the blowfish" me lembro de como minha BMX era bacana. Eu me machucava muito tentando imitar um tal de Dave Mirra



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Do berço ao túmulo.

Os dias se acumulam
Páginas mal escritas
Almas sem vida
Como vai o vento nas folhas
Escuto o som
Desgosto e nada mais
Me abandone


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Faça meu dia.

Sempre me questionei de como as pessoas começam a se gostar. O que é preciso para que cada ser humano se entregue a outro ?


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Eu achei que não tinha mais nada pra dizer...

... mas tenho sim.

Isso aqui ainda ó :D


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Olhando pra cima, eu vi meu pé

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Minhas costas ardem.

Talvez seja a idade chegando cedo (ou tarde...). Talvez seja a minha mania de ir correndo até a academia. Talvez seja a idéia que eu faço sobre a arte marcial que pratico.
Mas o fato é que as minhas costas estão dando sinal de que o tempo está passando. Isso é certo.
Tudo bem, meu desespero não é novidade pra história desse planeta. Ficar calmo ajuda a tudo funcionar melhor. Enfiado com a cabeça dentro de um balde eu vejo o mundo que queria ver. E penso que apesar de ve-lo, o mundo real é mais bonito.


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Eu quero mais, é que Portugal se foda !

É :)

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Ate parece mentira.

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Pra onde foi ?

O que mudou,
o céu ou o chão ?
Pra onde vai o vento
quando não vem pra cá ?
O som foge do silêncio.
Ouvi tua voz no meu sonho.
Eras doce e eu como sou:
enfadonho.
Triste dos olhos deles
que não vêem.
O invisível aos olhos,
é o amor também.
Imperturbável.
Sereno como uma tempestade.
Que dentro do seu próprio caos.
Insiste em existir.
Existe no desistir.


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Descobri que a vida nao tem acento.

E isso. : )




Odeio esse teclado sem acentos.

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Desejo sorte para todos nós.

Para alguns mais que para outros. Para alguns dias mais que para outros. Me anuncie como um pária da vitória antiga. Como a velha história viva entre os novos dias.
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A fresta de mim.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Sonhos que eu nunca sonhei me chamam pra dançar.

Não tem jeito de isso ser de outro jeito. Eu acho.
Guimarães Rosa insiste que o que a vida quer da gente é coragem. E quem quiser que discorde. Porque eu não consigo. 
Num desses seriados de gente bonita eu fiz uma ponta. Era o latino injustiçado que cortava a grama do tiozão bem sucedido casado com uma mulher extremamente charmosa e compreensiva. Mãe de um filho "filha da puta - pau no cú" e de uma menina linda e quase tão charmosa quanto a mãe e de coração justo e incorruptível. Apareci por 2 minutos e me deram dinheiro o suficiente pra pagar meu apartamento inteiro. O editor me perguntou o que achava do final e eu respondi que pensava em algo meio "melhores momentos da temporada ao som de Coldplay". Ele riu de mim enquanto fumava seu cigarro e bebia café preto sem açucar. Mas fez exatamente como conversamos. Eu não o almadiçôo por isso. Não poderia. Afinal, ele fez o que eu disse. Deveria lhe agradecer. Mas também não consegui.
Dizem que as noites são céus e as pessoas estrelas. Eu vi um sol morrendo e pensei no jogo dos tronos: "Aquilo que está morto não pode morrer..."
Aquilo que está morto não pode morrer.


Sábio e misterioso.


Numa hora dessas, eu decolo voo. Procuro Fernão Capelo Gaivota e nunca mais volto pro meu ninho. Aposto que ele conhece a estrela do Pequeno Príncipe. 
E por favor desenha-me uma ovelha ?


Pode ser um carret na grelha, com molho de mostarda e mel. Com uma taça de vinho tinto. E um por do sol de gente pelada.
O que é um por do sol de gente pelada ? Desenha-me uma ovelha ? Seria verdade que o tempo não morre e que a morte é o caminho para uma enseada de colinas brancas e cortinas de prata ?
Não pareceu tão ruim para o Pippin.