quinta-feira, 31 de outubro de 2013

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Úúúúúúúúúúúúúú owowowowowowow :)

Local natives e uma taça de vinho.

Que seja assim o resto da minha vida. Com um coral gritando as caixas do meu som. E que ninguém me diga que não será. Nem aquela vozinha (aquela pequena voz) escrota no fundo da minha cabeça. Who knows, who careeeeeeeees? Foda-se.
Eu fugi do sol e me escondi entre a troca de astros. E fiquei seguindo o planeta por um crepusculo de 24 horas. 24 horas mágicas.

Ai eu mandei um email pra vida. E ela respondeu. E pronto.


Agora eu vejo um mundo branco cheio de nuvens que se entrelaçam na dança da reprodução das nuvens. Tornando o mundo cada vez mais claro.

Cada vez menos o mundo que você conhecia.

E agora sim, eu escrevi isso.

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Um nação de insanos.

Quando eu paro para pensar, me desespero... 

Não é por nada não. Nem por esse ou aquele motivo. A razão do meu desespero é muito mais visceral do que palpável. É como se as vezes, nem houvesse realmente um motivo a ser visto pelos outros. Como se parte desse desespero estivesse em não poder mostra-lo. Em não poder demonstra-lo a terceiros. E assim, vivo eu, imerso nessa piscina de desespero e alheio ao mundo que não o vê. Ou se o vê, prefere ouvir sertanejo universtiário dentro de seus iPods. Preferem as relações simples as que realmente valem a pena. Preferem viver presos a segurança dos penhascos do que a queda livre que é o outro viver...

Nossa civilização é uma comédia para o cosmos. Sobrou pouca coisa errada a fazer, todo o resto já foi feito. Nos matamos e continuamos nos matando. Nos machucamos de toda forma e maneira possível. Nos abandonamos e aos nossos iguais. Nos cortamos para que pedaços de plástico sejam colocados dentro de nós. Arrancamos nossos pelos, dentes e orgãos. Morremos de fome e de inveja em proporções identicas. Nos esquecemos de como nos tratar.
E a vida parece seguir seu rumo, da mesma forma. Se arrastando por entre o desfiladeiro da rotina no piloto automático. Como no meu sonho, em que acordo com 78 anos de idade sem me lembrar de um dia antes do agora. 

E assim, do nada, tudo bem.
"Disse a flor ao príncipe: é preciso que eu suporte duas ou três larvas se quiser conhecer borboletas."

Muito obrigado :) Antoine de Saint-Exupéry

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

This is the end, my lonely friend. The end.

Nos traga a cabeça da morte em uma bandeja, eles me disseram.
Ouça o som do vento. Caminhe contra o tempo. Se erga contra o céu. Derrube-o eles me disseram. Derrube-o e o faça chorar. O leste é o melhor, é sempre melhor no leste. Eu me recusei a cavalgar a cobra. Fui longe no deserto, em busca de uma porta aberta. Caminhei até meus pés sangrarem. E meus olhos escorrerem pus com lagrimas brancas como leite. Que crianças microscópicas bebiam sentadas nos meus cilios. Um cão impertigado com um besouro gigante preso nas costas se aproximou de mim dizendo:
"- Mate-me por favor. Por favor..."
Não pude.
Não posso.
Não quero.
Não vou.

Corri para perto de lá. Nunca cheguei perto. Mas me aproximei o suficiente.
Quem não pode desistir, que resista. Eles disseram. O mercado e a vida se auto regulam. Em uma balança que nunca termina de se mover. Com elefantes que dançam polca ao seu redor. Pesando cranios humanos nas bandejas que pegam fogo enquanto a vida se desdobra no maior urigami do universo.

Cheio de caminhos tortos.
De sonhos impossíveis.
E de corpos que caminham,

mortos.

 

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Ouvindo Breezeblocks - alt-j

Acordei.
Porque não dormi.
Como o sonho que não tive.
Ou o amor que se existe:
Ainda não me conhece.

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Aceite meu convite para a vida. E desista.

A vida aconteceu rapido demais. É como uma onda que se atreve além da areia e recua para o mar escorrendo fina como uma lâmina de vidro maleável e frágil. Você se perde das suas próprias metas nos corredores do achismo e da dor. Credo, de onde veio isso? Sei lá. Foda-se :) Veio. E passou. Como palavras ditas com a boca quente de raiva. Ou com o coração partido. Eu acredito que todos nós deviamos perder a capacidade de falar enquanto estivéssemos com raiva ou dor emocional. Acho que eu estaria calado a quase 14 anos se assim fosse. Meu silêncio faria bem para mim e para os outros. O mundo seria um lugar melhor se eu não pudesse falar.

Apaguei todo o resto.

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Quer saber do caminho? É pra frente!

A vida é ir e vir. Cheia de se reencontrar.
O que não perdemos de vista, é a vontade de sempre voltar.

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

É sobre um piano que pega fogo durante o show. Mas não queima até o final.

De vez em quando é sobre esse piano. De vez em quando ele vai queimar enquanto o coral canta "Who Knows Who Cares"  dos Nativos Locais. E tudo parece seguir como planejado para platéia que assiste ao show com seus olhos abertos e fixos nas luzes. Como mosquitos atraídos por um neon.
Eu não os como. Nem vou comer. 

Mas é assim que algumas pessoas são com os shows de suas vidas.
E é bizarro tu te levantar durante a apresentação e perceber que aquela luz nem te chama tanto a atenção... E ver um monte de gente de boca aberta.

Dois coelhos e eu penso que vivo reaprendendo a amar. Um dia me vi na frente de um amigo que sabia tudo sobre o amor. Ele tinha até um diploma sobre o sentimento. E foi então que o cara me disse:
"- O amor não é um sentimento. É uma sensação. Como colocar 5 colheres de sopa de sal na boca. Sem gosto. Você só sente aquilo e mesmo depois que o cospe continua sentindo. E mesmo depois de bastante tempo, você ainda lembra de como era. E vai sempre lembrar..."
Eu discordei. Mas não disse que discordei porque pra mim o amor pode ser o que cada um quiser fazer dele.
Os dias voaram sobre as nossas cabeças. A terra girou. As estações se alternam. Civilizações nascem e morrem enquanto a CNN diz que os EUA está sempre certo. E ninguém se lembra do que devemos fazer. De porque estamos aqui. E aí perdemos tempo dançando músicas erradas. E a Tiê que vive me dizendo que só sabe dançar comigo. 


Depois de amanhã é o último dia da vida de alguém. E você não se importa, porque você provavelmente não conhece essa pessoa. Mas alguém conhece. Ela é filha e filho de alguém. É amante de alguém. É amigo e amiga de alguéns. É uma pessoa como eu e você. Como seu pai e a minha mãe. Que pode ter um cachorro, um gato, um pássaro ou até mesmo um jabuti. Ela caminhou pela primeira vez na casa da avó. Falou pela primeira vez em um almoço de sábado. Ela abraçava sua família com frequência. Gostava de correr quando era pequena. Beijou pela primeira vez escondida e cheia de ansiedade. Foi para o colégio e tinha boas notas (não as melhores, só boas). Ela escolheu uma universidade e precisou de dois vestibulares para entrar. Ela fez novas amizades, teve novos amores, viajou, trabalhou, chorou, sorriu e dançou em porções diferentes.

Até que depois de amanhã, ela morreu.

Mas só os que estavam ao seu redor choraram. Porque ninguém lhe conhecia como eles.

E porque nós não amamos uns aos outros como deveríamos.
Nós odiamos uns aos outros como nunca deveríamos.

E é isso.

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

The Nacional venceu meu concurso.

E eu fui carregado por um monte de abelhas. E eu nunca me casei, mas Ohio não se lembra de mim.

A vida é engraçada. Como tudo se inverte num carrossel insano cheio de palhaços macabros e de crianças que parecem fantasiadas de personagens inoscentes mas são cheias de histórias e terror. E você aí lendo isso com toda a propriedade do mundo, sabendo exatamente o que vai fazer. Pra onde vai ir. Com quem vai falar. Como vai se comportar. E exatamente a forma como a sua vida vai estar no momento que morrer.
Ninguém se imagina em uma maca no fundo de um hospital sujo. Largado por todos aqueles que amou. Desejando partir, mais do que consegue colocar em palavras. Olhando de forma estática para o chão. Onde um azuleijo quebrado, parece representar toda uma vida de sofrimentos e tristezas incomensuráveis.
Não.

A vida não vai te dar esse prazer. 


Ela prefere assim.
E tudo bem :)

Já disse isso antes e repito sempre: não é sobre acumular tudo o que você quer e ter papéis que mostram que coisas de ferro e concreto pertencem ao nome que você usa agora.


Não é definitivamente.

É sobre outra coisa. Uma coisa mais leve. Mais engraçada. Mais verdadeira. Mais clara a meia luz com sombras. É sobre o cheiro do inverno. Da chuva no domingo preguiçoso. É sobre o sorriso da tua mãe (ou daquela que você considera sua mãe) ao te ver entrar pela porta. É sobre a pele quando as mãos de vocês se tocam. Sobre os finais de semana que vocês passaram nús dando risada do teto e das falhas que a vida nos obriga a viver. É sobre os cheiros que você sente. Sobre aquela trilha sonora que mudou a tua vida. Sobre aquele filme que te jogou os butías dos bolsos no chão. Sobre, quando a gente era pequeno e achava que o mundo era um lugar realmente mágico.

É sobre isso. E muito além. Antes de ser sobre qualquer outra coisa idiota que apodrece, desaparece e perde a importância no momento da tua morte.


As pessoas dizem que daqui não se leva nada. E isso é mentira. No vácuo que é o paraiso, estão todos flutuando suavemente em suas forma etéreas, com suas lembranças e seus amores. Preenchendo o vazio do universo. Alheios a misantropia que preenche nossos corações.