sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Ao Sr. Destino dos Silvas.

É que hoje eu preciso te agradecer.
Essa tua de esconder é jogo é realmente muito irritante. Má tudo bem. Talvez seja só aquele momento em que tudo deu tão certo que tu fica com vontade de refazer todos textos. A maioria das fotografias. E praticamente todos desenhos.
Mas enfim. Tudo bem. É legal passar por isso também. E ter a chance de ouvir Phill Veras com vinho branco em uma sexta feira a noite. Pode ser só o sol que nasceu muito cedo... Antes mesmo de aparecer. Ou o clima de calor Latino vai tudo ficar bem. Não sei.
Na valsa e no vapor. Num disco voador também.
E eu sei que daqui a pouco tu não atende mais aos meus chamados. Visualiza as msgs do whattsup sem responder. Ignora os emails. E nunca mais curte foto nenhuma minha. Ainda assim, obrigado por estar tudo bem agora.

Eu não me importo. Na verdade, eu nem penso mais em me importar.

A gente se tromba. Eu sei...
Do tipo: "Que droga, o destino veio também....".

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Bom, quem sabe mais tarde?

Flutua o tempo sobre o rio. O rio sem nome que todo mundo chama de vida. De sol forte, meio dia. Com nuvens de algodão multicoloridas. Final de tarde. Começo da lida. E quem te amou? Tu me pergunta...Flutua o tempo sobre o rio. Silêncioso como uma cachoeira gigantesca, de sons mudos. De gente quieta. Eu respondo. De segundos e terceiros olhares. De um dia que ninguém se esqueceu. Mesmo que não tenha acontecido. Mas o que aconteceu? Quem se lembra da vida? Se foi um sonho, que passou correndo por aqui. Eu não sei. Sei que vi uma lua no céu do sol. Rimando notas em bemol. De gente que dança sozinha pelas linhas desse caderno. Enquanto caminha de lado. Olhando pra baixo. Imaginando porque os tapetes são chamados de capachos. E mesmo que tudo dê errado, alguém me diz. Mesmo que o mundo arda nas chamas nada gentis das dores físicas. E aquilo que a gente chama de "nossa vida", nesse rio. Se estinga. Mesmo assim, vai ser bom. Porque nada pode realmente ser coisa alguma. Damos nomes a coisas que acreditamos conhecer. E a vida corre sobre o rio enquanto nós apontamos para as margens gritando nomes que inventamos ou ouvimos outras pessoas dizerem. E a verdade se torna só uma forma de encarar tudo isso. E não realmente, de verdade, com realidade e sinceridade, a própria verdade. Quando a verdade se transforma em inverdade. E a brisa que eu esperava, fura. Sem nunca chegar. Ali, no canto das pedras que desceram o morro muito cedo. E represaram a vida. Eu pensei: estamos certos. Porque nada e tudo são iguais em um mundo que não existe. Como as palavras desse texto que tu leu, mas não entendeu. É como se meus pensamentos tivessem não existido. A arte de fingir é mais usada que a própria amizade. Eu cuspo no chão. Mas não de verdade. Assim, fui embora. E tu disse pras minhas costas que eu era ruim. Mas na verdade, tu só sente a minha falta. Mas não de verdade. Pensando nisso eu dei duas voltas ouvindo a água correr. O que será disso tudo? Nada! Não nado. Não, disse que nada será. Nada, nunca é. Se é nada, é porque não foi. Mas se foi? Se foi é por que não é nada. Por ser nada, o nada já é algo. Mas não me pergunte o que será do nosso amor.
Não, nesse rio sem nome que todo mundo chama de vida.

Por que nunca fui bom em ouvir o silêncio do universo.
Por que é preciso gentileza para entender.
Por que é necessário compreender a misantropia da humanidade.
Por que é desse jeito que somos.

E por que, absolutamente tudo o que está escrito aqui pode ser mentira (e verdade).

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Eu acredito em acreditar.

Perdi muito tempo ouvindo na vida.
Mas acredito que era preciso.

Porque você nunca escolhe o que escuta.
Você só decide, o que diz.

E ainda assim, nem sempre é possível.

Porque as vezes, alguns de nós, preferem o medo.

Ter coragem é deixar aquela voz que a gente nunca escuta, dentro do nosso coração ou da nossa cabeça, falar mais alto que o medo.

Ter medo, é abaixar a cabeça para a vida.

Porque absolutamente nada é mais triste do que ter coragem de se deixar controlar pelo medo.





quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Das coisa que aprendi.

Das coisas que eu aprendi na vida, levo o caminhar. Porque ninguém tirará o caminhar de mim. Não! Eles vão retirar praticamente todo o resto. Vão contar mentiras. Vão nos machucar. Dizer que somos piores. Nos comparar. Nos pesar. Nos medir. E nos classificar.
Mas no meu caminhar, ninguém tocará.

Meu caminhar me trouxe até aqui. Me deixou cair quando foi preciso. E aprendi que não sou feito de porcelana.
Meu caminhar me fez olhar para o horizonte. Fechou portas e janelas num par de vezes. E eu aprendi que o horizonte continua lá, mesmo quando não consigo ve-lo.

Meu caminhar me deu a vontade de ir até lá. E quando eu percebi que era preciso voar para chegar, ele me ensinou que caminhar também é voar. Mesmo que com os pés no chão.
Foi caminhando que dobrei as curvas da vida.
Que passei as pernas por cima das pedras no caminho.

Que ajudei quem estava ao meu redor a se levantar.
Dancei.
Me arrependi.
Sofri.
E pude voltar pro começo de tudo isso.

Sinto pena de quem pensa que só caminha com as pernas.

De que para caminhar é preciso ter pés.

Sem passos.
Cem passos.

Até lá.

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Viver por decreto? Credo!

Diz aquela letra musical odiável que é preciso saber viver. E ninguém consegue discordar. Digo, conseguem. Mas só conseguem porque são chatos usando galoxas, falando um dos outros pelas costas e apontando seus dedos acusatórios em riste para nós.
A vida não pode ser vivida por decreto, eu digo. O único decreto irrefutável da vida, é a morte. Porque morrer você vai com toda certeza (côncerteza...). Mas viver, não!
Acredite caro(a) leitor(a), viver vai além dos boletos que tens para pagar. É mais do que aquela frase agressiva que você ouviu (a 3 anos atrás) e guardou no bolso (até hoje). Alguém é claro, vai dizer: "ta querendo ensinar a viver Leandro? tu é ridiculo!"

Sim eu sou. Dito isso, o que mais você tem a dizer? Nada?
Eu tenho:

É preciso viver além da vida. Não se render as mazelas mazelóticas do nosso existir McDonnalds. Precisamos de mais vida do que Hollywood nos dá. Já disse e repito, precisamos de Bollywood, de BlumenWood, de Robin Hood! De Peter Pans voando a Terra Média! De Machado de Assis! De expressos com leite em finais de tardes daqueles de cagar os botões das calças. É preciso amar com borboletas no estômago, no cérebro e nas bocas! É necessário arrepiar ou sentir o cheiro alheio, ou da lasanha da mãe ou do filme do Almodóvar! Falo de amizades que discordam e sorriem disso. De trabalhos que gostamos a ponto de nos dar nos nervos, mas que não deixamos de amar um só segundo na vida! Musicas que nos façam dançar sozinhos, de olhos fechados, de frente pro espelho do mundo. Sem se importar com o reflexo, perplexo, nos encarando parado.
A coisa é que a vida não exige nada. A vida só existe. Existe e passa. Como uma rajada de vento que nos aplaca em um dia de muito calor. Ou você aproveita aquele momento vivo, ou esse momento passou. E és ignorante se pensas que falo sobre a inconsequência infantil dos poucos sensíveis ao existir... Não caro(a) leitor(a), eu falo é da vida com amor que não vive na zona. Falo da pele arrepiada hipoteticamente nos sábados de manhã. Com uma boca fraca a te morder enquanto acordas. Das curvas das costas dele e dela. No disco voador do Phil Veras, descobrindo lençois :)

A vida tem dessas. De tu achar que ia ser e não ser. Ai tu pensas que já foi e não foi. E depois acreditas, agora vai. E nem tchum.
Leio livros. E num deles, Merlim (sim o feiticeiro que não fazia magias) me disse que o destino é inexorável.
E é.
Mas nós, humanos de razão. De dinheiro. De dores da alma (que não existe?) e do corpo (que fica em cima de um altar). Da vida curta. Das carreiras longas. Das coisas que chamamos de nossas. Nós, humanos, esquecemos se quer que o destino existe.
Porque o destino não vende Adidas.

Não come lanches.
Não anda de Mercedes.
E nem tem apartamento de frente pro mar.

O destino é um chato que não dá importância pra nada disso.
E ri enquanto a gente passa essa existência de costas pro lindo céu que ele pintou.

Ele ri enquanto a gente afunda a cabeça no tablet, no note e no celular, se alegrando com coisas que não nos alegram. Rindo da desgraça alheia. Nos comovendo com amizades de plástico. E lendo bulas de remédios que não podem ser ingeridos com alcool.
Um dia, caro(a) leitor(a), o destino só se enche o saco de esperar. Ou sei lá, a ampulheta da vida simplesmente termina de escorrer suas areias. Toca o sinal. Acaba o recreio. Apita a sirene. Batem na porta. Enfim, dá a hora!
E ele (o destino) chega no nosso ombro, nos cutuca com o a mão em formato de bico e quando olhamos, ele fala:

" - Deu tua hora queridão!" - apontando pro relógio com o dedo.

E ali, tu choras. Pensando que era preciso ter vivido mais. Com mais vontade, e menos bobagens!

Eu sei, porque eu já vi acontecer.

E você também vai. Antes do fim.

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Levanta e anda.

Caminha o caminho, até lá.
Porque o caminho termina.
Mas o fim, há de nunca chegar...
Não haverá saída pra quem se esconde da vida.
O mundo nunca vai parar de girar, eles me ensinaram.
Eles, que sabem de tudo.
Mas
A realidade é só mais uma forma de ficção 
que todo mundo aceita.
E eles se confundem.
Porque lutamos uma batalha perdida.
A batalha da vida.
Que nasceu morta.
Não de morte matada.
Mas de morte morrida.







terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Nós somos idiotas. And i like it.

Tu pensas que não somos assim. Mas tu não sabes de nada Jon Snow.
A vida é engraçada. Não se tem todo tempo que se pensa que se tem. Não se pode fazer tudo que se pensa que se pode. E pouca coisa vai ser como acreditamos que vai ser.
Ainda assim, o que é feito é tão bonito. Mesmo que caótico. Mesmo que nossos olhos fazem lágrimas. E nossas bocas lamuriem de dor.
E tudo se repita. Again and again...
Um dia tudo passa. Nossos pais falavam do dia que a gente se casasse. E hoje quase ninguém realmente se casa. Digo, se casam. Na frente de todo mundo. Com sorrisos e fotos. Com comida e suor.
Mas no escuro.

No silêncio do mundo.
No alvorecer do dia que nunca nasceu.
No teu sonho tão distante de ti, que tu nem lembras ter sonhado.

Ali, não.


Ali, somos só pessoas. 
Sem as certezas.
Sem as mentiras.
Sem os medos.
Só almas flutuando nesse rio.
Em busca de um lugar ao sol.

Eu lembro de Yoshimi.
Lembro do carret.
Dos desenhos e dos risos.
E do sol nascendo devagar enquanto a gente conversava.

Do you realize that happiness makes you cry?
And everyone you know someday will die...
E tudo bem (: