terça-feira, 28 de abril de 2009

Sobre cafés e ratos.

Caminho meu caminho.
Passo sobre passo.
Te trouxe um presente sem laço.
Tu pensou ser veneno.
E me escarrou a face.
O silêncio é um lugar ?
E o que é o amar ?
Além do tentar ?
Vejo aqui de cima o céu caindo.
Enquanto todos dançam cantando e sorrindo.
É a festa dos guizos, ao vencedor as batatas.
Tu deves ter perdido, só te deram ratos e baratas.
Leite estragado no ventilador.
Podia ser merda, e se for ?
A mentira é feito quadro mal pintado.
Todos olham, mas ninguém fica apaixonado.
Uma xícara de café preto.
O avião já devia ter decolado.
Abismo gigantesco e profundo.
Lá embaixo é o começo de tudo.
Daqui o sol cai sobre a gente.
Procurar abrigo é o perigo.
Se achar seguro na casa do inimigo.
Pensar que o mundo é o próprio umbigo.
E que nada de mal acontece contigo.
E comigo ?
Não vou ser mal educado.
Prefiro o rosto em um cartaz de "procurado".
Não me rendo ao chamado.
Sou velho e já estou ficando cansado.
Pega o que tu achas valioso.
Perólas negras, diamantes e ouro.
Nada disso te salva da chuva.
Mas não me importo com a tua opinião.
Curta.
Desde que me sobrem dias lentos.
Rostos ao vento.
Tardes suaves.
E noites de "quem sabe"...

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