quinta-feira, 21 de maio de 2009

Decifra-me ou... te deixo ir embora !?!

"Um dia, uma solidão.
De um lado o trapézio do outro o chão..."
(Medulla - O novo)

Era pra ser decifra-me ou devoro-te ! Não né ? Sem canibalismo... por enquanto.

Uma vez alguém me disse que escrever assim é mais fácil. Porque eu não preciso realmente me travestir com minhas próprias palavras. Discordei. Ou tu acha que todo mundo que conversa contigo durante o dia te diz tudo que pensa ? Ou tu pensa que ninguém te vê de uma forma diferente do que tu mesmo ?! Um professor uma vez, durante a aula de Psicologia da Comunicação disse que existem três de cada um de nós. Aquele que nós vemos. Aquele que somos dentro de uma realidade ponderada pela racionalidade. E aquele que os outros enxergam. Dá pra ser mais metafórico que isso ?
É assim que eu escrevo. Pra "aquilo" que eu me vejo. A forma como você lê ou como a "realidade ponderada pela racionalidade" mostra, tem pouco a ver comigo... E tanto faz ! :)

"And you know you’re never sure
But you’re sure you could be right
If you held yourself up to the light
And the embers never fade in your city by the lake
The place where you were born"
(Smashing Punpkins - Tonight, tonight)

E durante a noite ele disse:
- Queria eu ser vento. Pois o vento, tu não proibe de te beijar. Pois o vento tu não tranca do lado de fora do teu mundo. Ele simplesmente entra, a qualquer momento. E se me disserem que eu deveria ser sentimento, digo que não. Discordo até o fim e me faço momento. Como momento sou o que quero, nem que por um instante. E nesse instante, escolho ser vento. E como vento, te invado e te vejo por dentro. E no teu peito deito. Escutando o som que faz.
Não o vento.
Nem teu peito.
O momento...

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