segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Sonhos que eu nunca sonhei me chamam pra dançar.

Não tem jeito de isso ser de outro jeito. Eu acho.
Guimarães Rosa insiste que o que a vida quer da gente é coragem. E quem quiser que discorde. Porque eu não consigo. 
Num desses seriados de gente bonita eu fiz uma ponta. Era o latino injustiçado que cortava a grama do tiozão bem sucedido casado com uma mulher extremamente charmosa e compreensiva. Mãe de um filho "filha da puta - pau no cú" e de uma menina linda e quase tão charmosa quanto a mãe e de coração justo e incorruptível. Apareci por 2 minutos e me deram dinheiro o suficiente pra pagar meu apartamento inteiro. O editor me perguntou o que achava do final e eu respondi que pensava em algo meio "melhores momentos da temporada ao som de Coldplay". Ele riu de mim enquanto fumava seu cigarro e bebia café preto sem açucar. Mas fez exatamente como conversamos. Eu não o almadiçôo por isso. Não poderia. Afinal, ele fez o que eu disse. Deveria lhe agradecer. Mas também não consegui.
Dizem que as noites são céus e as pessoas estrelas. Eu vi um sol morrendo e pensei no jogo dos tronos: "Aquilo que está morto não pode morrer..."
Aquilo que está morto não pode morrer.


Sábio e misterioso.


Numa hora dessas, eu decolo voo. Procuro Fernão Capelo Gaivota e nunca mais volto pro meu ninho. Aposto que ele conhece a estrela do Pequeno Príncipe. 
E por favor desenha-me uma ovelha ?


Pode ser um carret na grelha, com molho de mostarda e mel. Com uma taça de vinho tinto. E um por do sol de gente pelada.
O que é um por do sol de gente pelada ? Desenha-me uma ovelha ? Seria verdade que o tempo não morre e que a morte é o caminho para uma enseada de colinas brancas e cortinas de prata ?
Não pareceu tão ruim para o Pippin.



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