quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Ouvindo: Pomp and Circumstances - Smashing Punpkins

Já disse antes e repito: todo dia amanhece.

É muito provavel que isso seja um fato imutável. Vamos viver nossos dias sobre as cidades desse planeta e quando nossos caminhos chegarem ao fim. As pessoas ao nosso redor vão chorar nossa falta. E depois o Sol dirá:
"- Então tá. Tchau... te vejo depois !" - e com um largo sorriso ele se esconderá atrás da linha do horizonte.
Acho que é por isso que a Terra gira. Pro Sol poder se despedir de todo mundo que deixa o planeta. O Sol é um cara muito atarefado. Tem muita gente indo embora todo dia...

Ir embora, voltar. Ficar um pouco mais e ir embora de novo. Nossas vidas são cheias de regras. Mas não poderia ser diferente. Use um calçado pra andar na rua. Não saia de casa nu. Pare quando a luz vermelha do semáforo acender. Ande quando for verde. Não diga coisas absurdas para desconhecidos, afinal, o que eles vão pensar de você ? Não engorde muito. Não emagreça demais. Informe-se. Aprenda a usar o computador. Trabalhe, seja um membro produtivo da sociedade. Tenha dinheiro, ninguém é realmente livre sem ele. Case-se e tenha um par de filhos, seus pais vão ficar muito orgulhosos. Obrigue-se. Esforçe-se. Seja bom. Obedeça ou você vai preso rapaz.... Estamos de lhe observando.

Algumas regras são realmente necessárias.
Outras não tanto.
Outras ainda, definitivamente não deveriam existir.
Mas isso é algo que cada um deve decidir.
É algo que cada um deve aprender sozinho, em casa, na rua, com os amigos ou sem... desde que seja adestrado. Como meus cachorros foram !

Pompa e circunstância. Acho que quanto mais envelhecemos, mais nossas vidas dependem disso. E por mais que você ligue o London Calling no último volume e use camisetas dizendo: "Do it yourself". Ainda assim, você vai sempre ser escravo de alguém ou de algo.
Mas tudo bem eu acho. De verdade.
Depende de quem você é escravo, e o quanto você se considera livre.

"Escravo não é uma palavra forte ?" Me pergunta a Camila.
Acho que não ;)

Os teus dias não estão contados. E por mais que a Monique me diga:
"Lê, não tá tudo bem contigo. Deu pra ver quando eu li o Murro na Cara..."
Acho que tá sim Monique. Na verdade, acho que fazia tempo que não tava tudo tão bem.

Fato:
Pensar sobre a forma como vivemos. As falhas que cometemos e nossos acertos, ajudam de alguma maneira a se auto conhecer um pouco mais. E as vezes, ninguém pode te ajudar nesse caminho.
As vezes, precisa ser você e a estrada. Você chuta uma pedra aqui, da uma topada alí. Costura sua unha de volta no dedão e continua a caminhar.
Continuar a caminhar, isso sim é forte.
Rocky disse (e eu sempre repito): "Não importa o quão forte você bate. Importa o quanto você aguenta levar porrada e continua a caminhar..."
Isso é bem interessante, porque ilustra um dos meus pensamentos mais frequentes durante os últimos dias.

A verdade, na minha opinião (lógico que se isso é um blog é minha opinião, enfim...), é que acertando ou errando, dando ou tomando socos, caindo e entrando em coma ou ouvindo a contagem do juiz (1, 2, 3, 4...) e conseguindo levantar, vamos conseguir.

Post confuso o de hoje.
Momentos de Labirinto do Fauno. De O iluminado.
Momentos de reCitando Blumenau e de Juno. Um pouco de Benjamin Button e duas pitadas de Snatch - Porcos e diamantes.

Post confuso sim. Mas tão fragmentado quanto fotojornalismo. E quanto a nossa sociedade.
Quanto os recortes da nossa vida. Quanto, como eu disse, nossos acertos e erros. Que compõe o que somos. O que queremos ser e o que precisamos esquecer que já fomos um dia.

No final, é só abanar e dizer:
"- Tchaaaau Sol. Legal te conhecer..."
: )


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