segunda-feira, 8 de junho de 2009

Tropecei, levantei e saí correndo. Ou seria: ontem, hoje e amanhã ?

O quanto mais idiota, melhor... Serio ? Eu vi a paisagem catastrófica da janela do meu carro. Prédios e árvores carbonizados. Campos antes verdes, agora sem nenhuma folha viva. E alguém me contou uma boa piada. E essa porra tá ruim demais.
Tudo bem, eu não preciso explicar porque a confusão do texto é parte da beleza dele. Sei disso. É tipo primeiro olhar trocado entre amantes. Ninguém vocaliza imediatamente: "Quer casar comigo ?". Ou quase ninguém, enfim... O meu ponto é o mistério das coisas. Usando de espelho letras dos Los Hermanos ou filmes do Shyamalan. Você até entende. Mas precisa pensar um pouco e usar a tua própria interpretação pra dizer que entendeu...
E se o sol chegar cedo e o meu nariz sangrar tarde ? Tá tudo bem, porque mistério que é mistério precisa se resolver... Ou perde a graça. Perde o cheiro de pipoca de cinema com gosto de mão dada. Perde o pó de pirilimpimpim... E se não tiver Sininho pra voar sorrindo, ou Peter Pan pra entender piada do He-Man, da-se outro jeito. A gente se vira. Ficar parado nesse toco feito burro manco não é alternativa. Entrar no palco vestido de ator esperando aplauso é tipo farol de carro virado pra dentro em noite de chuva. Não tem utilidade alguma.
Então me deixa dormir porque isso me falta. Noite tranquila e muro alto. Podia rimar, mas piora.
Acorde dedilhado tipo bossa nova que já é velha e o Camelo não se importa se ela é usada. Eu também não. Bossa bem tocada é bem melhor que guitarra com distorção, e eu demorei pra descobrir que o acaso entrega sim a direção. É só confiar firmemente. Gentil tapa no rosto ? Não, murro na cara mesmo !
Eu tava falando do que mesmo ? Se eu me perco você que lê se ofende ? E se tu se ofender é pra eu me importar ? Tanta, tanta, tanta o que ? Foda-se !

E coitado de quem canta: "Vai ver que o acaso te entregou alguém pra te dizer o que qualquer dirá...". Isso é mais problema que curto instante de despedida. Porque se é pra ter o qualquer que dirá o que qualquer diz. Eu prefiro ter só eu mesmo. Sentado sozinho em cima do morro ouvindo o vento da liberdade me parabenizar pela teimosia. Por que qualquer, ao meu sincero ver, só é suficiente pra outro qualquer.

E que felicidade se o todos os "qualqueres" do mundo se juntassem. E ficassem todos colados em um gomo gigante. Que lugar lindo eu veria. Cheio de gente interessante não interessada em "qualqueres" e seus cliches enlatados com gosto de McDonnalds cuspido.
Não.

Que lugar feliz esse que eu encontrei.

É um beco sem saída com uma escada invisível no final. Tu sobe a escada e vê o final de Vanilla Sky. E depois te dão um abraço e um café bem quente. E tu percebe que é sábado de manhã... E que não poderias estar mais feliz.

Aí alguém fala:
"- Que bom que você chegou... A gente tava te esperando..."
E tu te vira e vê todos teus amigos dançando enquanto o Sol nasce vagarosamente.
Então em uma camera presa ao steady cam vai recuando lentamente, em slow motion na realidade, super bem renderizado e a trilha aumenta e todas as risadas continuam rodando na linha de áudio. E todo mundo desaparece mas ela fica lá. Segurando um mini coelho com asas.

E uma voz diz:
"Não declares que as estrelas morreram, só porque o Sol nasceu...".

Acho que o significado desse texto é: "Tudo que sobe, desce..."

Mas é bem mais legal dizer assim. ; )

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