quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Clica no "mudo" e vai.

Pensei em escrever uma poesia. Mas como todas as poesias que eu escrevo são uma bosta. Desisti.

Não escrevo poesias por acharem que elas são boas ou ruins. Escrevo por escreve-las. Por pensar no que escrevo. Por gostar de registrar o que sinto, pra que possa me entender melhor depois... Pra que possa celebrar ou odiar o que vejo. Os lugares e pessoas por onde passo. Porque, sim ! Nós passamos por lugares e pessoas. Alguns lugares vão contigo, outros não. Algumas pessoas também, outras não. E eu imagino a vida como um corredor cheio de escadas, portas e acessos a lugares fantásticos, além da minha imaginação. E cabe a ti abrir as maçanetas. Subir as escadas. E sentir teus dedões na grama verde com um céu azul de brigadeiro sobre a tua cabeça. Isso, não cabe a ninguém mais. Nem poderia.
Eu escrevo pra isso. Pra decolar voo na tempestade. Pra pousar gentilmente no teu aeroporto. Pra derrubar esta porra de avião em cima de um estádio cheio de crianças orfãs. Pra lembrar de esquecer. Eu escrevo, não porque acho que isso fará alguma diferença pro planeta. Tenho certeza que não faz. Eu escrevo pra fazer diferente o que já fiz antes. Ou igual. Ou de novo. Ou nunca mais.
Escrevo pra explodir e deixar as fezes que vivem dentro do meu intestino voar pro ventilador. Deixar meu sangue borrar as camisas brancas. Atrapalhar o transito. Pra ninguém nem ouvir que explodi. Ou pra gritar:
"- PORRAAAA !" - enquanto aperto o botão do detonador e ouvir a bomba falhar.
Pra não explodir.

Minha cabeça é grande. Minhas mãos são redondas, e só ficam bem se fechadas como murros. Meus pés são horriveis e tortos. Minhas pernas também são tortas. Na verdade, até o joelho eu pareço um pinguim... Ainda assim eu sempre adorei correr. Vivo pensando em voltar a malhar. Quero perder peso, tenho a impressão que passei os ultimos 10 anos querendo perder peso. Meu cabelo é um desastre. Minha barba é um ultraje a qualquer profissional da estética. Eu falo rápido. Sou impulsivo, praticamente todas as vezes que perco o controle. O que as vezes é bom e as vezes não.

Ainda assim, eu gosto de quem sou. Gosto do que tenho. E pra onde eu vou não parece um lugar nada ruim.

Porque talvez, isso seja um bom significado para aquilo que chamamos de viver: aceitar e tentar ser melhor em qualquer aspecto que não prejudique outra alma.

Te vejo lá.

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