quarta-feira, 27 de julho de 2011

Os dias futuros e meus pés tortos.

Espirrei um momento.
Desses que não se pode planear.
Que ninguém espera ter.
Foi só uma gota de chuva,
no vento.
Como uma foto em movimento.
Em um domingo de sol lento.
Onde lembranças oscilavam.
E nem pude ver se aproximar.
Tão apressurado.
Impossível de represar.
Me saltou afora da alma.
Feito paixão apartada.
Sem anúncio de adeus.
Lágrima de mágoa.
Ou pesar regurgitado.
Momento maldito que saiu de mim.
Pairou por dois instantes.
Rodopiou e desapareceu.
Sem depois ou antes.
Tive que ser valente.
Fantasiado de grande.
Ouvi tudo que foi dito.
E caminhei pra longe
sozinho.
Asseando minhas narinas.

De novo.

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