quarta-feira, 17 de julho de 2013

Ouça Marble Sounds

http://www.youtube.com/watch?v=jEUrVuP4D_g

Eu sou daquele tipo de pessoa que quando ouve uma boa banda nova, acredita mais na humanidade. Nem sempre, mas muitas vezes. Talvez nem muitas vezes. Mas as vezes. Acho que as vezes é melhor. É.

As vezes. As fezes.


Caminhando pela rua, o sol me encontrou. E me proibiu de escrever em metáforas. 

Eu odeio o sol. Não de verdade. Só agora. Só aqui.

Já vi tudo, esse é mais um daqueles textos sem começo e sem fim. Um daqueles que não termina quase nunca. Ou mesmo, nunca. E que fica girando no "parárápá! paráráá..." cíclico do coral em BG. Enquanto a camera corre no travelling contra os atores vestidos como ciganos em cima do palco que sorriem em camera lente olhando para a lente. Algumas vezes, o diretor me pede para que o movimento seja contrário só para não estabelecer uma linguagem engessada sobre algo que pode ser compreendido errado. Ou não compreendido. E em algum momento, no ápice da trilha sonora "pianesca" explodem os confetes no palco. E entram correndo 30 e poucas pessoas, tudo em algum slow tipo 1.000 FPS, closes dos pés batendo nas tábuas do chão e levantando coroas de pó. Como toda coroa que alguém já usou na cabeça, de pó. De pé. Em pó, o pé virou. Para. Volta pra locação.
O roteiro não tem final, como o texto. Tem, porque acaba. Mas o final não é o final, sempre. As vezes. As fezes, são.

Me perdi.

Não dá pra voltar.

Pelo menos hoje temos Marble Sounds pra ouvir. Amanhã eu acho outra coisa. Pra ouvir. Pra escrever. E pra te dizer.

Talvez um rolo de filme 8mm e uma camera de mão de alguém que não se importa com o que é filmado seja mais valioso, after all.

We don't know tomorrow, but i will do whats seems right. After all.







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