sexta-feira, 26 de julho de 2013

Eu contei.

Um leitor desavisado pode se machucar lendo essas palavras. Ainda assim, é preciso contar a história que escrevo.
Dos dias de inverno vividos nas terras do Rei Oughta'r pouco ainda é contado nos dias de hoje. Mas houveram outras estações. Estações de ventos mais quentes e de menos neve nas estradas.
Hoje eu escrevo de dentro do quarto, que mais serve de cárcere do que de casa. Ainda assim, é a única maneira que encontrei de enviar minha mensagem além dos dias da minha vida.
Por isso, nobre leitor, lhe imploro com o pouco de energia que ainda existe em meu velho corpo cansado: carregue minhas palavras para tão longe quanto qualquer homem puder. Existem aqueles que o dirão que estas palavras mentem. Que o passado foi diferente. Eu não posso lhe fazer acreditar em nada. Seria como todos eles, se o tentasse. Ainda assim, existem maneiras de descobrir a verdade. Pois os usurpadores de Oughta'r agiram com rapidez, mas não de forma permptória.

Comece se perguntando porque eles são tão violentos. Passando aço nas gargantas e umbigos de todos aqueles que se opõe as vontades do novo trono.

O meu Rei. O Rei por direito de todas as terras ao sul da Montanha Vermelha, jamais julgou um cidadão a morte sem que ele mesmo lhe desse o golpe funesto. Sem que ele mesmo olhasse a criatura nos olhos antes de mata-la.

Essa era uma das leis da sua Coroa. Leis essas que a nova coroa paliou ao silêncio dos antigos livros e das antigas línguas.

Rezo ao antigos e aos novos Deuses que minhas mãos não sangrem em vão. E que antes do fim dos meus dias possa ver o filho do meu único Lorde, Rei das Terras do Sul, Senhor da Guerra e da Paz, Inimigo da peste e Combatente de todo mal nortenho, Kraykle FILIUS Oughta'r sentar em seu trono por direito. E de lá, reinar.

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