terça-feira, 23 de julho de 2013

Abri a janela de casa e o inverno me disse: - eu te pergunto o que será do nosso amor?

Uma sentelha de mim espera que eu seja melhor do que fui. Todas as vezes. E eu achando aqui que não me conheço. A parte boa de não se conhecer é passar bastante tempo só contigo mesmo. Olhando pra dentro e procurando uma vela acesa nessa caverna. A caverna.

Um dia o sol vai ir embora. E viveremos no eterno inverno da humanidade. Até lá, trilhos e folhas secas são melhores do que agulhas e lágrimas. Lembrar-se de que a vida é pra ser dividida. E eu entendo que isso é a coisa certa a se fazer.

Pode parecer lorota mas escrever acalma minha mente. Existe algo entre as palavras e a minha cachola que a tranquiliza meu espírito. Por esse motivo inclusive, não me perturbo tanto quando leio os autores do oitavo dan da história da literatura desse sistema solar. As vezes as palavras são só palavras que precisavam ser ditas. E não, não são mentiras. São verdades sim. Verdades escritas e registradas para a eternidade como algo que precisou existir. E existiu naquele sopro de instante. Como o sopro de um vento de inverno com uma borboleta flutuando em suas asas no céu no exato instante em que o sol nasce por entre as árvores.

Você pode voltar lá outro dia e ver outro sol nascer. E vai ser bonito. Mas aquele instante, aquele UM instante. É praticamente impossível repeti-lo.

Exatamente como as palavras :)


Sem comentários:

Enviar um comentário