terça-feira, 17 de maio de 2011

Minha bússola não tem Norte.

Sonhei com um dia em que ninguém acordou. Foi noite para sempre no meu sonho. Deve ser ainda, mas eu não o sonho mais.
Os sonhos vivem seu próprio mundo, e as vezes quando dormimos somos levados pelas calhas de Morfeu até suas realidades. Ou seja, não imaginamos os sonhos. Eles que nos aceitam em perpétua gentileza. Bom, nem sempre tão gentis assim. Algumas vezes, os sonhos prefeririam sonhar-se sozinhos. E quando os invadimos, com a rispidez natural ao ser humano, somos obrigados a enfrentar seus desagrados. A isso, damos o nome de pesadelos. Veja bem, os sonhos são o paraíso e o inferno. Digo, uma porta à realização dos nossos desejos mais profundos. Muitas vezes escondidos dos gostos alheios. Das bocas terceiras e até das segundas. Sonhos que guardamos em mais profundo e atado sigilo. E que ao sonharmos acreditamos nem que por um breve respiro, sejam a realidade vivida de fato.
Ou da mesma forma, os temores mais verossímeis que conseguimos criar. Demonios que controlam nossa respiração, como para onde olhamos, ou o que pensamos.

Meus sonhos são um pouco dos dois. Muitos se tornam pesadelos ao me acordar. Seria errado sonhar ? Ou isso é só mais um pedaço da culpa que não deveríamos ter ? Num tribunal onde todos somos culpados e inocentes eu guardo alguns sonhos.
Mas sem ter o que julgar, eu prefiro o silêncio.

Muito do que foi dito, poderia não ter sido.
Ainda assim, algumas vezes fazemos o que é preciso.
E nesse carrossel da loucura é onde vivo.
Seja por amor ou ódio, não pensei nisso.
Deixo alguns sonhos para trás.
Enquanto me esqueço como cheguei aqui:
Um par de asas cansadas.
Um olho de vidro.
E algumas palavras erradas...

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