segunda-feira, 30 de maio de 2011

Iamlostinmymind (sem espaços)

Dia desses eu passei por aí. Pensei em subir, em te chamar. Acho que vi teu televisor ligado. Talvez fosse tarde demais, talvez muito cedo. Talvez nada fosse certo... Talvez não. Talvez sim. No meio do receio eu percebo que não percebo quase nada. Que nossos dias correm como água da chuva na rua.
Pudesse eu saber do futuro ou dos dias que se passarão pelos meus olhos. Pudesse escolher os que queria ou não viver. Acordaria em algumas manhãs de sol e diria:
"- Não me importa o céu azul, hoje eu fico em casa...".
E por mais que um amigo ligasse ou que alguém aqui me procurasse, recusaria as iscas do destino. Pois saberia da tristeza que estaria a me espreitar fora da minha morada.
Naquele passado onde nada é novo. Eu me enojo do que vivo. E vomito as palavras que aqui escrevo. É triste ser assim, eu acho. Mas ser assim é praticamente tudo que posso.
Não me venha com poesias enlatadas ou frases de novelas. Não me conte sobre as orgias que participas ou dos shows de música sertaneja que frequentas. Eu prefiro saber sobre o nada. O nada que Mark Twain vive dizendo que é como o tudo. Vazio.
E quanto mais velho eu fico, mais acredito que vivemos um sonho sem fim. Com um fim igual para todos. Se assim for, eu não quero acordar. Meus dias solitários são eternos. Como meu mal humor rabugento. Minhas manias idosas. Meu gosto estranho pela vida. E ninguém pode ficar muito tempo aturando tudo isso. É impossível eu sei.
Na idade média eu usei a desculpa de que Deus havia me feito assim. Ninguém duvidou. Hoje em dia essa não cola mais.

Pessoas sempre vão te decepcionar. É por isso que eu amo tanto meu cachorro.

É, aqui na escuridão. Eu vi uma lanterna japonesa se aproximar vagarosamente. Era o Gregory carregando a luz que me faltava.
"- Au au... arrrhhhffffff... au au...." - disse ele.
"- Obrigado cara !" - respondi. :D

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