terça-feira, 31 de maio de 2011

Maldita seja a esperança.

Da fala, que eu escuto, guardo pouco mais que um sussuro. Mas não é por nada não, eu digo.
Se fosse gentil, meu carinho seria um murro. Mas não é. Eu sei que não.
Meu tapa é forte porque vem do peito. Não é do braço que tiro a força pra mexer tua cabeça pro lado ao melhor estilo Clube da Luta.
Na maior parte das vezes, acredite, eu me calo.
O soco é dado pela minha mão, em mim mesmo. Tipo, um auto soco ! O flagelo da carne, pro espírito é tão pouco. Guarda minha raiva acesa dentro da alma. Que chovam cem dilúvios sem piedade.
A chama da minha raiva continuará queimando.
O dia é curto a noite é longa, as vezes nem tanto. As vezes demais. E nunca tanto faz. Sempre faz toda diferença. Barcos não se movem, quando o vento não venta.
Aprendi isso sozinho, a deriva. A vida nem sempre dá tudo que um amor precisa. Algumas vezes, o amor não é suficiente. E não me venha com contos de fadas onde lindas princesas são salvas por esbeltos principes de bem com a vida.
A vida real é diferente. E eu acho que prefiro a vida da fantasia.
Onde meus desenhos dançam e ninguém chora. É onde eu quero morar.
No alto de uma colina de grama verde, céu azul e tempo frio. Com taças de vinho que conversam e amigos que se olham nos olhos. Longe de toda essa poeira aqui de baixo. Onde ninguém sabe de onde é, ou pra onde vai.

Alguns dias são piores que os outros. Mas sempre existirão dias melhores...

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