terça-feira, 4 de agosto de 2009

Onde não devemos nada, pra ninguém.

Bate a baqueta fora do compasso. É caixa, bumbo e prato. Tudo trocado, de cabeça para baixo. Falando em baixo, é mais alto. Vermelha como minha guitarra. Toca corda e acorda a roda. Rende a rede do que a joga e prende quem não aprende na hora. E agora ? Relógio atrasado como navalha sem fio. É canto de sereia pra noite. Ferida aberta que se espera, logo seque. E também vai. Facil demais. Bom rapaz. E o nunca é mais ? Pergunta pra boi dormir. Conversa pra acordar quem morreu. Eu sei, você já se esqueceu. Esqueceu sim. Esqueceu da verdade. Esqueceu da roupa no varal. Esqueceu a cidade. Esqueceu a hora de parar. Esqueceu a tua palavra. Mudou quem tu era. Quem te conhece nem é quem pensa ser ou quem pensa que tu é nem sabe como foi que se tornou essa estátua de gelo. É pra dar o nó no teu pescoço. Asfixia social. Enforca o público que assiste escondido. Masculino ou feminino ? Tanto faz, faz isso comigo. Não faz isso contigo. Isso termina hoje. A noite termina amanhã. O sol mudou de lugar. Palavra negra.
Fácil lembrar. Esquece agora.
Vais voltar também ! Onde ?

Onde não devemos nada, para ninguém.

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