quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Aonde carro nenhum chega. (Ouvindo Arcade Fire)

Acho que o Sol nascia. Na verdade eu não me recordo se nascia ou não. Mas sei que a noite começava a ficar para trás. Era silencioso alí. Estavam os quatro entretidos em seus próprios mundos.
Um dirigia cantarolando a música que tocava.
Outro fumava um cigarro olhando pela janela.
O terceiro dormia suavemente com a cabeça apoiada sobre o banco.
O quarto se lembrava do nome da menina que tinha conhecido naquela noite.
Era um céu azul-roxo-lilás-amarelo-avermelhado.
Daqueles bonitos de se ficar olhando... que te faz pensar sobre as coisas da vida...
"- Eu to com sede..." - disse o que fumava.
"- Serio ?" - perguntou o motorista.
"- Aham ! Tu não ?" - respondeu sorrindo...
"- Acho que não... Mas se vocês quiserem a gente para..."
O que dormia acordou dizendo:
"- Se vocês pararem eu vou a pé para casa..."
E todos começaram a rir.
Menos um deles... que continuou sério !

Cem de mim sempre sem nenhum.
Nasce o Sol sem vento Sul.
Sempre os cem que vem, se perdem na luz.
Sombra bela da noite azul.
Moeda e isqueiro.
Ferida com pus. 





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