terça-feira, 28 de julho de 2015

Eu tava aqui pensando...

Essa nossa geração não é mais cara pintada. É cara pixelada. Não botamos mais os rostos pintados nas ruas. Botamos os rostos digitalizados na rede. Flutuamos por bytes e pixels através dos canais binários globais "xingando muito no twitter", sim. Mas também opinando. Como em vídeos e textos exatamente como esse que escrevo agora. A beleza dessa história é não sermos zumbis imbecis como os que pregam contra a voz livre. O mundo agora é pequeno. Uma mensagem chega a praticamente qualquer lugar do globo em instantes. Uma viagem, aos rincões mais remotos desse planetinha, não demora mais do que muitas horas. A algum lugar perto? Minutos!
Mas mesmo assim, alguns dirão que estou drogado de juventude, não Juca Chaves. O autor do termo discordaria de todos. Parece que quanto menos podemos esconder nossos pequenos segredinhos sujos, mais temos a necessidade de restringi-los. De dizer que revela-los é ofensivo, que é preciso limite. Os mais idiotas ainda gritam a favor da regulação do conteúdo da mídia. E eu penso, qual a próxima regulação? A da conversa no bar da esquina? E depois dela? Eles vão querer regular a conversa nas mesas das nossas casas? Vão querer nos dizer o que podemos ou não falar com nossos companheiros e companheiras dentro da nossa intimidade? Vão nos dizer como educar nossos filhos? Que roupa usar? O que não comer? O que não ler? Que tipo de música ouvir? Onde trabalhar? E sobre o que não podemos escrever?
Onde fica o limite para o limite?
Sim porque, se vocês me falam sobre limitar, eu lhes pergunto: aonde caralhos isso termina?

Lendo algumas das idiotices que alguns "jornalistas" escrevem a favor da atual situação política brasileira eu dou um google em alguns nomes. E é incrível! Quase todo mundo hoje em dia recebe algum tipo de "apadrinhamento" ou cargo político-pseudo-privado. Eu me sinto vivendo dentro do livro "Animal Farm". Será que o homem é o lobo do homem? Ou será que nascemos bons e a sociedade nos corrompe?
O mestre Jorge Furtado, em Ilha das Flores, diz que livre é o estado daquele que tem liberdade. 


Que liberdade é uma palavra que o sonho humano alimenta. 
Que não há ninguém que explique. 
E ninguém que não entenda...

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