terça-feira, 19 de maio de 2015

Chuvets.

Começo escrevendo duvidando que vá clicar no botão "Publicar" quando chegar ao final.
Esse é o melhor começo que posso pensar agora. Acho que isso é um tipo de texto similar a roteiro auto descritivos. Aqueles em que o personagem principal limita os outros personagens com descrições breves mas bem profundas. Do tipo: "João era um assassino."
Pronto, não sabes que João gosta de tomate, praia com sol e sertanejo. Mas sabes que ele é um assassino.
Enfim, de volta pra cá: começo a acreditar que eu possa ter um ponto para escrever isso. Agora ficou meio roteiro de processo catártico. Nosso herói, nesse caso a mensagem do texto precisa passar por uma ou mais dificuldades, nesse caso todas as sílabas desse texto imbecil. Até alcançar no final o que alguns chamariam de final Disney ou Nirvana (não a banda do Kurt Cobain, o estado de espírito budista). O melhor exemplo desse, é a história infantil cavaleiro salva princesa do dragão e se casa com ela vivendo feliz para sempre.
Uma amiga me diria que essa história é ridiculamente machista. Concordo. Ainda mais se tu usares algum dado como aquele das Nações Unidas, onde o número de mulheres que ganham mais dinheiro que seus maridos aumentou em quase 60%. Será que essas pesquisas contam também casais homosexuais? Eu duvido muito. O mundo é um lugar lindo cheio de imbecis. As vezes.

Agora demos uma pincelada em um roteiro desconexo. Esse tem vários possíveis exemplos, desde que sempre tenha uma narrativa não linear sobre alguma perspectiva. Exemplos de narrativas não lineares são histórias que começam de trás para frente ou simplesmente se ausentam/e dificultam a percepção do espectador. Guiando-o até uma punch line que solde as partes que estavam sem conexão. Novamente em uma mensagem do tipo:  vingança, comédia, surpresa, etc.
O caso, é que sempre precisa existir uma mensagem. As pessoas que eu conheço que preferem a ausência da mensagem são bem doidas ou bem chatas (ou bem as duas coisas).
É preciso justificar alguns fatos apresentados (pelo menos). É preciso dar motivo ao mocinho para salvar a mocinha. Ou ao vilão para que a sua busca tenha um objetivo. Ou ao ajudante do mocinho, para que naquela única cena em que ele se mostra tão foda quanto o mocinho, ele prove ter algum valor. Ou para o mestre do mocinho que vai ensina-lo a técnica que salvará o mundo e ficará com uma cara meio Pai Mei (Kill Bill, se você não sabe, nem devia estar lendo isso), meio Yoda (me recuso a dizer de onde o Yoda é, foda-se), meio Gandalf (dane-se).
Pronto, descobri (ufa, achei que estava ficando doido...). Um ótimo exemplo de conteúdo sem mensagem final é esse texto.
Porque eu preparei uma cama e não me deitei nela.

Percebe como é ruim?

Ou talvez a mensagem seja demais para ti.
Difícil classificar isso.
Mas tenho certeza que você conseguirá se parar para pensar no assunto por mais do que 60 segundos.


Jovem padawan.

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