segunda-feira, 5 de março de 2012

Vladimir Putin, Lula e meu êmbigo ouvindo Cloud Nothings

Fiz xixi em um muro que tinha rosto. Uma cara de concreto, na verdade. Mijei na cara dele, na verdade. Propositalmente, na verdade. E não há nada de errado, na verdade.

Pessoas são engraçadas. Pessoas são egoistas e invejosas e cheias de si para ouvir os gritos do resto do mundo. Somos bilhões de centros do universo em um só planeta. E todo mundo acha que o hedonismo é algo que só se discute em aula de filosofia do colégio. Pois não é, na verdade. Muda a linha, mas segue o caminho.

E eu ouço a Eliza Doolitle tocando Rollerblades no meu zôvído. E continuo a ficar sob meus próprios pés.

Não me importa que cor vai ser o céu. Ou o que a vida traz na maré de hoje. Eu estou aqui. E vou estar até quando for. Nem um segundo antes, nem um depois. Porque o tempo não te dá essas respostas. Ele vai criando perguntas e você repensa quais delas quer responder. E chega no final da vida achando que seria de um jeito, mas na verdade o jeito é como você chegou. E não diferente.

Eu sei, concordo com a discordância. Mas não dá pra agradar gregorys e troianos.

Ao contrário do que você pensa: na verdade, não dá. Seu (sua) merdinha.

Sem comentários:

Enviar um comentário