segunda-feira, 26 de março de 2012

Toda verdade vale a pena.

Muitas vezes, eu duvido de meus ouvidos. É dolorido descrer no acreditar. É dolorido sofrer a dor da queda, quando o andaime da fantasia te ergue ao tão alto.
Já me vi cair, mais de uma vez. Nos últimos meses então, me encontro em constante queda. Já me desesperei. Já sorri. E como diz o Roberto Carlos Perna de Madeira, o importante é que emoções eu vivi (tchururuuuuu...).
Não, o mais importante mesmo é encontrar uma grande vontade de reerguer alguns dos andaimes de qual caí. Mas agora com verdadeira propriedade. Como os adultos o fazem. E como todo ser humano de bom coração e mente sã sabe que deve ser feito.
Andaimes que não se desmantelam. Que não desmoronam. Que não te faltam os pés quando necessário é.

O ser humano é engraçado. Acredita por acreditar, no esforço de tanta coisa, na esperança que de que tudo e todos estejam errados. De que vá dar certo. Sabendo, na maioria das vezes, que a última página desse livro é uma sequência catastrófica de andaimes que se desmantelam, se desmontam, se vergam uns sobre os outros. Gerando um take digno de uma filme de ação de segunda, dirigido por algum cineastazinho em DV, cheio de utopias e de certezas sobre sua vida e arte.

A vida é uma bitch daquelas bem aidéticas. As vezes.

Na verdade, ou na maioria das vezes (ainda não acertei o sal dessa frase, desculpem-me), a vida é o que se faz dela.

Mas de forma independente sobre o futuro e o presente, não construa a vida sobre andaimes de madeira velha e fraca. Construa sobre o que seu coração acredita. Nunca sobre a felicidade alheia. Sempre em direção aos seus planos. E, acredite, não importa muito no que o mundo lhe dirá. Ou o que seus pais, sogros, avós e cachorros, acreditarão. Não, pouco nobre amigo. Isso se mostrará vazio e frágil com os passar dos anos. Como um relacionamento baseado em uma, duas ou cem contas bancárias. E não lhe digo isso, tentando lhe fazer pensar que os andaimes da sua crença são imunes a possibilidade de lhe atirar ao chão dos varridos. Claro que não são. Afinal, qualquer andaime pode desabar. A grande diferença, está na forma como tu olha para os escombros que dele sobraram. Está naquele par de parafusos que tu vê ainda presos ao ferro e diz:
" - Parafusei-os com perícia e é por isso que ainda estão juntos..."
A diferença está na forma como encaramos (sempre de frente, por favor) o passo além da falha.

Andaimes são erguidos e se desmantelam todos os dias.

Pessoas, com pavorosa frequência, desistem de andaimes no qual nunca realmente acreditaram.

O amor pelo que se faz. O sangue, o suor e as lágrimas que se derramam pela verdadeira crença. Isso, pouco nobre leitor digital, isso não tem dinheiro em toda galáxia conhecida que pague.

Ainda bem ;)

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