quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Sopra essa flauta porra !

Som agudo estridente ! Daqueles que fazem as mãos colarem nas orelhas. Te fecha os olhos, mas não completamente... Cerra só até aonde é preciso pra suportar. Em estado de alerta. Mas não te engana com a metáfora, porque não precisa ser si de flauta. Pode ser risada, acorde de guitarra ou batida de carro. É uma porrada ! Vem do nada e desaparece.

Pois para mim:

Me joga pedras.
Fecha as portas.
Fica atrás das cortinas, 
eu sei que gostas.
Tu sobe o muro e conta piadas.
Eu fico no chão e ouso as risadas.
É feito navalha com pouco fio.
Um dia longo demais pra terminar.
Arde os músculos só de lembrar.
E a noite a dentro ouve-se o choro.
Engana o padre, o médico e o touro.
É a verdade perseguindo a vida.
Corre estradas e dobra esquinas.
Uma hora cansas de correr e paras.
Me dá tuas mentiras.
Te ofereço meus murros as tuas caras.

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