quinta-feira, 8 de maio de 2014

Como cuspir em um estranho (ouvindo Pavement)

Textos não importam. Textos são pretextos para aliviar o peso da vida.
Em uma época muito mais simples, as coisas eram, assim. Com bicicletas que voavam, sorrisos sem medo e gente que adorava morar na mesma casa.
O tempo passou. O mundo girou. E todo mundo continua do mesmo jeito. 
Amamos uns aos outros. Achando que cada história é única. Apesar de algumas serem só estórias. Enquanto tentamos. Enquanto dizemos tentar. Enquanto nos enganamos de que estamos tentando...
Até o dia em que o relógio do mundo resolver parar. Nossos relógios de pulso continuarão "tic taqueando". Os relógios dos bancos continuarão digitais. Os relógios das torres ainda avisarão os horários das missas. Os relógios pontos ainda baterão os cartões.

É só o relógio do mundo que vai parar. E quase nada vai ser igual a antes de novo.


Porque gostamos de viver como se estivessemos parados em um lugar permanente.
Mas a impermanência é uma regra inquestionável.

E toda vez que dá a hora, o relógio para, o sinal toca, o recreio acaba. 

Como aquele texto que começou dizendo que textos não importam.
Que textos, são pretextos.
E mais alguma coisa sobre o peso da vida.


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