quinta-feira, 26 de setembro de 2013

E de graça, quando não tem graça. Mas custa caro, quando é verdadeiramente raro.

Toda vez que alguém comenta no murro, eu não consigo caber na minha própria felicidade. Digo isso, porque a felicidade fica maior que eu. E não é por ter orgulho do que escrevi não... Na verdade, eu tenho muita vergonha de reler o que já escrevi. Acho tudo meio idiota, meio simples demais, meio vaidoso, meio infantil, meio idiota de novo e meio ruim. Perceba, meio um monte de coisa. Inteiro, nada. Isso porque escrever pra mim é libertação. É não ter nada pronto. É continuar pensando pensamentos que não terminaram. Que como pessoas vivas, passam por lugares, dizem coisas, tem sensações e se vão. Pra talvez um dia voltar. Ou nunca mais. Escrever não pode ser definitivo. Pouca coisa da vida pode. Quase nada. Ser definitivo é bem chato. Bem "tenho certeza disso". Nã (não é não. é nã), eu não tenho certeza de nada. A dúvida, segundo a vida de Pi é um ótimo motor. Nisso eu concordo comigo mesmo. E com ele. E com o roteirista. E com a pessoa que aprovou o roteiro. A dúvida é um motor. Pessoas que tem certezas demais, ficam paradas. Quem tem dúvida, segue adiante.
E agora eu fico na dúvida porque eu escrevi isso. Isso é esse texto. Porque a humidade realmente precisava dele? Provavelmente não. Posso inclusive, retirar a palavra provavelmente da frase. E deixar só o não.
 

Só o não. E um pensamento que não terminou e por isso, vai embora por hora.
 

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