quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Se a infelicidade é tão incerta,
quanto a certeza de se morrer.
Que se abata sobre a luz o chicote do anoitecer.
Pois de passo em passo, passa o tempo.
Voltando para o vento em pó.
Obrigando a cada batimento,
o coração ficar mais só...
E com os dias escorrendo, pelos meses que se vão.
Passa a vida desfilando, em alegrias que não são.
No reflexo do espelho, que mostra tudo que se vê.
Grita aos olhos o invisível, recusando a aparecer.
Como fantasma translúcido que assombra aquele casarão.
Espreita nosso destino, a qualquer decisão.
Sem saber pra qual lado, tu escolhe um.
Achando ser verdade, que és ave livre do sertão.
Pois tu não viste, nobre Mestre, o que acabou de acontecer ?
O destino te pregou peça e não te deixou escolher.
E agora na varanda, esperas o destino morrer...

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