segunda-feira, 24 de abril de 2017

https://www.youtube.com/watch?v=rzsIToKA0o8

Interno inferno eterno.
Que arde quieto.
Queima hodierno.
Sem luz, sem chama.
E conselho fraterno.
Vejo a navalha vindo.
Em silêncio, me consterno.

O corte abre.
Dor que não espero.

Sangue que desprezo.
Em silêncio e desespero,
alterno.
Um mundo
de gravata e terno.
Onde o antigo é
moderno.
E meu barco flutua

o galerno.
Minhas memórias

encaderno.
Fecho a casa,
espero o inverno.
Interno inferno eterno.
Dentro de mim,
me espero.

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