quarta-feira, 22 de março de 2017

A tinta da velha vida.

Aquele velho preto 
que pinta
Usa o branco da tinta
E esconde a raiva
da lida
Na mancha do pincel.
Quando a noite preta
da vida
Amanhece amarela
de um dia
sem cor
O velho preto
escorre da cama
Se limpa no azul 
de uma agua
suja.
Se veste surrado
de uma roupa
nua.
E caminha no 
asfalto cinza
Cercado de carros
coloridos
tão sem cor.
Velho preto cansado 
e
manchado de branco
A vida é arco iris 
- ele diz -
É casca de toda
alma preta,
branca
ou multicolor.

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