terça-feira, 16 de junho de 2015

Há mar. Se há!

Chuva forte. Trovoada. Dia azul, porque tudo passa. Vento frio o inverno chegou. É só mais um, ele foi e voltou. Não há lugar para raiva, ignorância ou vontade de fazer o mal. Nossos corpos são pequenos, mas verdadeiros do inicio ao final. As pessoas falam sobre a alma. E o significado da vida. Eu imagino uma grande sala, com duas portas escritas: "entrada" e "saída". A vida é simples, somos nós que a complicamos. Pode ser mentira, mas eles continuam contando.
O que importa é ser feliz, sempre tem alguém que diz. E verdade seja dita, isso é importante mesmo. Mas ser feliz é só mais um desejo. Se a realidade que escolhemos nos dificulta entender o seu própria significado, eu prefiro encara-la como um filme. Que ainda não chegou no momento esperado. Que ainda não teve aquele instante, onde tudo é justificado. Onde o mocinho vence o bandido. E o amor se torna algo tão bonito, que nada pode para-lo.

É como é. Eu aprendi. Veio depois de caminhar e falar. Veio depois de andar de bicicleta e me formar na faculdade. Veio depois de olhar para o mundo como um adulto. Mas veio.
É como é e você pode fazer o que quiser, espenear, chorar e até bater o pé. Mas o inverno que foi e voltou, vai sempre te dizer: é como é amigo.
E se a vida fosse um palco, onde nós interpretamos os papéis de nós mesmos, girando contra a trama das lâminas, pequenos e indefesos. Esperando nossa deixa, para entrar e sair. Decorando o texto que improvisaremos a seguir. Usando nossas habilidades e vestindo nossos trajes. Chorando e saindo. Sorrindo e voltando. Até que a luz se acende.

E é hora de recomeçar. De trocar os papéis iniciais. O show precisa continuar, alguém me diz. O diretor grita: "ação".
Gira planeta.
Vai e vem do inverno.
Céu azul é junho.

Almas vestidas como luvas.
A vida segue o roteiro.
Alguém aplaude muito cedo.
Só depois do fim,
vem o novo começo.

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