quinta-feira, 12 de março de 2015

Bú!

A besta que em ti reside.
Fez morada aqui também.
E é a mesma besta do João.
Que a Maria conhece tão bem.

A besta que nos habita a todos.
É uma só criatura.
Peluda, pelada, corcunda.
Mais velha, tão jovem e sem bunda.
A besta não nega por cor.
Por crença.
E posição.

A besta que mata sem doer.
Odeia sem falar.


Na nossa escuridão.

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