quarta-feira, 9 de abril de 2014

Sem texto. Com texto. Sem texto. Com texto.

Ler muita fantasia medieval deve ter mesmo mexido com a minha cabeça. Antigamente, pelo menos no passado romântico fantasiado, houve um cara que perguntou pq alguns eram reis.
"- Quem vai ser o Rei?" - ele pode muito bem ter perguntado.
Deve ter sido algo como:
"- Vai ser o primeiro de nós que conseguir se defender de outra espada como nehum outro consegue."
Porque mais alguém seria feito Rei? Pelas boas idéias de como pegar mais cervos? Não. Até porque eu acredito que naquela (e nessa?) época era cada um por seus cervos e no máximo os extraordinários amigos e seus familliares deviam ajudar.
Então o primeiro Rei foi um cara bom de briga. Ok. Acho que a população pode ter acreditado no ideal dele. Isso, junto com a capacidade de se defender de um jeito diferente de todos os outros, fascinou muitos alguéns. Ai deram uma coroa pro sujeito, que se sentou em uma cadeirona que alguns depois iam chamar de trono e pronto ele já deve ter dito:

"- Essa briga toda me deixou cansadão... To morrendo de fome...". 
E um outro sujeito, daqueles mais puxa sacos de gente que é ou se acha superior, se esguaniçou pra uma conhecida dele:
"- Oooooh Fuuuulanaaaa, vai lá schimiar um pão, vai! E já faz um pato pra mais tarde!"
E lá se foi a Fulana correndo pelos corredores do galpão de madeira com teto de feno dizendo: 
"- O Rei quer comeeeerrrrr" - enquanto tantos outros abriam espaço e corriam atrás dela pra ajudar.
Dá pra imaginar o resto inteiro. Com mais interessados na posição Real prometendo ajuda-lo. Com aqueles primos de terceiro grau que ninguém nunca vê dizendo que são parentes. Um monte de gente se colocando na frente dos outros. Comemorando. Se abraçando. Sorrindo.
E deu.


Tu pula pra hoje em dia de novo. E quem são nossos Reis?
Quem tá no comando dos nossos cofres?
Quem é o responsável pelas nossas defesas?
E pelo nossos planos coletivos? Quem se preocupa com eles?

Nossos melhores ladrões.
E vem um zeguedé reclamar aos ouvidos alheios de que o "Beeltranoooo" e o "Ciclaaaano" são diferentes. Que vão mudar esse cenário. Fazer o que ninguém fez.

E pronto.
Mesma história.
Mesmo personagens.


Diferentes, com textos. Espero.

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