quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Sempre, será?

Se a vida fosse um quadro, que tipo de quadro seria?
Eu me perguntei isso enquanto ouvia uma discussão. Pessoas são grosseiras e más. Se destratam (em segredo), se agridem (pelas costas), se enganam (na calada da noite) e se escondem como furões em tocas na savana.
Se a vida fosse um quadro, precisaria ser feito com mais de uma técnica. A vida é pop art! Colorida, monocolor, icônica, debochada, triste e feliz. Depende de quem olha. De quando olha. E de por quanto tempo olha. 
Um dia, um amigo me disse que sua vida não ia bem. Perguntei porque. Ele disse que o tempo passou e que não sabia mais se estava sendo feliz ou não. Disse que passou tempo demais fazendo as mesmas coisas. Falando sobre os mesmos assuntos. Transando pensamentos dos mesmos jeitos. E que agora, parecia que tudo havia perdido o sabor. Que nada mais era como antes.

Nada é como antes. Porque tudo continua sendo o tempo todo. E o que poderia ter sido é sempre melhor do que o que foi. Porque não foi.

Algumas coisas são. O que foi, fica lá pintado no quadro da vida.
Nem que seja um borrãozinho no canto do quadro.


E o corvo de Edgar Allan Poe grita para nós:

"Nunca mais!"

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