terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Essa mania de continuar sendo eu. Ainda me deixa sozinho.

Ia me trair mas não traiu não, trai antes com alguém. Só por precaução.
E todo mundo dentro desse trem sofre de algum tipo de alucinação severa.
Seja eu e a minha loucura insuportávelmente anti-social.
Seja por você e a sua mania de só me olhar de longe, de me encarar com esses olhos claros como o sol.
Seja por eles e suas cabeças tão fechadas quanto as portas de cofres cheios de dinheiro na Paulista.
Alguém deve estar errado. A história diz que sou eu. Eu digo que dessa vez estou certo.
Eles dizem que somos nós. Só que eu não me importo mais com o que eles dizem. A mais de 10 anos.
A vida sorri pra gente. Um sorriso bonito, dizendo que somos jovens. Jovens e capazes.
E você me diz que somos menos do que eramos. Mas só porque já fomos muitos, eu respondo.
Você sorri. Com o cabelo na frente dos olhos. Como se eu não soubesse que ele está exatamente onde você quer. Te digo isso e você me diz que eu estou onde você quer também. E eu abaixo a cabeça triste. Porque não era o que eu queria ouvir.
E eu morri antes por alguém, só por precaução. Por precaução, eu tiro meus pés do chão.
Porque eu tenho medo desse chão. Onde todos pisam. Onde tudo acontece.
Um dia talvez.
Não posso me contentar com isso. Não seria se me contentasse.
Insatisfeito com o universo e seu karma ruim. Eu me deitei e sonhei.

Um dia talvez. E eu fico aqui. Sem te tocar, só por precaução.

Só por isso.

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