terça-feira, 22 de outubro de 2013

Um nação de insanos.

Quando eu paro para pensar, me desespero... 

Não é por nada não. Nem por esse ou aquele motivo. A razão do meu desespero é muito mais visceral do que palpável. É como se as vezes, nem houvesse realmente um motivo a ser visto pelos outros. Como se parte desse desespero estivesse em não poder mostra-lo. Em não poder demonstra-lo a terceiros. E assim, vivo eu, imerso nessa piscina de desespero e alheio ao mundo que não o vê. Ou se o vê, prefere ouvir sertanejo universtiário dentro de seus iPods. Preferem as relações simples as que realmente valem a pena. Preferem viver presos a segurança dos penhascos do que a queda livre que é o outro viver...

Nossa civilização é uma comédia para o cosmos. Sobrou pouca coisa errada a fazer, todo o resto já foi feito. Nos matamos e continuamos nos matando. Nos machucamos de toda forma e maneira possível. Nos abandonamos e aos nossos iguais. Nos cortamos para que pedaços de plástico sejam colocados dentro de nós. Arrancamos nossos pelos, dentes e orgãos. Morremos de fome e de inveja em proporções identicas. Nos esquecemos de como nos tratar.
E a vida parece seguir seu rumo, da mesma forma. Se arrastando por entre o desfiladeiro da rotina no piloto automático. Como no meu sonho, em que acordo com 78 anos de idade sem me lembrar de um dia antes do agora. 

E assim, do nada, tudo bem.
"Disse a flor ao príncipe: é preciso que eu suporte duas ou três larvas se quiser conhecer borboletas."

Muito obrigado :) Antoine de Saint-Exupéry

Sem comentários:

Enviar um comentário