quinta-feira, 17 de outubro de 2013

This is the end, my lonely friend. The end.

Nos traga a cabeça da morte em uma bandeja, eles me disseram.
Ouça o som do vento. Caminhe contra o tempo. Se erga contra o céu. Derrube-o eles me disseram. Derrube-o e o faça chorar. O leste é o melhor, é sempre melhor no leste. Eu me recusei a cavalgar a cobra. Fui longe no deserto, em busca de uma porta aberta. Caminhei até meus pés sangrarem. E meus olhos escorrerem pus com lagrimas brancas como leite. Que crianças microscópicas bebiam sentadas nos meus cilios. Um cão impertigado com um besouro gigante preso nas costas se aproximou de mim dizendo:
"- Mate-me por favor. Por favor..."
Não pude.
Não posso.
Não quero.
Não vou.

Corri para perto de lá. Nunca cheguei perto. Mas me aproximei o suficiente.
Quem não pode desistir, que resista. Eles disseram. O mercado e a vida se auto regulam. Em uma balança que nunca termina de se mover. Com elefantes que dançam polca ao seu redor. Pesando cranios humanos nas bandejas que pegam fogo enquanto a vida se desdobra no maior urigami do universo.

Cheio de caminhos tortos.
De sonhos impossíveis.
E de corpos que caminham,

mortos.

 

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