quinta-feira, 17 de maio de 2012

Sobre o insistir.

Uma estrela caida no chão me deu "boa noite".
Disse que o dia estava prestes a amanhecer e que era quase um "bom dia".
Pouco mudou. Mas ainda assim, pude ouvir o som da vontade. De quando se deseja algo com tanta intensidade que a eletricidade pode ser sentida no ar. É lindo, de fato. 
A lua me reclamou dizendo: "Leandro, devolva-a já !"
"Mas que culpe tive eu Dona Lua ? Ela que caiu !", argumentei.
Sem resposta a Lua mudou as marés e ondas de confusão e anarquia romperam meus horizontes. Pouco se faz com uma bateria sem baquetas. Eu uso minhas mãos. Mas não é por nada não. É porque tenho vontade só.
A estrela caída sussurrou: "Eu tenho um recado do Universo para ti... abaixa aqui pra eu te contar."
E as ondas da Lua urgiam em destruição e agonia. Não havia muito o que fazer, ou ouvia o segredo da estrela ou me salvava da onda da Lua...


É sobre insistir que escrevo. E ultimamente, é sobre estandarte de insistir que me mantenho.
Agachado ouvi a estrela dizendo:
"- Todo homem nasce. Nem todo homem morre."


E meu mundo foi preenchido por água salgada, turva 
e gelada.

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