terça-feira, 8 de maio de 2012

E quem vai ?

Quem vai dizer que não houve aviso ? Que o tempo se recusou a passar a solidão. Que não é a hora para pensarmos nisso. E que nada que o vento nos traz é em vão ? Quem resolveu levantar o primeiro punho ? E erguer bem alto uma das mãos ? Sentindo o vento da mesosfera entre os dedos ? E paz que (não) existe no coração ? Quem perturbou o sono do ogro ? E se recusou a pagar a dívida ? Que moeda corrente, corre em tuas veias ? Que pensamentos tristes, seguem tuas meias ? Nada a frente, além do passado. Passando bem rápido, me esqueço que fui enganado... O caminho que ninguém mais trilhou, é só meu. Pode ser errado. Pode ser uma cova. Pode ser um teatro. Ou uma camisa nova... O que o mundo nos lembra, é que a morte existe. E quem tem medo da morte ? Quem não tem ? Quem se recusa a ver o invisível, visto por todos ? O que faz de ti alguém tão especial ? A tua vontade de ser ? A tua vida cheia de dias lindos ? Há quem eu devo dizer, que tenho medo ? Aos que fogem em segredo ? Aos covardes que se acham grandes, mas são pequenos ? As orelhas de barro dos santos ? A multidão de joãos que são tantos ?


Conta ao segredo.


Ouço.


Conta a ele e confia.


Vivemos dias negros. Sim, dias negros são os que vivemos. Onde os que sabem, tem dor. E o que nada sabem, não tem medos.

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