terça-feira, 20 de janeiro de 2015

As incertezas da existência.

Por esses dias eu percebi que quando eu resolvi trabalhar com comunicação, a mais de 10 anos atrás, não sabia patavinas de onde estava me metendo. Mesmo sendo o Jon Snow do meu enredo e não sabendo nada, eu não errei. Segui meu coração ao tomar aquela decisão. E hoje, com 32 anos a sensação que tenho é de ter sido honesto com alguém muito importante na minha vida: eu mesmo.

Explico:
Eu gosto de histórias. Eu acho que sou o que se chama "uma pessoa de opiniões". Gosto de conversar e faço sempre que posso. Gosto de ouvir e falar. E se alguma ajuda vier do diálogo, melhor ainda!
Frequentemente vejo pessoas que se esquecem de quem são, de onde vieram, de onde queriam chegar. Pessoas que se permitem viver relacionamentos amorosos, profissionais e até de amizade, por diversos motivos. Menos a verdade. E eu não digo que "vejo" porque acho que o Fulano e a Beltrana estão tomando um rumo "errado" na vida. De forma alguma, ó caro leitor. Vós que sois a entidade máxima desse blog. Muita gente, ou quase toda ela, já conheceu alguém que viveu uma fase na vida de depois dizer:
"- Meu! Eu não sei o que estava fazendo!"

A epifania deveria ser gratuita, eu digo. O karma discorda. A vida segue. O leite se derrama e mesmo assim, mesmo com ele formando uma poça branca e viscosa no chão da vida, muitos choram. Enquanto tentam encher seus copos com outros leites. Porque minha falecida avó Helena já dizia: 
"- Não adianta chorar sobre o leite derramado...".
Ela estava certa. Nessa e em outras também.

Mas enfim, parece que somos feitos de erros. Já disse isso antes. Caimos muito antes de conseguir caminhar. Escrevemos deverças palavas eradas antex di inscrever serto. Nos decepcionamos, antes de nos alegrarmos. Seja com o jogo de video game. Com a amizade falsa de um vizinho babaca. Ou com o amor da vida que na verdade só queria te comer e contar pra meio colégio que não era mais cabaço. E que a "Fulana" era uma safada porque transou.

Quanto mais tempo erramos, melhor somos. Quem nunca errou na vida se torna um indivíduo cheio de si. Cheio de acertos presunçosos. Alguém que não duvida de si mesmo. Uma pessoa com certezas demais.

Alguém que provavelmente, nunca duvidaria do próprio rumo que a vida tomou. Sem perguntar ao seu coração para onde ir. Sem questionar as bocas ao seu redor. Sem jamais olhar para trás.

As incertezas da vida são doces.
E muito raras são as bocas que tem coragem de degusta-las.





 

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