quarta-feira, 11 de junho de 2014

Amores e desamores são igualmente bonitos. Se tu parar para pensar sobre isso. Se não, tanto faz. Como tudo na vida. Nem tudo. Mas quase. Tu entendeu. Provavelmente...

Não adianta. Escrever bonitinho não é para mim. Eu escrevo feio. Errado, e sei disso. Quase "dejeto" escrevendo. Como se dejetar fosse um verbo. Pois bem sabemos, não é. Mas podia ser. Tanto podia que você entendeu o que eu disse. E se não entendeu, bom, tanto faz... 
Sinceramente.

Edward Sharpe & The Magnetic Zeros gritam nos meus fones que "casa é onde eu estiver com você". 
"- Clica e ouça você também" (esse fui eu sendo digital).
A lista de coisas "para se fazer" na vida não para de crescer. Apesar de eu nunca ter feito essa lista. E nem acreditar que um dia irei faze-la.
O amor entre duas pessoas que se respeitam de verdade é tão raro que eu não consigo mais acreditar em qualquer amor. Isso é como uma maldição. Eu digo, não acreditar é como uma maldição.
Um amigo murmurou outro dia, que a mentira é a unica forma de realidade tolerável. Que a verdade verdadeira, aquela sem as suavidades da voz "dela". Sem a calma a luz de velas de um jantar de vinho e carinho. Sem o regozijo de se estar junto a alguém que tu realmente admiras. Essa verdade, sem isso tudo, é quase intolerável. É brutalmente dolorida. Profundamente agressiva. Desesperadamente fria. Tal como aço afiado que rasga a pele. Fazendo aquela camada rançosa de gordura branca amarelada que carregamos no corpo brotar e escorrer. Essa verdade é daquelas silenciosas, parecida com o jeito de que alguém morre. Como muitos já morreram. Olhando para tetos de quartos bem iluminados. Lembrando daquele livreco daquele autoreco, "Cem sonetos de amor" de Pablo Neruda. Que poderia se chamar "Sem sonetos de amor". 


Ou ao invés de tudo isso, sê aquilo que imaginas:

"Se não puderes ser um pinheiro, no topo de uma colina,
Sê um arbusto no vale, mas sê
O melhor arbusto à margem do riacho.
Sê um ramo, se não puderes ser a árvore.
Se não puderes ser um ramo, sê um pouco de relva
E dá alegria a algum caminho.

Se não puderes ser uma estrada,
Sê apenas uma passagem,
Se não puderes ser o Sol, sê estrela.
Não é pelo tamanho que terás êxito ou fracasso...
Mas sê verdade no que quer que sejas.
Ou não serás."

(Pablo Neruda e eu)

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