segunda-feira, 8 de abril de 2013

Lá vem o vento, transparente e sempre em movimento... Lá vai o vento.

Não sei. E talvez nem queira saber... Mas eu escrevo. Bem e mal, torto, morto, manco, xoxo, triste e frágil. Mas escrevo. O mundo é assim mesmo, as pessoas nos levam muito a sério. E se levam muito a sério. Todo mundo é idiota. Todo mundo se esquece. Todo mundo se arrepende. E todo mundo morre sozinho.

Eu sei que ouvi um som, um dia desses. Parecia meio distante. Meio fantasmagórico. Meio vago. E tinha mais uma outra metade que eu não me lembro. Era o som do vento. O silêncio do que acontece quando ele (o vento) arrasta as areias do tempo por aí. Fazendo o mundo mudar. As cores chorarem. E a lua passar... 

Existe um lugar, longe de tudo no mundo. Ele é longe de tudo porque é assim que ele foi feito. Você não consegue encontrar esse lugar, infelizmente. Ele existe sozinho e quando você percebe, já está nele. É frágil. Praticamente um sopro. Mas você saberá quando chegar (e quando partir...).
Nesse lugar, os abraços são verdadeiros. As taças e copos tem sorrisos. Nossos olhos se cruzam em slow motion. Nossas vidas se entrelaçam com gosto. Nossos rostos se abrem em sonhos e felicidade incomensurável.

Lá, o chão é quente. O vento é frio. O sol e a lua dividem o céu. E a noite se confunde com um eterno dia-final da tarde-aniversário-natal-ano novo legal.

Alguns dos meus amigos desenham cachoeiras.
Outros escrevem músicas.

Alguns cantam antigas músicas esquecidas.
E todos conhecem o final. E o reencontro.

Do recomeço.

Do que jamais terminou. Mesmo tendo um fim.

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