quarta-feira, 18 de julho de 2012

Ouvindo: Silva - 12 de maio.

Bate o tambor em um repique descompassado. Descontente com o passado. Deconcertado.  Mesmo quando ela não está se arrastando pelo som da batucada, ele diz.
O vidinha morna a dessa gente. Bocas cheias de palavras irritam mais do que os olhos que tudo vêem. Ou as grandes e gordas orelhas que tudo escutam e são surdas. 
Eu prefiro o silêncio. 
Xícaras de café com leite. E a fumaçinha voa feito beija-flor feliz na primavera. Cheiro de terra molhada. Um olá amigo ao telefone. Uma msg de "e aí ? como estás ?". Um dia comprido sem umbigo. Um abraço apertado dos meus cachorros. Corri alguns quilometros e pronto. Já podemos recomeçar.
Onde paramos ?
Acho que nunca paramos.
Você parou. Eu continuei.


O vidinha besta dessa gente.


Que pisca todo o tempo. Sem tempo pra nada. Que odeia cometas. Que espera mais vida. Mas não encontra. Até o dia em que a vida acaba.

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