segunda-feira, 23 de julho de 2012

Então deixo estar.

E eu ?
Perguntei outro dia. 
Tanta gente legalzona por ai... Garrafas abertas na casa do sorriso... Pés que ultrapassam os continentes... A terra que não tem por do sol. E eu ?


Eu me canso. Mas não do gosto do ranço. Me largo do precipício. Tento não viver o desperdício. Faço amigos e me esqueço de limpar meu umbigo. 
Quem vai ler esse texto sobre uma pessoa só, Clarice Falcão ?
É.
Hoje eu falei pra mim, jurei até, que essa não seria pra você. E agora é.


Pra quem ?
Pra mim ?
E eu ?
Eu sou o tal mim.


É ?
Depende. Mas acho qué (que + é = qué) !


Viver de gosto amargo é duro. Eu sei qué. A vida não é só bonita. Mas é bacana estar aqui. Feito um cientista russo que prova por a+b que xingar a água torna ela menos legal, eu vim pra cá. Cheguei faz 30 anos. Já tomei tapa na cara, soco na rua e suco de goiaba. Já chorei de rir, chorei de triste e chorei por chorar. Já dancei pelado, já montei cavalo, corri pra todo lado. E ainda não estou cansado. Fico só, as vezes, um pouco. As vezes muito. Feito pipoca doce colada. Só que ao contrário.


E não. Eu não trocaria um sorvete de flocos por você.


De longe, Marcelo Camelo. De longe !

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